Escrever uma carta a uma Criança
Nunca sonhei em me casar, e muito menos em ter filhos. Hoje, já começo a achar interessante o casamento, e o desejo por ser apenas tia só cresceu com o tempo – rss! Já dei valor pra paixão avassaladora, mas quando ela vai embora dói demais e, por isso, optei por esperar o amor chegar. Mas preciso confessar que existe uma liberdade na solidão que me atrai demais da conta, e que me faz sentir tão bem solteira... Esta aí uma coisa que eu queria que tivesse mudado em mim, mas não mudou, viu – rss! Eu sou cada vez mais apaixonada pelo controle remoto. Se eu soubesse que tanta coisa mudaria, eu teria brigado muito menos comigo mesma. E curtido cada segundo da vitalidade que existe na juventude, e que por mais que vc corra atrás, que vc seja um esportista, alguma coisa se perde nesses anos. Deve ser também por isso que a beleza interior aflore tanto na idade madura – rss! ;)
Tenho tantos defeitos, que não poderia aqui enumerar, mas carrego comigo desde muito cedo duas qualidade que não negocio por nada: Gratidão e Generosidade. E essas duas palavras definem de forma muito forte e clara quem eu sou por dentro. E só peço a Deus que multiplique cada vez mais o melhor que tenho em mim, pra que eu possa contagiar outras pessoas. ;)
E foi aí que eu bati de frente com um ditado que diz: cada um só consegue dar o amor que recebeu. E eu posso dizer com todas as letras, que não recebi amor, cresci sem colo, sem afeto, sem as mais lindas palavras, mas eu desafio alguém ter mais amor pra dar do que eu. E sem demagogia nenhuma, eu afirmo que eu sei o que é amar. ;)
E quanto tempo eu perdi me lamentando pela fatalidade e pela família que eu sempre quis ter e não tive. E é por isso que eu chego mais feliz aos 40, do que aos 30. Pq foi bem depois dos 30 que eu aprendi e me dei conta de que sou a única responsável pela qualidade de vida que tenho hoje. Pelo relacionamento que tenho com as pessoas, com a minha família, com amigos de trabalho, com vizinhos, com as crianças, com o mundo... Eu queria ter descoberto isso antes dos 30, mas tudo bem, tem gente que passa dos 50 sem descobrir, então, eu tô no lucro. E ter essa mentalidade me fez enxergar a vida por outro ângulo. Foi um grande ‘coaching’ da vida pra mim. Pq comecei a dar um basta na bagunça que acumulei durante anos. ;)
Eu tbm acho que o dinheiro compra tudo que com ele se paga. Mas os sentimentos bons, os relacionamentos sinceros, os relacionamentos entre pais e filhos, os amigos mais chegados que irmãos... Esses a gente constrói ao longo da vida, e nada tem a ver com um papel, com o dinheiro. Me lembro que o cantor multimilionário Freddie Mercury, certa vez, disse: posso comprar qualquer coisa, posso comprar o que eu quiser. Mas não posso comprar uma boa relação com o meu pai. ;)
Vc tem pai? Abrace seu pai mais vezes ao dia. Vc ainda tem mãe? Beije a sua mãe... E ouça os conselhos deles, pq são as pessoas que mais te amam nesse mundo. Curta as crianças, os sobrinhos, seus filhos e os filhos de amigas. Dê valor não ao brioche da melhor padaria do mundo, mas a companhia que está sorrindo com vc, enquanto vc o saboreia. Não dispense a oportunidade de gargalhar mais vezes, de ser gentil com quem vc ama, e com alguém que vc nem conhece, pq o que gera a gentileza, sempre foi e sempre será a gentileza. Lembrou de um amigo? Ligue pra ele, nem que seja pra dizer um simples ‘oi’. Viva essas relações de verdade, pq elas vc não precisa pagar. Viva a graça de Deus, pq ela é dom gratuito de Deus. ;)
Eu detestava todo tipo de grandes metrópoles. Eu preferia as matas, as florestas, a natureza; nada mais além disso. Minha ambição era simplesmente o mundo. Eu queria o mundo. Eu queria a liberdade de viver longe de todas aquelas obrigações. Tão irritantes quanto tediantes que tanto me fazia fugir de cada uma delas. Tudo aquilo bloqueava minha criatividade. Então eu precisava da solidão para fluir. Eu precisava da natureza para viver. Eu precisava ter um grande; verdadeiro amor para crescer. E isso eu tinha. E então numa solidão eremítica longe de tudo eu me recolhi. Para colher o êxtase que era viver em plena natureza.
