Escrevo e parece que não Leio

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Calado, pensando.
Escrevo, apago.
Às vezes errando
Um erro danado.
Tão tarde compondo.
Pensamento ousado.
Ousar pensando
eterno afago.
Seguindo rimando
No verso alinhado
Insisto deixando
O sono de lado.
O dia raiando
Eu ainda acordado.
Aqui esperando
O bem desejado.

Penso, logo escrevo.
Mato, logo recordo.
Choro, logo sofro.
Ando, logo caio.
Fico em silêncio, logo fico só.
Procuro, logo acho.
Amo, logo vivo.
Sonho, logo realizo.

Faz tanto tempo que não escrevo nada
Acho que talvez tenha faltado-me palavras
Sim, palavras tem aos montes,
mas para criar um bom texto é preciso achar as certas
Sentimentos borbulharam por todos esses últimos meses
Parecia um vulcão de emoções que explodiu sem piedade em meu fraco corpo
A lava foi me derretendo por dentro
E o fogaréu tentou queimar-me diversas vezes
Foram chamas em mim! chamas por mim
Ele trouxe o calor
Por mais que eu seja do inverno,
o verão nunca me pareceu tão atraente
Fez-se o morno então,
da mistura de nossos corpos.
E assim formou-se o amor.

"Sinto para não "errar", escrevo para não sentir, e nessas escrituras erro sem pensar".

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações. Compreendo bem as bordadoras por mágoa e as que fazem meia porque há vida.

escrevo porque o barulho das teclas silenciam a minha mente

Hoje eu escrevo pra dizer que aqui tem saudade. Não que eu queira que sinta o mesmo. Só quero que saiba, aqui tem saudade...

O irônico é que enquanto eu te escrevo ela está aí com você, enrolada em seus braços, sentido o seu lábio.

E eu acho que é por isso
que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar
de mim – para não querer, violentamente não
querer de maneira alguma ficar na sua
memória, seu coração, sua cabeça, como
uma sombra escura.

Não escrevo apenas porque gosto, mas também porque tenho necessidade de entender o que os outros sentem. Muitas vezes me coloco no lugar das pessoas: quando escrevo, eu quase sou elas.

Não escrevo pra ninguém, escrevo pra mim mesma, escrevo
para que possa haver algum sentido em alguma coisa,
escrevo para descrever o que eu estou pensando, para
aliviar um cansaço que existe dentro de mim que se
conclui a idéias instáveis que não garantem nada ao menos
uma solução drástica que se impõe por pensamentos
pequenos e mal repensados, escrevo e não desejo mais nada
a não ser escrever, aprimorar os conhecimentos comigo
mesma fugir da razão inconsciente que esse mundo
indestrutível nos leva. quero apenas escrever mais ainda
para ver se encontro um meio de contribuir á descoberta
do verdadeiro mundo .Escrevo, escrevo nem que depois eu
precise apagar tudo, eu escrevo porque é a unica solução
para um sonho mal intencionado, escrevo porque ainda nos
resta escrever, ainda nos resta sonhar e acreditar no que
nossa mente nos possibilita poder escrever, escrevo
porque quem sabe alguém possa concordar com isso tudo,
não que eu seja apenas mais uma, mas no mundo há sempre
alguém que concorde, e se não houver cabe a mim mesma
comigo concordar, porque eu não escrevo pra ninguém eu
escrevo para mim mesma

Se falar de amor fosse fácil,escreveria um texto sem fim,mas como é muito difícil ,apenas escrevo uma:Não sei viver sem ti.

"Escrevo porque é fácil me esconder atrás das palavras. (...) Porque eu sempre me assusto. E crio mundos com as palavras... pra seduzir."

⁠Já vivi alguns fins, mas hoje escrevo um certo começo.
Algumas vezes me apresento fácil e em outras me desconheço.
Sou santo e também pecador... Sou guerra e poesia…
Meu desejo transita entre privacidade e ousadia.

⁠Não tente ler as entrelinhas das linhas que escrevo.
A compreensão pode estar depois das reticências.

– O que escrevo no contrato de um namoro de verdade?
– Nada. Precisa confiar.

Escrevo para ser quem sou, para entender meu eu, para esgotar de mim.
Escrevo para me descobrir ao me ler em palavras soltas nas entrelinhas no papel da vida.

⁠Tenho uma confissão: noventa por cento do que
escrevo é invenção; só dez por cento que é mentira.

Manoel de Barros
Meu quintal é maior do que o mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.

Nota: Trecho do poema Autorretrato.

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⁠Não tenho medo de me repetir, porque o que escrevo, o que eu digo, não atende às exigências da literatura, mas às da necessidade e da urgência, às do fogo.

Édouard Louis
Quem matou meu pai. São Paulo: Todavia, 2023.

⁠Enquanto a vida se limita a uma sobrevivência constante perante o vazio existencial, escrevo poemas de salvação, meros aperitivos para o vazio que me cerca profundamente enquanto luto para marcar a minha existência sábia e inocente diante das possibilidades que apenas me enlouquecem, assim escrevo poemas, de salvação.