Escritor
Eu gosto dela e ela já gostou de mim, a gente só não é bom em gostar ao mesmo tempo. Isso só aconteceu uma vez e foi sem querer.
Acho melhor acreditar que o cupido existe. É menos idiota que saber que eu mesmo escolhi as pessoas que gostei.
Eu mudei um pouco sim:
Antes, quando a garota falava
- Eu te amo!
Eu perguntava o quanto.
Hoje, pergunto rindo
- Até quando?
É claro que a gente sempre quer quem não quer a gente. Como iríamos querer alguém que teve a péssima ideia de nos querer?
E se você pensar em mim, avisa, não guarda não. Qualquer bobeira mesmo, nem precisa contar o que foi, só me deixa saber.
Vou lhes dar um conselho que eu mesmo segui desde a juventude e só me fez bem: Se você está assoberbado de problemas, dívidas, doenças, dramas de família, despreze tudo e se concentre ainda mais nos estudos e na oração. Enquanto tudo em volta desaba, você vai ficando dia a dia mais forte. Quem dura mais, vence. É só isso.
Acho que eu sonhei tanto com você essa noite, que quando acordei olhei pro lado, só pra ver se você não tava ali.
Eu não coloco o seu nome no que eu escrevo porque você sabe que é pra você, mas e quando não for, você vai saber?
Pra vida inteira é muito tempo. Faz assim: vamos tentar até amanhã, depois até quarta e deixa a vontade mostrar até quando.
Acho que até esqueço você às vezes. Aí toca aquela música, vejo aquele filme, passo naquela rua, encontro aquela foto, tropeço naquele degrau..
Se eu pudesse voltar no tempo, não iria escolher consertar os dias que deram errado. Seria mais divertido, repetir os que deram certo.
Gosto de ter olhar de estrela, apesar das minhas fases de lua. Gosto de escutar o que o brilho do sol tem a me dizer em cada nova manhã. Gosto de recomeçar com o pé direito no chão sem limitar os meus sonhos. De cantar e dançar no silêncio da minha solidão. Gosto dos acasos dos encontros inesperados. Do amor que me leva pra tomar um banho de chuva. De uma flor que nasce entre rochas e espinhos. Gosto de
escutar histórias para torná-las boas referências ou apenas para guardá-las de recordação. Gosto do cheiro de infância que uma cidade provoca e de ser o cúmplice de um abraço que mata a saudade. Gosto das perguntas difíceis e das respostas objetivas. Do sorriso que me deixa leve. Do coração que me abriga. Do beijo que me embriaga e me relaxa. Não gosto muito das certezas, mas é bom tê-las algumas vezes. Dúvidas ferem e deixam feridos. Por falar nisso, gosto das minhas cicatrizes. Elas me dão o mapa dos caminhos a seguir.
Já parou para pensar que os sonhos que sobrevivem aos devaneios são indicadores do que somos e para onde devemos ir? Pois é, sonhos relutantes indicam o que viemos fazer aqui.
— Icaro Fonseca