Escrevo e parece que não Leio
Sou tudo que sinto
Sou as músicas que gosto, os textos que escrevo e também os que leio
Sou as poesias que gosto
Sou tudo aquilo que me desaponta
Sou tudo que gosto
Sou também as coisas que não gosto
Sou tudo que me faz rir
Sou tudo que me faz chorar
Sou tudo que já conheço
Sou tudo que ainda não conheço, pois vou conhecer
Sou menina, mas posso ser mulher
Sou todas minhas fases
Sou todas minhas faces
Sou o ódio, mas posso ser o amor também
Sou tudo
Sou o nada
Sou o que já fui
Sou o que estou me transformando
Sou o que ainda vou ser
Agora sou tudo que consigo ser
Sou tudo que quero ser
No final apenas sou.
(05/10/16)
ESCRITOS DA VIDA
Em minhas reticências
Enquanto leio-te
Escrevo-te
Sinto-te em mim... num bailar de corpos.
Em minhas linhas
Entre sussurros e afáveis carinhos
Abraço-te com o calor do meu corpo
Beijo-te com a doçura dos meus lábios
Amo-te com a ternura do meu coração.
Em meus parágrafos
Ouço-te envolvida
Em sintonia
Sensações e harmonia
Mentes e sentimentos se completam
Sem reservas
Sem receios
Ávidos de encontros
Corpos e mentes se leem
Se descrevem e escrevem
Em meu tempo e espaço
Sementes da vida, do amor, das mudanças
Estavam plantados
Um texto... um livro escrito
E meu momento havia chegado
Para deixar o passado
Voltar a vida
Seguir em frente
Em direção ao sol
Em direção a luz do meu existir
Nas linhas do meu horizontes
Novos escritos da vida.
Não sei se escrevo, nessas linhas tortas, para ti, ou se me leio no que te escrevo. Não importa as interrogações, preciso expor esse sentimento que transborda em palavras e como a única ação que me é possível, nesse momento, é escrever, sigo escrevendo. Minhas palavras parecem não ter um contexto, me perco no texto, sentimentos soltos, suspiros avulsos, verdades que, sem ti, se tornam falsas, paradoxos, minha mentira real. E em cada palavra, desabrochada, no papel, vou te decorando e me relendo, tentando te aprender e me encontrar, enquanto me desaprendo e me perco em ti.
BRAILE
te leio no escuro
na ponta dos dedos
me escrevo em desejos
na tua pele macia
teu perfume preenche meu ar
teu nome e teu gosto
na ponta da língua
escuto teus pensamentos
e falo em silêncio dos meus
teu calor na noite fria
presente na cama vazia
teu encanto me envolve
meu ser de sal se dissolve
no mar da tua companhia
carlos patrício
"Escrevendo me sinto bem, leio, releio, me encanto.Ver as pessoas gostando do que escrevo é maravilhoso"
Quando sozinha eu escrevo
o que reflito sobre o que leio ...
Entre as pessoas eu leio
o que elas refletem ...
E quando imersa na natureza
eu me reflito, me leio,
me escrevo e me deleito.
Em tudo que escrevo e leio lembro de você fico feliz e triste ao lembrar de
tento me livrar mais não da.
eu te ensinei tanta coisa mais não foi o bastante
sei q um dia te verei
sei q um dia estarei com vc
me apego nisso
isso me faz ser um homem bom
as vezes sinto q não tenho mais ninguém mais sei q você esta comigo
as vezes pensamentos confusos giram ao redor da minha cabeça
e eu giro com eles
as vezes sinto que tenho tudo mais ao mesmo tempo sinto q não tenho nada
as vezes nem sei o que estou fazendo aqui...
Eu sei que você lê tudo que eu escrevo,
eu escrevo pra você. Da mesma forma, eu leio tudo que você escreve, e sei que suas palavras são direcionadas a mim...
29/07/2011
Não necessito de mais descrições. Se for pra ler do que sinto, leio o que eu escrevo. Eu quero mesmo coisas novas.
