Escrevo e parece que não Leio
O que escrevo é eco
do meu grito de espanto,
ao fazer da vida a travessia.
Em versos bem me revelo:
sou do reflexo um tanto
no espelho de toda poesia.
Soneto do desejo
Às linhas azuis a quem escrevo
desejo uma curta vida de aventuras
desejo o medo de não temer as alturas
desejo o desejo de ser imatura
Desejo que reveja a assinatura
desejo que misture sua loucura
desejo que mate e descubra a cura
desejo que releia as escrituras
Desejo paz a pele escura
desejo vida a quem é pura
desejo fruta que esteja madura
Desejo mais de mais cultura
desejo curvas as esculturas
desejo amor a esta jura
Escrevo sob o efeito de antipsicóticos
Escrevo mais que o óbvio
Escrevo para usurpar a minha mente
Para me apossar do meu subconsciente
Meus versos saem vagando
Eu sigo viajando
Entre varias dimensões
Escrevo minhas emoções
É como um veneno de outro planeta
E o antidoto está na ponta da caneta
Quando acabado de escrever
O papel faz transparecer
Tudo que aprendi com o que passei
E o que hoje me tornei
Quando estou feliz eu canto.
Quando estou triste componho.
Quando estou magoada escrevo.
E quando a dor não passa, apenas disfarço.
Não levem a sério tudo que eu escrevo,
O amor pra mim não foi bom
Mas isso não quer dizer que para os outros não será
Eu amei sozinha
Isso me levou a este modo de pensar
Único amor no mundo que deve ser só
É o próprio o resto
É filantropia.
E a incerteza de seguir
Me persegue como um cão faminto
Eu escrevo
Grito
Escancaro o peito
Por eu ser assim tão sentimental
Há quem beba, há quem fume
Há quem chore, há quem ria
A vida, a tristeza, a alegria
Eu escrevo-a,
Minha tinta é licor, fumo
Lágrima, sorriso
Tudo ela sabe
Tudo ela esquece
E nos seus traços
Me aquece
Muitas vezes eu escrevo meus textos de modo subentendido para que você desentenda como bem quiser
O texto é meu, o conflito é seu.
"Eu não guardo palavras. Por isso as escrevo para que sejam lidas, em especial, por aqueles que caminham para o precipício por acharem que a única escolha é saltar"
Memória
Eu escrevo porque o meu forte não é guardar, por isso liberto-me na escrita.
Deixo-me escapar na memória para registar.
É incrivel como como tenho capacidade de esquecer as coisas, e por causa disto, eu agradeço a Deus por ter me dado está virtude.
Graças a ela hoje eu escrevo para guardar, não na memória mas no papel.
Mas isto não significa que me esqueci-me de ti, linda.
Tenho fotos tuas e memórias perfeita
feita por Deus, tenho amor e os momentos nos meus registos.
Tenho fotos e recordações no meu celular e no meu drive virtual.
Portanto, se eu tenho essas lembranças em abundância, só sei que tenho-as o suficiente para pensar em ti.
Já falei-te de vezes sem conta que amo-te tanto, que o tempo de vida não seria realmente suficientemente para mim.
E saibas que não quero nada de ti se não teu amor, carinho, atenção e respeito.
Quero dar-te coisas e não tirar-tas.
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