Escrevo
Há dias não escrevo
Há dias não escrevo uma linha sequer,
para contar estória.
parece que fui tomado
por um surto repentino de amnésia.
Até aquele ”eu” invisível
que me confiava seus segredos,
seus delírios absurdos
sumiu, literalmente sumiu.
E o eu, eu,
neste momento emocionado,
coração acelerado,
com a mão trêmula tatuando
essas palavras em forma de desabafo,
num pedaço de papel amarelado.
Com os olhos úmidos
parecendo uma janela de vidro
exposta à chuva, vendo tudo embaçado.
Já imaginando o dia
em que minhas poesias
sem nexo, mal escritas e sem rimas
ganharão o mundo.
Ganharão o mundo,
como um filho fugindo de casa
para habitar, as estantes distantes de bibliotecas famosas
ou de sebos empoeirados das cidades.
É...
talvez seja esse o motivo
pelo qual,
há dias não escrevo
uma linha sequer pra contar estória.
Vem logo e fica pra sempre, a saudade me ataca, no instante em que escrevo me arranca lagrimas do coração que te ama, te almeja, te venera, espera a tua vinda ansioso.
Eu escrevo porque jamais achei um ser que me compreendesse tão bem quanto um pedaço de papel, e uma simples caneta.
As coisas que escrevo fazem sentido pra você?
Como um furacão, arranquei-me do lugar de costume,
afirmando ir te ver passar, e fico assim, uma
pilha de sentimentos, um mundo de caminhos e
rumos, e estou pegando a todos, nunca acreditando
ter te conhecido, nunca acreditando que me amarás,
vivendo um sonho, sabendo que é um sonho.
Escrevo para não falar sozinha, ESCREVO porque me mostra um novo jeito de ver a vida, se você souber combinar palavras, você pode fazer um mundo melhor na sua imaginação, é isso que importa como você sonha que as coisas são, e ai a parte mais fácil e coloca-las no papel, e quem sabe porque não realiza-las. Misturar realidade e ficção, misturar, desejos ocultos, vontades desconhecidas, medos, angustias, confusões, os fatos da vida real com a vida ilusória se misturam. As coisas sempre se misturam. É essa a graça de se escrever..
Sempre quando escrevo pra você e por você as palavras são vagas, porque o quê eu realmente queria te dizer estão nas páginas apagadas e nas madrugadas silenciosas.
Tudo que escrevo não é pensado.
É sentido.
Só depois de escrito,
que eu procuro uma explicação racional,
para aquilo que foi por mim vivido.
Tenho comigo guardado apenas um desejo:
deixar de encantar apenas pelas coisas que escrevo
Dadas circunstâncias as palavras podem encantar
porém em outros momentos elas só servem para machucar
Principalmente quando as atitudes não podem corresponder
os sentimentos que as letras insistem em esconder
A leitura que se faz de algo que é escrito
muitas vezes omite um alguém deveras aflito
as palavras podem sim nos servir de complemento
mas não podem traduzir todos nossos sentimentos
Queria que o meu silêncio fosse o suficiente para mostrar
Essa emoção que sinto pelo simples fato de amar
ao invés de usar as palavras para tentar me expressar
sendo mau interpretado deixando muito a desejar
É por isso que eu busco a cada dia mudar
Essa minha mania boba de tentar me expressar
com palavras e versos incapazes de dizer
o que sinto por você, razão do meu viver
Não escrevo para exercitar-me os dedos. Desejo apenas perpetuar meus paradoxos costurando numa folha as letras do meu âmago.
Eu não vivo ou escrevo para todo mundo entender, os contaminados pelos virus da alienacão, Preconceito e do egoismo, Jamais entenderão Minhas palavras e atitudes.
Escrevo textos, frases, músicas e mesmo assim não foi o suficiente. Ninguém lê, ninguém ouve, ninguém sente.
Escrevo muitas vezes polemizando, outras filosofando, mas acima de tudo nunca deixando de dar liberdade ao pensamento...
"Vai, fingindo que não é com você
Que tudo que eu escrevo, não é para você ler
Vai, que não tá adiantando você se esconder
Cada vez que você se esconde, você pensa em mim
Cada vez que você pensa em mim, eu lembro de você
Assim, nós não vamos nos esquecer
Desiste de guerrear com você
Não tente prever o que vai acontecer
Experimente, corra o risco
Não é pecado se arrepender
Mas é pecado se privar de viver
É um suicídio dentro de você"
Escrevo muito e não escrevo nada. Sonho com o dia em que minha alma venha me autorizar a dizer tudo aquilo que ela grita ensurdecidamente para mim. Enquanto isso, vou vagando e encontrando nas palavras alheias aquilo que eu mesma gostaria de expressar. Descubro, então, que as palavras alheias não cumprem essa designação, descubro que entre o parecer e o ser há uma imensurável fissura, um lugar onde muitos de nós estamos e que muitos não sairão nunca. Os únicos que chegam perto dessa saída são os que se expressam, que tocam almas apenas com palavras... são aqueles poetas imortais, que usam as palavras enodadas em um só nexo, um só sentido, o seu próprio. Daí, resta àqueles mortais e incompletos lerem, serem tocados e transmitirem às tontas aquilo que nossos mestres das palavras escreveram. Sim, estou falando de nós mortais que vivemos no buraco...meros, banais, tolos.
Correr é a minha vida
Olá atletas, faz tempo que não escrevo sobre as lindas competições que ocorrem aqui no Estado da Paraíba. Mas justifico-me esclarecendo e reforçando o que sempre questionei, nossas corridas de Bairros estão em “E X T I N Ç Ã O”, nossas queridas corridas de bairros em sua maioria, não existem mais e as que ainda ousam quebrar os paradigmas impostos por essas práticas modernas, enfrentam profundas dificuldades. Faz certo tempo que observei uma corrida Infantil, não estamos vendo as potencialidades de nossa juventude ser estimulada.
Reclamo dessas ausências (Provas de Bairros e Corridas Infantis), não por que não gosto de correr as grandes provas. Amo todas as formas de expressões esportivas, para mim a corrida de rua vai muito além de um esporte qualquer. Observo esta modalidade a partir da seguinte visão: Quando corremos as corridas de bairros deixamos de lado os preconceitos e colocamos os pés na cidade, sem distinção alguma. Quando ocorrem corridas infantis, nós sabemos que este amor vai perdurar por gerações e mesmo com todas as dificuldades, se multiplicarão novos campeões e pessoas conscientes da prática esportiva saudável.
A corrida de rua para os praticantes, em sua grande maioria é um estágio de reconhecimento próprio, é uma oração constante e reflexão em cada passada. Tudo começa bem antes da largada, ficamos semanas e até mesmo meses, nos preparando para a tão sonhada hora da largada. Neste momento ao percorrer cada quilometro, muitos problemas vão ficando para trás, sonhos passam por nossas mentes, e partimos, na certeza que estamos “aliviando nossas almas”.
Oxe, Correr é uma quebra de limites, na prova à maioria dos atletas não está nem ai para o troféu, dinheiro, premiação, e nem dá a menor importância para quem foi que ganhou a corrida, apesar de reconhecer este mérito. Por quê? Muito simples, Porque vencedor não é o primeiro colocado é cada um que colocou um tênis no pé, ou não, mas lutou com as suas forças para ultrapassar o próprio limite.
Assim é um pouco da vida dos Atletas, que apesar de toda a dificuldade criada por esta sociedade que visa apenas lucros, luta para uma prática esportiva, saudável, justa e democrática.
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