Escrevo e parece que não Leio
Não nasci para falar,tenho hoje à certeza que a minha melhor música é quando escrevo e faço disso um instrumento para ver corações afagados.
Isso é um dom o qual julgam autismo .Na minha solidão ,se torna uma projeção onde pude encontrar minha melhor forma de se expressar com apenas lápis e papel ou dígitos aplicados na internet que se interligam,levando para casa de cada um o que precisam naquele exato momento.
Minha catarse consiste em escrever e escrever. Queria pode escrever tudo que escrevo aqui para você e jogar na sua cara para nunca mais você fazer com outra mulher o que você fez comigo. Tuas palavras de engano me iludiram. E eu por causa de minha carência acreditei. O dinheiro que eu emprestei para você pode fazer bom proveito. Não preciso dele. Se eu pudesse pegava esse mesmo dinheiro e jogava na sua cara. Desde que decidi escrever sobre tudo isso. Tenho me sentido mais leve, quem sabe alguém em algum lugar leia, aquilo que você ignorou.
Carta Ao Aniversariante.
Então... Menino Jesus; Não sei por que escrevo, mas estou cansado, cansado dessa capa que o mundo se cobre durante datas especiais em particular a comemoração do seu nascimento, ou seria isso que deviam está fazendo; acho que esqueceram a essência que agora só mostram em filmes.
Você está feliz? Porque eu não, e acredito que você também não esteja. Tem gente passando fome, tem criança chorando por não participar dessa coisa que transformaram uma data que era para lembrar-se do quanto você era bom e solidário do quanto você era amor.
São poucas as pessoas que entendem, por isso mesmo com toda a minha esperança e fé (pois tenho fé) não acredito que essa carta faça diferença. Onde escondem seus ensinamentos? Não fica triste?
Tudo está tão distorcido, talvez na ceia farta lembram-se de te agradecer, mais com certeza vão esquecer-te de quem não tem o que comer, não pode fazer nada pensou, mais todos os presentes caro para manhã seguinte comprou.
Mais Jesus, mantenha sua atenção naquele que dorme sobre as estrelas (forma bonita não? As estrelas é um teto tão solitário, frio e perigoso) em que o ronco da barriga soá mais alto que os ruídos do vento frio sobre o inexistente cobertor rasgado, na noite fria de natal talvez pensando em ti ou na comida, pois tem fome.
Se esses que estão debaixo de pontes ou nas calçadas ainda assim tem fé (o que é difícil pode dizer que não, mais não estais lá sendo cuspido, chutado, ignorado ou até queimado) dê possibilidades e não fome, se não tens fé dê possibilidades, vida e comida. Pois dormem sós (Se é que dorme) ou com seus companheiros de rua um cachorro amigo ou amigo amigo.
Peço-te também amor. Ensine novamente suas lições, mostre novamente um rumo, ensine o amor, a solidariedade para que se vejam novamente como irmão, iguais, independente de classes ou posições sociais.
Tudo que escrevo e que escrevi, tem sentimento mas não significa que estou sentindo no exato momento a qual estiverá escrendo.
nenhuma
mão
invisível e
conservadora
(a)destra
minha
caligrafia
escrevo
minha história
com a
esquerda
'INIMAGINÁVEL'
Escrevo o inimaginável como quem compõe esboços na areia,
solto nos grãos,
livre de quedas,
Amparo-me às tantas luzes que se sacrificam,
homogêneas e dispersas,
luas lêvedas.
Imagino o mar acuando montanhas,
abatendo e aliviando correntezas.
Aconchego de calmas,
libertando prisões,
ventanias!
Assim crio,
sem tantas alegorias ou parâmetros,
figurado,
mortal...
Sucinto o inimaginável que peçonha o peito,
e rói uma habitude sempre infinda.
Posso ser íntimo,
campestre.
Rei,
miserável.
Os cárceres perguntam algo totalmente desfigurado,
invital.
Sou inimaginável,
mas cultivo existência.
Apascentando os supetões dos grande e pequenos alpendres,
avanço calmaria,
sem ode,
ou tesouro algum...
"Não escrevo para quem é adepto da normalidade fútil, e sim para quem tem a loucura de mergulhar profundo sem máscara de oxigênio..."
Marli D.H.F.
Gravidade
Essa é a última poesia que eu faço pra você
Escrevo essa como já sabia
Quem um dia a escreveria
A gravidade
Atração inevitável
Seu olhar
Seu sorriso
Seu toque
Eu não tinha nada disso
Mas a atração estava presente
Sabíamos dos riscos
Sabíamos do caminho
E mesmo assim resolvemos arriscar
Não era fácil
Parar um moinho
Que estava a girar
As vezes a noite podemos no céu
Os cometas contemplar
Não é fácil pra mim
Não é fácil pra você
E são tantos porquês
Como alterar da nossa direção o destino?
Não há como mudar
Borboletas voando em Marte
Vejo seu olhar em toda parte
Como Sol e Lua
No céu a orbitar
Sempre serei sua
Sempre será meu
Assim
Será
Essa é a última poesia que eu jurei que escreveria
É um grito em meio ao caos
É o silêncio entre nós dois
Que esta a gritar
É a gravidade
QUANDO ESCREVO...
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Quando escrevo algo relacionado a "ele" a caneta se comporta como um burro empacador, com o peso da carga:
Insiste em não prosseguir sua trajetória com suavidade no espaço branco do papel.As palavras têm preguiça de fluírem.O pensamento não anda e algo só me pede pra parar.
Nesse momento não vejo nenhuma graça - no que sinto e produzo -, provavelmente isso não irá agradar aos leitores - imagino.
Prefiro não insistir em tal tarefa se a pena não deslizar na linha, e se meu coração não abrir.
Não haverá prazer na viagem da imaginação se não houver uma folga na alma do viajante!...
Mas,quando "ela" - minha musa inspiradora,a "céu" como carinhosamente o chamam - ,é o assunto do meu texto,o universo se abre receptivo a meu favor,e o poeta preso em mim se liberta...Saio correndo como louco,mundo afora,espalhando fragmentos poéticos de doces dizeres,por todos os lados!
A situação se inverte e a inspiração flui com suavidade. O coração se abre para receber e compartilhar coisas boas;
Então valsamos nas emoções...! Meu rosto aformoseia-se e nas asas da liberdade sinto-me como um ser voante em voos rasantes,contemplando a graça angélica!
E nesse delirante desejo sinto-me envolvido mais e mais no fantástico mundo do inatingível!
- 22.12.15
Eu escrevo a vida que passa, o ritmo do tempo, a fraqueza do meu mundo, o que eu sofro na solidão dos meus dias.
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