Escrevo
Escrevo um poema
e dedico-o a todas as mulheres que amam,
e sabem esperar;
e a todos os homens que querem,
mas não as sabem guardar;
porém, continuam a acreditar.
“A minha missão é a escuta e por diversas vezes o som da minha voz não pode ser ouvido. Escrevo para libertar as palavras silenciadas na minha boca. Escrevo para amenizar a dor da existência humana que me toca e também me fere.Escrevo para dar voz ao sentimento que insiste em gritar dentro de mim.
Contemplo a vida com os olhos da alma e mesmo um efêmero gesto de amor e solidariedade me leva ao riso e ao pranto.
Por vezes os meus olhos em lágrimas borraram os meus escritos a transbordar o amor que minha alma carrega.
O amor dentro de mim é Ágape, me foi dado como um dom e por ser sensível á dor do mundo me fere um pouco a cada dia. O meu coração é uma ferida aberta que não sara. O silêncio é o meu refúgio, proteção, paz e calma. Tem sido difícil para o meu frágil coração humano suportar a intensidade de um divino amor que não se define e não cabe em palavras. “
Viviane Andrade
ORIGINAL PINTURA
Escrevo um poema no teu corpo
Sem que fosse uma original pintura
Mas não sou pintor, nem muito menos
Um desenhador, sou alguém que amas
Que tenta escrever um verso no teu corpo
Sem que fosse tatuado, afinal não sou tatuador
Falta-me as tintas de cores ou as agulhas
Mas se eu soubesse ler, tentava ler
O teu corpo na tua bela nudez
Esse dialeto falado dos teus abraços
Ou ainda o alfabeto do calor que exalas
Nas letras soltas escondidas na tua pele
Escritas numa folha qualquer ou não
Dos beijos molhados como cada página
Onde folheio o teu corpo como um livro teu
Com letras minhas agarradas à minha pele
Como é bom ler-te alto nos gemidos do nosso quarto
Ser a mãe de todos os teus filhos pintados no meu peito.
ღ¸.•*¨*•ღ
Quando escrevo uma poesia fúnebre não tenho intenção de chocar, tampouco demonizar a morte. A intenção é mostrar que somente a morte é capaz de dar sentido à vida.
Escrevo cartas
Escrevo palavras que mexem comigo
Escrevo um sentimento sofrido.
Escrevo cartas
Escrevo versos também
Bem querias que fostes assim
Gostasse de mim e não descrevesse o fim.
Escrevo cartas
Hoje,digito e teclo
Acesso e navego
Em outro'ra me lembro
As minhas cartas.
Cada poema, cada poesia que escrevo é de você; são saqueadas do teu corpo, roubadas...é teu olhar que me canta, tua voz ! São teus olhos que me tocam, é teu silêncio que escondido me fala; teu desejo oculto, proibido...que cala. É da tua boca que extraio meus devaneios, do que não diz...do que eu falo !
As vezes me perguntam por que a maioria das minhas frases são tristes... Bom... Por que eu escrevo o que estou vivendo, e a felicidade não me dá inspiração para escrever algo,pois ela está sempre em constante transformação no dia a dia. Vocês talvez não se dão conta, Mas o estado natural é a tristeza e para afastarmos ela sempre temos que está fazendo ou ter algo que desejamos....Já parou pra pensar que você nunca está totalmente satisfeito (a)? Então agora eu te pergunto porque que o nosso estado natural é a alegria?
Às vezes, quando ergo a cabeça estonteada dos livros
em que escrevo as contas alheias e a ausência de vida própria,
sinto uma náusea física, que pode ser de me curvar, mas que
transcende os números e a desilusão. A vida desgosta-me
como um remédio inútil. E é então que eu sinto com visões
claras como seria fácil o afastamento deste tédio se eu tivesse
a simples força de o querer deveras afastar.
Vivemos pela ação, isto é, pela vontade. Aos que não
sabemos querer — sejamos gênios ou mendigos — irmananos
a impotência. De que me serve citar-me gênio se resulto
ajudante de guarda-livros? Quando Cesário Verde fez dizer
ao médico que era, não o Sr. Verde empregado no comércio,
mas o poeta Cesário Verde, usou de um daqueles verbalismos
do orgulho inútil que suam o cheiro da vaidade. O que
ele foi sempre, coitado, foi o Sr. Verde empregado no comércio.
O poeta nasceu depois de ele morrer, porque foi depois
de ele morrer que nasceu a apreciação do poeta.
Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser.
Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e
não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem
qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se o não ficarem
ali ?
"....escrevo versos as vezes extraordinários,
mas em geral totalmente ordinários,
sou um poeta comum, pardal e não canário,
meus poemas voam sozinhos,
a procura de um caminho à qualquer ninho,..."
Quase, ainda não!
Faz tempos eu não escrevo nenhuma poesia
Não consigo organizar as palavras com sintonia
Divago em pensamentos sem nenhuma magia
Alimentando minha alma com monotonia
Nem com o trago do cigarro eu me trago
Nem com o sopro do vento eu me embalo
Nem no silêncio da noite eu me acho
Nem no canto das cigarras eu viajo
Diante de mim, por mim e em mim
Reflito o marasmo que eu me permiti
Clamo o poeta que sucumbe nos trilhos
Incrédulo, desvairado, acuado e solitário
Que compadecido renasce em mim
E é por ele que eu não me calo.
Ou as pessoas mentem, ou gostam realmente do que escrevo. Importante é que um ou outro seja abençoado e sinta-se bem
Sempre que escrevo, oro. Sempre que oro, peço sabedoria ao sábio Senhor para que as palavras saiam do meu interior com vida e encontrem lugar em qualquer pessoa que ler, a fim de produzir algum efeito. Que tal efeito seja bom, e o ajude-o a ser diferente.