Escrevo
Nesse momento
Não escrevo poesias,
De alegria, amizade ou Amor...
Apenas vivo o dilema;
Como um instante
Muda o humor...
Também o tempo
Há de mudar o Poema.
Sou o que escrevo!
Tento ler o que sou
nas palavras que respiro.
Abro as portas do meu ser
sem nada esconder,
sem nada ocultar…
Escrevo o que sou,
o que sinto que sou
e tudo aquilo que sinto
que gostaria de ser
se eu sempre pudesse escolher…
Sou um apaixonado
pela paixão,
sou ansioso e repentino,
sou, umas vezes, razão
e, outras, emoção…
Sou imperfeito,
inseguro,
por vezes imaturo…
sou tristeza,
incerteza,
sou a perfeição
da imperfeição,
muitas vezes insano,
logo, humano!
Escrevo-te cartas na madrugada,
Cartas de amor que nunca envio,
É o registro de um amor cortante,
Como uma lâmina afiada,
Sobre a pele do coração.
Tenho fogo percorrendo minhas veias, escorrendo todo o sofrimento. O que escrevo são apenas cinzas da minha tristeza...
Não escrevo mais, amor
Os tristes versos cessaram
O lamento findou
O dia raiou,
Não escrevo mais, amor
Você é o culpado da falta de tédio
Da falta de dia médio
Da falta de dor,
Não escrevo mais, amor
Me sobra desvelos
Vontade de vê-lo
Me falta só ar
Prefiro viver
Amando você
Que outrora, narrar
Esse sou eu e ninguém copia
sou poeta e escrevo poesia
crio rimas, falo, canto
digo verdades, desperto encanto
vivo da rima
respiro emoção
cada palavra
bombeia meu coração
meus olhos enxergam
poesia e beleza
no cotidiano em pessoas
na linda natureza
tudo que escrevo
eu vivo todo dia
pois poesia e vida
e minha vida é poesia
FALHA
Sim, escrevo pra quem não se esconde
E caso o falho ato tenha havido
Os versos foram para bem longe
Meu canto para um raro e límpido voar
E se por ventura não voei
O vento se incumbiu de dissipar
Sim, palavra de rei é de poeta
Quero assim cada palavra
Contraditoriamente não se aquieta
Mas é reta!
Porque eu escrevo tanto?são tantos pensamentos dentro de mim, que não dá só pra guardar eles e simplesmente esquecer que possa existir alguém que precise dele ou que pensa exatamente assim como eu.
Me limito a escrever e quem lê me limitam no que escrevo ou o que escrevo limitam a quem lê. Ou seria ideal escrever sem limitações ou será que estas mesmas recomeçam no mesmo pensamento? Roda viva.
CORRUPÇÃO E LADRÃO
Sou um homem obediente,
Escrevo muito consciente,
A corrupção prudente.
Mas, para nosso desgosto,
Não é só corrupção,
Também tem ladrão,
Que rouba por satisfação!
No Rio de Janeiro,
A tv nos fala,
Tem cocaína e crack,
É duro de ver
Essa nossa realidade.
Tem pessoas traficando
Ate na prisão,
Tudo isso vejo,
Na televisão.
Outro dia vi um delegado
Duro de matar,
Prestei atenção e vi,
Ele também foi a traficar.
Vi também manifestação
Gente boa e valente.
Lutando pelo seu pão!
Vi também os ladrões,
Que desfaçados se espalharam
Nas manifestações.
Vamos para o mundão,
Pai mata filho,
Por qualquer confusão.
Na tv é só oque fala,
Mãe, pai e filho
É morto a facada.
A imprensa divulgou,
E o mundo ate hoje chora,
Onde é que esta Isabela?
Por onde andas agora?
Nunca me esqueço
Do caso de Isabela
Não sei se caiu
Ou foi jogada pela janela.
Tem o caso de Eloá
Morta pelo namoro terminar
O namorado não conformado
Resolveu a vida dela retirar.
No Rio de Janeiro
Uma criança foi morta
Passou também na televisão
Foi arrastado por um carro
Nem sei se foi caminhão
Bandidos hipócritas
Sem coração
Paulo César Lima
Escrevo na esperança de que minhas palavras sejam conhecidas, mas sinto que estou alimentando falsas esperanças.
Querida Compulsão,
Escrevo-te neste momento, após muitas reflexões misturadas pelo escorrer de minhas lágrimas, para manifestar meu desejo de romper com o nosso relacionamento. Durante boa parte da minha vida me fizestes muito bem, adormeceu minhas dores mais profundas, acalmou os fantasmas do meu passado, deixou guardado no meu inconsciente memórias que eu não suportava e rejeitava no consciente, acalentou-me na solidão escura e sombria. Não obstante, as dores adormecidas estão despertando, os fantasmas do meu passado estão retornando, as memórias estão se tornando vivas e conscientes, e a solidão cada vez maior e mais assustadora.
Querida, me ajudastes a fugir de todas essas tormentas, no entanto, estou cansada de fugir, de temer, de me esconder. Quero começar minha caminhada de encontro a felicidade plena, aprender a lidar com minha dor e sofrimento que juntas nos esforçamos tanto para escondê-las. Agora quero recebê-las de bom grado, deixar que percorram por todo meu corpo, fortes e latentes, parar de resistir, finalmente me render. Por fim, preciso fazer isto sem ti. Agradeço-te de coração por todos os nossos momentos juntas, mas agora irei navegar por águas desconhecidas, me aventurar em um novo relacionamento, eu e minha dor.
Obrigada, querida.
Adeus.
Nem tudo que escrevo está correto, assim como, o que é correto nem sempre escrevo. Aí mora minha tal liberdade!
Josué Morais.
Há tanto tempo não escrevo
certas coisas que preciso ouvir
razão qualquer, talvez medo
acordando dum sonho a sorrir.
Sou pássaro a fugir da gaiola
que passou a vida em segredo
não aprendi a voar mundo a fora
quando arrisco sinto ofegante o peito.
Andante sou, andarilho com asas
tenho algo que não, não sei usar
coração, uma vontade que falha
momento, dum sentimento mostrar.
No caminho de tantos cascalhos
fito meus olhos na fina lua nova
poeira de ondas, delicia de orvalho
aspergindo ouro num céu que renova.
Uma vida que vai, noutra vida que vem
chuto ventos, fingindo não me entregar
num querer dum respiro daquilo que tens
fragrância dum beijo de pássaro encantar.
Sigo a pouco escrever, sem ter
sentindo meu próprio canto ecoar
num corredor, de mãos como asas
sou ave migrante, buscando lugar.
(Pássaro - Denis Santana - 2015)
Agora, para descontrair, e, brincar com quem gosta de ler o que escrevo, digo: - Não sou o Zé Bonitinho, sou quase isso.