Escrevo e parece que não Leio
Com tudo ainda penso , e por isso ainda vivo.
Na memória eu existo por isso escrevo o que penso! O significado importante é pra mim. Ser eu é o que importa.
Vivo o hoje a cada dia!
Uma vez me perguntaram
O porque eu não escrevo poemas
Mesmo não estando inspirado
Eu a respondi
Não há sentido em escrever poemas
Se neles não houver sentimentos.
Poema- Escrevo
Escrevo todos os dias.
Quando estou na escuridão,
Quando estou no frio, sem o aquecer da luz
Sem meu coração fazer-te minha própria luz,
Quando contemplo e reflito a vida
Para eu como poeta, escrever é não só desabafar ou palavras
Coloco em palavras sentimentos, e emoções tirados de cápsulas
Faço não só eu sentir o poema, faço o próprio poema ganhar vida
Não respiro por mim
Respiro por mim e pelo poema
Deixo os sentimentos para escrever o poema vir do vento
Do vento do sul ou do norte
Do leste ou oeste.
O poema é para mim como Deus pros judeus
É como o sorriso de uma criança que contém e nos dá a pura esperança
É como anandamida do chocolate
É a porra da pura serotonina
Eu estava tão perto.
Não é a melhor poesia, eu sei, que escrevo para um garoto
Não é a melhor poesia, eu sei, e ele pode nunca ler nada que eu escreva
Não sei por que fui deixada de fora do mundo dele, não sei porque ele não pode me esperar
Ele parece tão longe quanto estrelas na noite, naquele dia, um pouco mais de tempo, eu vi o vi indo embora, mas não tive coragem de alcança-lo.
Eu não sou de longe a melhor garota para ele, eu sei, então por que continuar escrevendo dessa maneira, temos tantas diferenças, nem sei porque eu me apaixonei assim.
Eu não estava pensando em desistir, eu sei, hora de parar e encerrar o dia, eu fiz tudo com tanto amor, e já estava preparada para o pior, mas nem ao menos pude entrega-lo o que queria.
Parece que eu já escrevi essas mesmas linhas antes, eu sei.
Então, por que eu deveria escrevê-las mais uma vez?
Não é a melhor poesia, eu sei, e então eu vou largar minha caneta,
Não é a melhor poesia, eu sei, e para alguém que nunca mais vou encontrar, provavelmente, e mesmo que o encontrasse, que diferença faria?
Pois isso é agora e foi então, minha última esperança se esvaiui, minha caneta eu vou guardar na gaveta, e o presente, bem... Ainda não o sei.
Na incerteza me faço
Onde no saber eu disfarço
Que por linhas ou traços
Escrevo o que sinto
Por mais que menino
Sei bem o que quero
E do amor eu espero
O poema mais lindo
Que por nós seja escrito
Já acusaram-me de hipocrisia, dizendo que eu não vivo aquilo que escrevo. De fato, eu não vivo aquilo que escrevo, mas escrevo tudo o que vivo.
Como eu escrevo bem quando estou triste, mas quero escrever bem esperança de dias melhores também!
" na areia escrevo seu nome ,
E desenho um grande coração ,
em minha memória guardo seu sorriso
Sempre lembrando da mais bela canção ...."
Eu escrevo...
Pra pensar
Elaborar meu raciocínio
Pra espantar meus fantasmas
Organizar minhas ideias
Pra descartar a tristeza
Expandir minha alegria
Elevar minhas emoções
Pra tirar a presunção da minha razão
Escrever, não revela o meu caráter
Mas, minhas características
Escrever pra refletir
Experimentar
Me acalmar
Escrevo para falar, e não ser interrompida
E saiba que escrevo, não por uma missão social
Nem tampouco pessoal
Pelo prazer
Sem pretensão
Por incrível que pareça
Para ouvir a minha própria voz!
Sabe, as vezes escrevo coisas para me livrar da solidão, eu tenho o hábito de sonhar com a vida repleta de amor, mas cada dia que passa eu acordo e vejo que tudo não passa de um sonho.
Sei que faz tempo que eu não escrevo- mais de um mês!- é que eu estava devastada, desanimada demais para escrever. Parecia que eu havia secado! Eu me sentia uma árvore seca pelo inverno, maltratada pela geada e com receio e nunca mais florescer. Uma árvore seca ainda como ser considerada uma árvore? Uma escritora que não escreve ainda pode ser considerada uma escritora? Eu não sei responder. Achei que tivesse perdido a poesia. Achei que nunca mais conseguiria parar de chorar. Achei que ficaria paralisada para sempre como alguém que leva um choque e fica em estado catatônico. Mas adivinhe só? Eu não fiquei. Eu sinto que uma parte minha morreu e doeu mais do que cabe em palavras. Nos sete primeiros dias eu vesti-me de luto, nos quinze primeiros e só chorei, mas eu tive uma espécie de epifania e sinto que renasci. Eu renasci, tal qual Perséfone e eu me sinto tão diferente...
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