Escrevo e parece que não Leio
Faz tanto tempo que não escrevo...; acho que esse tempo só tem valor quando estou sem ele - seu valor está em sua resistência à ocupação - se por um lado o ócio lhe tira o brilho, a ocupação tira a sua liberdade de ir e vir - direito constitucional de todos, inclusive do ócio. Incomoda ter tempo e não ter o que fazer para deixar de tê-lo. Satisfaz saber que há algo por fazer, mas, que não dá tempo de fazê-lo; esta vaidade ocupacional nos aprisiona ao mundo das pseudo-liberdades – somos escravos da liberdade por não ter tempo de vivê-la.
UMA AMÉLIA EM MIM
Posso parecer uma boneca de luxo. Mas não sou. Aqui escrevo para contar que as pessoas se enganam, e muito. A letra Retrato pra Iaiá seria pefeita senão esse final (...)"Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê (...) Somos exatamente aquilo que ninguém vê. Todos enxergam a Holly, mas posso apostar que ninguém suspeita da Amélia.
Vim confessar aqui que Amélia não sai de mim. E tenho achado bem bonito as coisas que Amélia aprecia. Acredita que a Amélia essa semana parou só para observar um casal em uma loja de eletrodomésticos escolhendo uma geladeira?! Pois bem, Amélia me surgiu com força. Olhei mesmo algumas peças e me entristeci por não ter alguém para montar comigo um ninho de amor. ( é, desculpa! Acordei meio brega hoje!) Só que Amélia não admirava a geladeira que estava para ser escolhida pelo casal, Amélia admirava a cumplicidade, os detalhes. Aqueles planos que deviam estar por trás daquela geladeira branca. Amélia admirava com olhos fiés e tentava imaginar toda a história vivida entre eles até chegar naquela geladeira.
Nossa! Amélia .... Amélia gosta de ter para quem cozinhar, gosta de companhia para degustar um bom vinho, gosta de cuidar da roupa do marido, gosta de uma casa para colocar em ordem, gosta do cheiro de lavanda nos lençóis. Amélia gosta dos pés pequeninos correndo pela casa, da desordem que o cachorro deixa, da lerdeza na faxina da empregada. Amélia gosta do cheiro do feijão que vem da panela de pressão e o relógio de parede na cozinha. Da banana madura na fruteira e do arranjo de flor amarela na mesa de jantar. Amélia gosta da pasta do marido jogada no sofá da sala, dos sapatos aos pés da cama, e os pés dele juntos aos dela pouco antes de levitar. Amélia gosta dos olhos dele nos dela antes de acordar. De amor de bom dia e beijo de boa noite!
E eu? Eu quase que escapo da Amélia, mas parece que apesar de almejar o moderno, fui lançada ao trivial arroz com feijão, e me vejo louca para acrescentar uma farinha, se é que me entende?! Depois de toda essa inveja branca* ( como diz meu cabeleireiro toda vez que quero minhas unhas da cor das unhas dele) ela comprou uma Brastemp daquela de duas portas sabe? Aí que pontada de inveja super branca. Amélia sempre quis igual!
Por que eu escrevo? Porque encontrei nas palavras um refúgio, uma forma de exprimir minhas angústias, meus medos, minha solidão! A vida é injusta? Não! Muitas vezes somos nós, que covardes, abrimos mão do que a vida nos oferece! Não sabemos aproveitar as oportunidades que ela nos dá!
Eu escrevo o que sinto e sinto o que escrevo, e de tanta existência do sentir, eu me perco em devaneios loucos.
Escrevo pensamentos ocultos, para libera-los de mim mesmo, pois cada palavra dita se torna em um gole de fôlego que eu tomo, para viver.
QUINTANA
Escrevo olhando para o céu
O papel é da mesma cor azul
Verde, a caneta, da esperança escrita
E também desenho um pássaro ao léu.
Estou curioso por ver a paisagem enfeite
Misturo tons que me arregalam a visão
Buscando sempre as mesmas descobertas
O céu, é inútil querer dar-lhe outros efeitos.