Eu leio o que eu escrevo, vezes seguidas, em casa, no trabalho, na faculdade. Leio e releio pra tentar me entender um pouco. Normalmente não sou de muitas palavras nem simpatias (é diferente de educação), depende do que esteja sentindo e das pessoas a volta, mas quando são palavras escritas sempre me excedo na mania irritante de justificar tudo. Quero me assegurar de que tudo que falo foi entendido, pra que tenha companhia a solidão de meus pensamentos.
É inexplicável a sensação quando a impressão que há de que as palavras imaginadas em momentos diferentes que se juntaram até formar esses textos escritos abaixo e até mesmo esse não cumpriu seu objetivo. O que podemos pensar, fantasiar em declarações de amor, o que conseguimos definir de nossos sentimentos e coisas que sentimos não valerá de nada se nos acomodarmos ao que há dentro de nós e isso não for exposto de alguma maneira. Não existirá no mundo, só pra ti, no teu universo e se afogará com o tempo na indecisão de se expressar ou não ou na comodidade de "quem sabe um dia". E pode ser que perca o momento certo, quando há o sentimento inocente e novo, platônico que ignora defeitos notáveis, quando é paixão ainda. Esse receio corrói e destrói histórias que ficaram no quase ou apenas projetada em detalhes na mente de quem sentia amor, mas não sentia coragem.
Quantas vezes nos apaixonamos por quem mal falamos ou quem nunca tocamos? Amores ditos virtuais, totalmente impalpáveis, mas em palavras reais por corações solitários, talvez sangrando por um outro amor que se foi e não deixou explicação do porque.
E encontramos pessoas por aí, cada qual com diferentes histórias, mas que ao mesmo tempo são tão parecidas. Em todas o enredo de decepção, descrição da primeira sensação de amar que lhes foi arrancada. Resta o frio. O coração nunca mais é o mesmo. É irreversível as batidas em maior frequência quando quem gostamos se aproxima fisicamente ou mesmo em delírios. E nos esforçamos em esquecer como era sentir isso, mas o coração já não bate como antes. Nos jogamos de novo em encontros e desencontros tentando reproduzir essa sensação em outros corpos como nós, em vão, aumentando cada vez mais a sensação de que nada será nem parecido.
Indecisos, nos lançamos e caminhamos na multidão de prazeres apressados, físicos sem necessidade de compromisso como animais irracionais só por desejos instintivos, mas mentiria em dizer que isso seja ruim. De vez em quando detalhes diferentes reacendem esperanças ilusórias. Tentamos mais uma vez, e possa ser que agora vai, e se não for a mágoa vem e derruba, mas com menos força, na intensidade de sempre. É pior quando é nossa primeira vez. Sempre há o dia em que voltará pra casa chorando e não dormirá pensando, afinal, "não dizem que é bom esse amor, que é bom amar?" Esse impacto nos acorda ao que é o mundo e a sociedade que nem entederemos onde foi parar o tal amor. Podemos nos questionar disso, antes de sermos programados e robotizados ao cotidiano da vida chamada moderna. Aí não teremos tempo pra pensar em nada que não possam ser trocado por dinheiro, um dinheiro que nem existe.
Um amor de verdade será sempre amor, até mesmo quando o último ar de vida se for ele será enterrado com quem sentiu. O amor não te pertence se deres a alguém. Tua parte do coração que pulsa por outro é dele, se aceitar. Isso é a eternidade de que nunca acreditamos pela certeza de que aqui tudo passa, e tudo acaba. Se por acaso se foi, se o coração se enganou foi paixão, foi atração, carinho, não era amor em sua essência. No começo há confusão, a semelhança torna isso possível, mas a cada dia se ele acordar conosco vamos entender que não importa se são anos, não é importante com quem estamos, e essa pessoa possa realmente nos fazer bem e sermos felizes, mas em um canto escuro, congelado e trancado e proibido até nosso próprio acesso, ficam os restos e as lembranças de quando sentimos beleza até nas coisas feias porque nada importava e tudo era completamente ignorável ao ser comparado ao que sentimos ao estar com alguém que amamos.
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