Escrevo
"PÉTALAS ESCRITAS"
Escrevo, escrevo a minha divina poesia
Para não gritar ao vento, à chuva
Ao perceber que muitas vezes estou só
Irremediavelmente sozinha em pensamento
Procurei-te meu amor, e não te encontrei...
Procurei os teus olhos, e não os achei
Procurei os teus lábios, e não consegui senti-los
Procurei o sabor da tua boca, e não consegui imaginá-la
No caminho do amor encontrei um jardim de rosas vermelhas
Feitas de pétalas nos teus, nos meus, nos nossos olhos
De pranto um rasgo no céu, abrirá um manto de lágrimas que cobrirá
A nossa felicidade onde eu deixei escrito nas estrelas
Poemas no desabafo das letras, do tempo que nos envelhece
No final vivo, canto, mesmo sem voz, na tamanha vontade de fluir
E eu procurei-te meu amor ao amar-te tanto sem rumo
Para não gritar ao vento que estou irremediavelmente só
Na minha divina poesia, onde o alívio da minha dor
Está em olhar para a dor de quem esta tão próximo "tu meu amor"!
escrevo com uma enorme dor,um dia eu não estarei aqui vc ja penco nisso vc ja penco seus dias sem mim vc ja penco viver sem mim,amanha eu não posso esta mais aqui.
FELICIDADE DE ESCREVER
Sempre que escrevo
É a vida que tento embelezar
Na clareza do dia
Com o coração a palpitar
Já me decidi
Na condição de mulher
Tendo a luz a florescer
Na certeza do amanhecer
Sempre que escrevo
É a solução que tento resolver
Acreditando na força do mundo a se mover
Na palma da mão a sorte
Em rumo ao Norte
Na imaginação de ser
Sempre que escrevo
Tento ocupar o tempo
Tentando algo esclarecer
E no final poder dizer
Sou poeta
"OUTONO DE LETRAS"
Línguas de outono, arvores despidas folhas no chão
Escrevo palavras em forma de letras
Com o desejo do vento, que quer as folhas no chão
Gravo as palavras nas rotas dum livro, que quero navegar
Dito as cartas de uma cartografia doce da minha alma
Letras engarrafadas de teu amado corpo
Mar de gestos subtis nas ondas de ti em mim
Desejo-te como as raízes secas a pedir chuva no verão
Outono eterno, corpo desmaiado na memória das águas do passado
Eternos namorados nos vendavais das palavras que se cruzam
Nos teus dias e nos meus, onde não existe cegueira
Apenas sussurros, gemidos de desejos
Palavras sobre a língua do vinho fermentado
Suspiros recolhidos com o teu sorriso..
Rosmaninho doce do teu beijo, licores feitos com o nosso amor
Que bebo e de ti resguardo ainda as promessas por abrir..
Outono de línguas em forma de letras escritas no nosso pensamento
Letras engarrafadas que o vento deseja todas as folhas das árvores no chão!
[...] Na versão charmosa de despertar para escrever. Escrevo até para o silêncio. Escrevo até onde não tem palavras...
Ando meio em dúvida, se sou o que escrevo ou se escrevo o que sou... Ou mesmo, nem uma coisa e nem outra.
Aquilo que escrevo sentada e dançado para meu amigo vento.
Eu caminho sozinha
E deixo o vento me levar
Eu sinto a leveza
Da brisa a me acariciar
Eu ando na escada do vento
E caminho pelo teu pensamento
Sol
Que queima e traz luz
Sinto o calor que conforta
Posso voar
O resto não importa
Agora nada vai me parar
E danço a som dos pássaros
Me embriago com o tom dos abraços
A beleza da mais louca lucidez
Diz que tenho que ir de uma vez
Então me dê a mão
Meu Vento amigo
Só peço
Venha dançar comigo
Não há tempo
Qualquer hora poderei partir
Me abrace hoje
Não deixe o amor fugir
O Tempo vai junto com o Sol
Eu preciso ir agora
Adeus, chegou a hora
Adeus, foi bom amar você.
Falo antes de pensar, escrevo textos sem parágrafos. Às vezes paro... e percebo que meu tempo me basta. Não preciso correr...
Quase tenho certeza, que muito dos pensamentos que escrevo, são tão somente uma cartase momentânea. E que possivelmente não reflita em sua totalidade, toda verdade que me é proibida dizer... Assim sendo, não leve isso tão a sério. Aprecie com moderação; afinal nem tudo que parece ser é o que parece...
Sempre que escrevo algo pra ela é assim, no impulso, sem pensar muito...e tem que ser assim mesmo porque se páro pra pensar, não tenho tempo pra mais nada.
Tudo é incerto
Neste mundo de onde escrevo
Não há nada de sucesso
Para além do pouco
Que escondido e louco
Não deseja ser-lo;
Tudo é falso
E nada o é
Porque se o fosse,
O falso era o tudo
E nada era nada;
Dos poucos que com o nada se contentam,
Porque pouco mais têm
Que o nada,
Não sei se sou,
Porque nada eu tenho
Para saber o que é ter.
Vivemos num mundo catalogado e esquizofrênico, onde eu escrevo sobre outros para tentar ser um cara sempre melhor."