Escrevo
Eu escrevo e sei que posso me equivocar, assim despertando olhares críticos, esse é meu papel, e não tenho receio por errar, estou muito satisfeita por não ser perfeita no que faço,o perfeito é muito cobrado,e eu estou aqui é pra cobrar,do mundo, do tempo,e de tudo ao meu redor,me contento em quase chegar, pois me contento em estar caminhando, e respirando desse ar, errando, rabiscando, aprendendo, recriando,apagando, reescrevendo,eu estou sempre quase lá, e isso é o bastante, e nunca poderei estar satisfeita, pois sempre há algo a acrescentar, algo pra me lembrar do que eu ainda preciso aprender e eu preciso tanto, assim como todos precisam, o segredo, é ser feliz, e se contentar em sempre estar quase chegando lá.
Às vezes escrevo sem saber, outras vezes escrevo por escrever, mais sempre que escrevo eu digo o que eu sinto, não minto em argumentar que a vida e bela e quando eu olho na cara dela eu falo, morte obrigado pela a sua visita mais hoje eu não vou pular da janela. Se tudo e do mesmo do jeito eu não sei, mais o que penso não faz mais diferença a ninguém, só a mim. Pra falar a verdade muitas vezes à diferença não chega a ser questionada por mim, pois quando eu lembro que eu tentei, acho que não a motivos te ter tentado, podia mesmo e ter ficado parado, pois ninguém se importa com nada hoje em dia, tento fazer o que eu posso mais nada da certo, assim eu fico na duvida de varias coisas, pensando que um dia estarei sentado me lembrando que vida após vida e quase nada me interessou.
Descubro eu, que talvez mudaremos tudo com a nossa nova idéia e assim seguiremos em frente e adiante com novas coisas e descobrindo tudo de novo quero mesmo sim, estar com uma nova vida, novo começo, novo em tudo. Bola pra trás, e um pé a frente de tudo que nos não queremos perder...
Que seja assim as nossas vidas, que tudo mude, e ao mesmo tempo, que não mude nada, nada de errado com nos, tudo de errado com tudo, e tudo mais errado ainda com o mundo. “Fim”
Posso não ser um bom poeta
Mas tudo que escrevo
É os meus sentimentos ,
os meus sentimentos por você...
nao escrevo para ser entendida, pois se isso eu quizesse seria comum, escrevo, para compartilhar, essa angustia do ser uno que jamais serei
Escrevo para esquecer,
das coisas que eu gostaria de ter
das coisas que um dia eu tive
das coisas que não da para esquecer
procuro uma saida pra me liberta disso tudo
e não encontro, posso até andar e rodar
mais sempre paro no mesmo ponto.
E é por isso que escrevo as coisas que não esqueco.
Quando escrevo é como estivesse falando com os meus amigos, só que obtendo maior atenção. Às vezes desconhecidos ouvem o assunto.
Decidi que escrevia textos sem sentido
Resolvi dar um sentido para o que escrevo
Mas, se escrever é colocar sentimentos
E, se sentimentos tivessem sentido,
Não haveria sentido algum em escrever.
Já falei do tempo ao vento
Já me perdi nas bobagens que falei
Já viajei no que escrevi
Já muitos filhos abortei
Enfim sobrou algo,
Um sentido nas coisas sem sentido que escrevia
Era algo estranho
Esse estranho era a essência da poesia
Não canto em versos, pois não me atrevo produzir limitado
Não faço formas
Apenas escrevo o que sinto e sinto o que escrevo
E vivemos nessa simbiose infinita
Nesse relacionamento estranho de posse-possuidor
De caça-caçador
De escrita-escritor
Esperança escrevo de um lugar
Que no momento não quero me encontrar
Mas em um dia distante sei que vou participar
É manhã vou à missa na capelinha que Dom palmeira está a celebrar
Solidário vou ao hospital que Padre Zé e as irmãs estão a cuidar
Chegou à hora do jogo, José Ramalho estava lá
Vou tomar meu banho na lagoa, para o corpo descansar
Em casa as músicas de Diogo fui escutar
Com o jornal de Jacintão a folhear
Minha mãe manda ir a seu Didi para comprar
A boneca de Angelita para minha irmã brincar
Na volta passo na farmácia de João Mendes
Também passo nos bosques de Lírio Verde onde Silvino está a se inspirar
Chega à noite, no cinema do Titico vou paquerar
Aquelas lindas moças, que de Esperança, estão a participar...
E a Esperança dos que se eternizaram
Quero que fique na minha viagem, e nas lembranças dos que ficaram...
Eu queria fingir que escrevo
Tão pouco quanto os outros
Que pintam pequenos dispersos pingos no papel
Queria não virar noites
E latas
De tinta em cadernos
Preenchendo gavetas
Com bolos de folhas
Embolados em pensamentos
Lambrecados de pimenta e mel
Escrevo porque ?
porque neste pequenos rascunhos tenho a liberdade e o sentido prazer de abençoãr vidas não salvas, vidas achadas precioso na beleza de apenas viver.
Quando estou só escrevo.
Imagino mundos que não habitei,
Histórias que não pude viver.
Às vezes, me basta sonhar.
Os sonhos são sempre felizes,
Fáceis de conduzir.
Aqui vou deixar não um pensamento,pois escrevo poesias e admiro Carlos Drumond de Andrade.
Deixo aqui um pequeno trecho de um poema de minha autoria.
Aquecida por você.
Um facho de luz quente,
invadiu meu corpo.
Embriagou-me com toques
ávidos e incessantes.
Suas mãos quentes percorriam
meu corpo frio.
Me vi cercada pelos seus beijos
tão ternos, e chorei de alegria.
E meu corpo aquecido pelo
seu calor que me envolvia.
Nesse belo dia!
Como eu quero o seu amor,
e o seu calor.
Escrevo versinhos ando em círculos penso em tiros no ouvido num silêncio mais calmo em balas de goma e cereais matinais e mãos no pescoço e esquecer o passado não por arrependimento mas por exagero por tédio por sódio.