Escrevo
Escrevo pra não deixar passar,
pra guardar sorrisos e mudar caminhos.
Escrevo pra (você) não esquecer quanto tempo faz.
Quando eu escrevo, eu consigo ordenar tudo aquilo que eu penso. Agora, quando eu falo ou quando eu sou, simplesmente, não consigo ordenar nada. Eu sou da maneira mais caótica possível.
Eu sou muito complicada, menina. Eu as vezes me perco em tão pouco espaço, as vezes eu escrevo tudo errado, só pra ter o que corrigir.
Se escrevo alguma coisa, temo que ela aconteça, se amo demais alguma pessoa, tenho medo de perdê-la; no entanto, não posso deixar de escrever, nem de amar...
Meu refúgio é escrever
Escrevo para não enlouquecer
Quero poder um dia
Sorrir, Como já sorri
Quero poder um dia
Ter amigos, como já tive
Quero poder um dia
Te amar, como já te amei
Quero poder um dia
Viver, como nunca hei podido viver.
O que eu escrevo é menos do que eu posso dizer.
E o que eu posso dizer,agora,é menos do que eu sinto por vc.Tanta verdade se perde do caminho do coração ao cérebro,do cérebro à boca,da boca à mão,da mão ao papel...Agora eu quero que vc saiba tudo o que eu sinto,sem perdas pelo caminho.Sem desperdícios.Quero que vc percorra meus caminhos de volta,dos papéis ao coração.
É aqui!
É aqui dentro que vc tem que morar,meu amor!
Carta para dizer que eu ainda te amo.
Eu sei que você detesta quando eu escrevo e foi por isso que decidi me despedir de você. Por saber que você não vai ler. Eu não saberia dizer isso olhando para dentro de você. Sou covarde, sabe?
Só queria te dizer que você me ofereceu coisas maravilhosas, me ensinou coisas para vida, me fez sentir viva e me fez viver um grande amor. Ainda não descobri como você chegou, nem como apareceu na minha casa. Tenho certeza que não te liguei. Também não consigo entender como consegui te fazer permanecer, meu jeito desarrumado não facilita muito meus romances. Você era a estante e eu era aquela montanha de livros empilhados, saca? Mas você ficou e parecia querer continuar, onde até eu teria desistido de tentar arrumar a bagunça.
Eu me apaixonei em cada mensagem, me encantei com tua criatividade. Passados quase três anos, esse encanto apenas aumenta. A distância me leva para longe, mas o meu bem-querer me trazia de volta. Eu sei que sou clichê, como você mesmo diz que todas as garotas são. O equívoco é esse: todas as mulheres apaixonadas são garotas clichês vistas em filmes adolescentes. Mas um dia você vai entender que amor “abobalha” as pessoas.
Eu dei meia volta algumas vezes, mas nunca te deixei de verdade. Nesse meio tempo, houve rosas, raivas, beijos, mágoas e abraços de urso. Você se tornou meu porto-nada-seguro, mas ensinou que Merthiolate nas feridas não precisa ser mais doloroso. Foi você quem cantou para mim no telefone quando meu mundo e o de todo mundo que me rodeava tava desabando. Eu tinha que ser forte, mas não era. Você cantou para mim e de repente, a paz invadiu o meu coração. De repente se encheu de paz, como se um vento de um tufão arrancasse meus pés do chão. Depois de muitos dias doente e tendo que parar no soro, foi você quem me mandou uma mensagem dizendo que anjos não adoecem, mas descansam suas asas para poder voar novamente e abençoar as pessoas.
Naquele baile, você me tirou para dançar. Aquelas luzes, os papéis caindo e você comigo. Não poderia ter sido mais perfeito. Seus braços na minha cintura e os meus no teu pescoço, como num laço ou enforcamento desastrado, e eu não conseguia pensar em nada. Nada mesmo. Eu tava ali vivendo, dançando, olhando para dentro de você e não pensava. Acho que meu modo automático me mantém afastada da solidão e me traz para perto. Acredito que você não tenha reparado na música que tocava na hora, mas a mulher que cantava, dizia que há mil anos ela vinha amando aquele rapaz e o amaria pelos próximos mil. Abraçada a ti, eu só respirei fundo e me deixei levar.
Queria que você soubesse que estando juntos ou não, você será sempre meu amor. Vou sentir inveja de qualquer mulher que cruzar a minha visão periférica com você e fingir que queria o sapato dela, mas meus olhos, meus cachos, meus lábios e a palpitação não mentem. E prometo seguir teus conselhos. Eu vou conquistar o mundo, pode deixar. Vou descobrir lugares, mundos e outros universos para imaginar onde a gente poderia ter se amado por mil anos a mais.
No momento em que escrevo esta frase, não acredito que as pessoas tenham mudado quando se trata de decepcionarem, no momento isto é muito vazio, não me convence. Não acredito que uma pessoa era minha companheira e hoje não é mais porque simplesmente mudou. No momento acredito que elas sempre foram assim, e apenas não tiveram oportunidade, antes, de manisfestarem o imprudente ato que nos decepciona.
Te escrevo um verso de amor
porque tu ésespecial,
agrados, beijos, no coração uma flor,
é Dia dos Namorados, afinal!
Quando alguém me diz que se encontra lendo as coisas que eu escrevo, eu fico mais preocupado do que feliz. Eu sei o que eu sinto escrevendo, e me assusta a ideia de saber que alguém sente a mesma coisa.
Escrevo porque te amo
E é por amar-te que escrevo
Ecoa em palavras
O meu amor
O desejo ardente que sinto
Por você
O meu coração bate
E é em cada batida
Que encontro razão
Pra viver
E
Ao te ver
Perco o ar
Perco a fala
Perco minha sanidade
E dou espaço para a insanidade
Em meio a incertezas
A única certeza que tenho
É que vivo
Por você
Pra você
Não me importa que você não goste. Que não se encaixe no seu perfil. O que eu escrevo é o que sinto, e o sentimento está acima de explicações, só pode ser comprovado através de ações.
Poesias de Cartas
Nessas mal traçadas linhas, neste amor não correspondido, lhe escrevo esta carta com a esperança de não lhe ter só como amigo, mas como alguém com quem eu possa compartilhar, de todo fruto desse amor proibido.
Tudo que lhe digo é verdade, tudo que espero é compreensão. Gostaria que você acreditasse e não magoa-se desse pobre coração.
Quando estou triste eu escrevo, quando estou feliz também.
E quando estou apaixonada? Quando estou apaixonada eu só quero estar.
Carta
Há muito tempo, sim, que não te escrevo.
Ficaram velhas todas as noticias.
Eu mesmo envelheci: Olha, em relevo, estes sinais em mim, não das carícias (tão leves) que fazias no meu rosto: são galopes, são espinhos, são lembranças da vida a teu menino, que ao sol-posto perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto à hora de dormir, quando dizias "Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.
É quando, ao desperta, revejo a um conto a noite acumulada de meus dias, e sinto que estou vivo, e que não sonho.
(Lições de coisas)