Escrevo
Quanto a mim, escrevo mais para mim mesmo e o que sinto vontade. Se alguém se identificou, ótimo. Senão, não tem problema, eu só quero ter a liberdade e um lugar onde possa expressar o que eu quiser em paz.
Preocupação com seguidores já existe no blogger e preocupação sobre o que acontece comigo já tem demais na vida real.
Eu escrevo o que eu sinto, o que meu coração transmite através das pontas dos meus dedos. Com humildade, simplicidade, amor, paixão, vocação... eu quero seguir o meu caminho. A arte da escrita me fascina e não há nada que me impeça de viver essa dádiva. As palavras vão surgindo, sumindo, se encaixando, desarmando e mostram pra mim: o poder que tenho nas mãos é inestimável, não tem fim!
"Escrevo pq é fácil me esconder atrás das palavras. É confortável e não me assusta. Porque eu sempre me assusto..
Se eu hoje escrevo tanto de mim, é à espera de um dia, alguém me olhar e serem desnecessárias as minhas velhas palavras...
Não escrevo o que sou. Escrevo o que quero ser. Reinvento-me com a grafia errante que me saem dos dedos magros e curtos. Faço-me vivo enquanto estou morto em carne e osso.
O enredo da minha história de amor, sou eu que escrevo e escolho os personagens também... e com certeza escolhi as melhores atrizes para atuarem no palco da minha existência... quer prova disso... hoje estão brilhando noutros palcos melhores.
Eu escrevo a história da minha vida, mas as vezes eu empresto a caneta para os outros escreverem um pouquinho deles também, pois sou uma mistura de todos que passam em minha vida. Porque eu sou assim? Eu não sei...
Escrevo porque as palavras possuem humildade própria. Expressam o que sinto sem pesar nos dedos. Pois seu significado sem tamanho é leve feito pluma.
Interessante que, o que eu digo ou escrevo, muitas vezes não significa o que significa pra mim. Significa o que significa pra você...
Não posso exigir das pessoas que leia e entenda o que escrevo, posso
Apenas escrever e esperar o tempo dirá .
Eu escrevo uma verdade em versos que altere um destino desacreditado por falta de esperança.
E por falta de esperança o amor não desabrocha para transborda em um coração que se faz carente.
Quero convencer-me de que vale cada sentimento depositado em um relacionamento justo e correto.
Dignidade se faz puro entrelaçado com a fidelidade e desperta o amor verdadeiro.
AQUARELAS DE MIM
Erijo monólitos de mim quando escrevo
Erijo exílios em mim quando escrevo
Erijo céticas catedrais de paz em mim quando escrevo
Erijo no chão de cimento da minha verve
Girassóis do mágico vento quando escrevo.
Faço do silêncio interno
A mais fragorosa música quando eu escrevo
Faço da crédula e velhaca ressonância dos
Corais de zagais modernos
Estro para revelar o sabor malsão de seu mel malévolo
Quando escrevo.
Pincelo alcovas para o vácuo dormir comigo
Quando escrevo.
Pincelo AKs-47 para soçobrar os majestosos castelos da demagoga e harpíaca
Eloquência quando escrevo.
Pincelo uma miríade de pernas sôfregas por cosmopolismo
Quando eu escrevo.
Pincelo heterônimos bidimensionais
Quando escrevo.
Degusto o sol da catarse
Ao pincelar a mim mesmo quando escrevo.
Sou disco bicromático quando escrevo.
Sou relva, revoada e guepardo quando escrevo.
Sou faca cega, lâmina de dois gumes e pedra lascada quando escrevo.
Sou água-viva, letargia e águia quando escrevo.
Sou aquarela sem pais, aquarela sem limiar e aquarela sem medo.
Afinal, quando eu escrevo,
Sou aquarela inerme, aquarela do caos, aquarela indigente:
Sem nome, sem baile, sem lápide, sem brumas ou testamento!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Escrevo tão e somente para sentir-me viva.
É meu oxigênio, sangue que pulsa em minhas veias, enorme desejo de respirar livre.
Escrevo e sinto meu coração acelerar de êxtase, sinto meu corpo ir e voltar ao infinito em menos de minutos,
sinto a força da renovação, a fé de espírito.
Escrever sempre foi meu refúgio, amigo oculto, passo dado rumo ao céu. Não saberia seguir adiante sem explodir, sem falar tudo que engasga em minh'alma.
Não saberia viver, então.
Sou isso, uma força contida em palavras, sou um enigma, uma interrogação.
Não me conheço, até que eu mesma me descreva, me exponha, fale sobre mim intimamente e subjetivamente através do que é a minha vida:
o que escrevo, sou, permaneço.
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