Brinco com a luz incidente na folhagem
Que pinto e bordo, da cor e do cortado
E que propunha, a poesia, enfeita-se
Desses desmandos de nova linhagem.
Ando volátil como o ar rompido
Que acolho e beijo em minhas mãos aos poucos
E me permito voar com ele aos pedacinhos
Aí nessa folha como tenho sido.
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naeno*comreservas
Eu escrevo diversos textos sobre diversos assuntos, mas sinto que jamais serei capaz de escrever um texto que contenha tudo o que sinto por você.
Escrevo para as pessoas que amo, coisas que sinto e pensamentos que tomam minha mente. Desculpe se eu não crio textos que sejam altamente filosóficos ou coisas poéticas, apenas estou sendo eu mesma.
Escrevo porque nas palavras encontro saida..
Escrevo para o tempo passar...
As vezes a insônia é minha companheira inseparável..
Amizade Eterna
A nossa amizade que crio essa poesia
Que escrevo com muita alegria
Repleto de felicidade... Amiga
Não importa onde você estiver eu sempre estarei ao seu lado
Tanto nas horas difíceis quanto nas horas de alegria
A amizade verdadeira é eterna, conte comigo para o que der e vier.
Um amigo é como o sol às vezes perto às vezes longe
Por vezes vemos, às vezes não...
Mas sempre sabemos que ele sempre estará lá mesmo que seja
Do outro lado do mundo, ou ate mesmo do outro lado da tela de um pc...
Mas sabemos que sempre que precisar-mos ele estará lá...
Assim como o brilho do sol que se faz presente no brilho do luar
E habita no vão de nossos corações e nos fazem perceber-mos o quanto é
Valiosa nossa amizade, amigo mesmo perto ou longe, sempre estarei ao seu lado.
Acredite como um anjo que jamais te esquecerei...
Conte comigo que sempre eu estarei ao seu lado...
Sua amizade pra min é eterna, pois através desse poema.
Venho lhe dizer que todos os dias sou grato a deus
Por ter sua amizade...
FIKE COM DEUS QUE ELE SEMPRE ILUMINE E ABENÇOE SEU CAMINHO...
Escrevo para alimentar a pulga atrás da tua orelha. Eu dou água e a alimento – dou até um chocolate de vez em quando - quero manter sempre a dúvida na tua cabeçinha. Quero deixar sempre a perguntinha incomoda: e-se-tivesse-dado-certo?
Eu ainda escrevo pra nunca quebrar esse elo invisível que existe entre nós dois. Eu posto um texto, acho que você lê e você fica indiferente, eu fico com esperanças de que tudo mude e você segue sua vida. Eu sigo escrevendo pra você, pro amor, pros orixás, pro universo.
Eu pareço cachorro, que mija no poste pra marcar território. Eu escrevo um texto aqui, outro ali, tento chamar tua atenção, só pra ficar um resquício de lembrança minha – seja ela boa ou ruim. Só pra que você nutra ainda algum sentimento – que é de pena, eu sei, mas prefiro achar que é um daqueles amores-adormecidos-impossíveis e que um dia alguma luz vai entrar na tua cabeça oca e você vai querer voltar pra mim quando perceber o quanto era bom estarmos juntos.
PALAVRAS
Eu escrevo
à medida que vou pensando
Fazendo de minhas palavras momentos de nostalgia
Alegria
Fantasia
Terapia
Curtas, diretas e sinceras
Por vezes magoa a mim mesmo
[ e outros]
Quem serei se não fizer uso delas
?
Elas libertam-nos das coisas materiais de pouca importância.
Do choro retido,
o qual não expressamos nossos sentimentos
Da angústia de ser ouvido
e ser olvido
Com elas escrevi cartas de amor
de rotina
D.E.S.E.
S.P.E.R.O.
Usei-as para ferir
e o fiz mais que pretendia
E não cai no imenso
mar de solidão.
Eternas companheiras de noites frias
manhãs ensolaradas e tardes chuvosas
aprendi a ser breve ao falar
e sincero ao usar
palavras para calar.
do Riicardo Xavier, aos amigos do face em 07/07/2011.
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