Escrevo e parece que não Leio
Escrevo-te
Escrevo-te para silenciar a distância.
Escrevo-te a imaginação telepática
do teu beijo com a minha boca.
Escrevo-te cardíacos pensamentos.
Escrevo-te as polpas dos luares.
Escrevo-te a epiderme das reticências.
Escrevo-te este amor em carne-viva.
O Amor Sem Palavras
Escrevo para dizer-te
que o Amor não existe
dentro das palavras.
O Amor existe dentro
de silêncios que gritam.
Quando escrevo não sei o que estou a escrever, mas quando escrevo sobre ti, o Amor diz-me que é poesia.
Há os que gostam do que escrevo, a quem devo gratidão; outros pela mesma razão, parece que ainda lhes devo imposto de opinião.
PASSANDO 2
Escrevo diante do cerrado pálido
É setembro, há pó nas venezianas
No pensamento, rubras filigranas
Orlando o sol no horizonte cálido
Na sensação, uma dor doidivanas
De melancolia, que tem hora certa
Misturando tons, emoção e oferta
Desenhando as ilusões cotidianas
Desponta ao longe aquela saudade
Que me faz esquecer do que fazer
Do que pensar. Da minha vontade
Vago inquieto, e vou devaneando
A poesia vazia, sem sabor, prazer
E nos minutos o destino passando
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 setembro, 2021 - 09’00” – Araguari, MG
MINHAS POESIAS
Eu as escrevo tal qual a uma prece
Desfiadas do sentimento ao dispor
Se dando mais que nunca por amor
Ocultas na sensação que as aquece
Eu as deixo na ilusão que enriquece
Ninadas numa emoção a lhe compor
Catadas da existência com tal vigor
No ímpeto da poética que a apetece
Das poesias, sofredoras, mas ditas
Esfoladas no cenário das desditas
Cada qual com a sua tal antologia
Minhas poesias, o sentido exposto
Do âmago desnuando o seu rosto
Ao agrado, numa sede que aprazia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 fevereiro, 2022, 15’36” – Araguari, MG
PERMISSÃO
E escrevo assim: alma chamejando em ânsia
no cerrado sob o olhar das rubras alvoradas
e o pensamento a se devanear na distância
do sonho e poética das prosas enamoradas
Da saudade aquele aperto e a sua fragrância
duma ausência, a esplandecer as faltas dadas
de um peito a suspirar a devida importância
e, bem perto do íntimo as ilusões desejadas
E poeto assim: com sussurrantes caligrafias
da noite, do silêncio, das imaginações vazias
que murmuram os sentimentos e sensações
E da flórea poesia, entre fantasia e realidade
o poeta, que se nutre da imaginosa liberdade
da pluralidade, da permissão e das emoções...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23, abril, 2022, 17’36” – Araguari, MG
Quando escrevo sobre algo, não escrevo como é, e sim como imagino.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Mesmo com pouco saber
Escrevo o que vem na mente
Pra eu então descrever
O que o poeta sente.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
18/11/2024
Escrevo muito simples, nada rebuscado, às vezes inspirado, às vezes não; em mim tem cores que transfiguram, às vezes cinzentas, às vezes turvas, mas eu sei que logo vem o meu preferido azul, colorindo a minha existência; nunca busquei uma vaga numa cadeira Acadêmica, isto parece não me importar, meus escritos são bregas demais, porque escrevo com sentimentos e paixão, neles há verdades e não filosofia, pode até parecer mas não são. Busco rascunhar a vida como ela é na sua essência, sei que muitos se identificam comigo com narrativas poéticas, às vezes uma dura realidade, às vezes me pareço triste, mas não sou, a gratidão e a alegria não significam estar sorrindo o tempo todo, mas ser grato por tudo que eu até aqui recebi. Amo meus leitores e meus amigos, que abrem seus corações identificando com minhas explanações sobre a vida e o nosso existir. Porque meus textos não são mecânicos e sim reais.
O que eu escrevo são apenas alguns segredos que resolvi contar, saia correndo se descobrir os outros deixo guardado.
- Relacionados
- Escrevo
- Escrever porque Escrevo