Estamos sujeitos a recaídas constantes. Assim seguimos, redirecionamos nossos passos involuntariamente. Assim são nossas ações como em um jogo de trilhas. Avançando casas e retrocedendo, embora, nem sempre na mesma proporção. Ora um passo avante, ora muito lá atrás quase a zerar tudo. Somos feitos assim, de inconstância e fragilidade...
Dos clássicos aos contemporâneos, os livros são fonte de conforto, mesmo quando nos incomodam ao apertar os cortes que ainda não cicatrizaram. Assim como alguns personagens seguem sua própria jornada de desenvolvimento, nós, leitores, passamos por várias etapas ao virar das páginas. Esse movimento duplo de mistura das vivências dos personagens e dos momentos reflexivos de nossas existências ajuda a somar à nossa bagagem e nos dão suporte para entender que existe esperança.
Tudo nesta vida escapa de nossas mãos, a vida é efêmera, os momentos são fugazes. Nada se leva, até mesmos as frases e as palavras já não são mais minhas. Então por que escrever se nem elas me pertencem? Elas ficam aqui de presente, por fim, ao mesmo tempo são eternas. Mas entanto por que não escrever? Se elas surgem, tratarei de escrever!
[...] agora eu estou falando como gente com os dois pés no chão. Gente que não complica; gente que, embora saiba que existem caminhos e voltas que a vida dá, sabe também que existem atalhos, atalhos que estão ali, com a finalidade de se encurtar os caminhos que são longos e não raro íngremes e cheios de pedras. Se for esperar por essas voltas, pode ser que nem aconteçam, ou demorem muito, ou ainda; aconteçam em um momento que não é mais nosso. Agora estou falando como gente que vive também momentos de lucidez e sobriedade. Gente que sabe ouvir não, mas gente que gosta de ouvir sim, às vezes, pra variar.
Em mim repousam resquícios das estrelas, de quasares distantes, de galáxias , de luas e sóis, sei que sou terra, poeira e poesia selados em um esqueleto de ossos e ideias, meu coração permeia entre bits e átomos, pulsante de amor e sangue, eis me aqui, inumano, o arauto do pós futuro, hibrido deixo-me levar pelo vácuo que me rodeia, peralta e inquieto sigo de olhos fechados, fundindo-me aos multi universos que me espreitam a cada curva do infinito, sucumbindo o tempo e o ao espaço, eu, um quase tudo.
Teu sorriso é perfeito, ele em minha direção me deixa sem jeito, se soubesse o quanto me conquista. Tua simplicidade é o suficiente, de maquiagem nem precisa, te beijando é como vejo a gente. As vezes te abraço e não quero soltar, quando perceber a forma que te trato deixaremos de ser abstrato, sei que o tempo de Deus é o exato. Você nos meus braços é como eu vejo, te sinto precisando mais que eu preciso de você, cuidar, estar perto. Eu não imagino outra pessoa no teu lugar, como chegou na minha vida é pra ficar. Nos queira e queira ficar. Não sei o que já notou, mas sonhei que te roubei um beijo, esse é meu desejo, não sei se me reparou, mas te olho com olhos de quem ama mais que um amor comum, talvez com os olhos que John olha para Savannah em Querido John, ou Hazel para Augustus em A culpa é das estrelas, talvez eu te amo porque só tenho olhos pra você, ou porque meus olhos só enxergam você. Talvez porque eu escolhi você pra sempre olhar quando eu preciso enxergar o melhor que se pode ver. No silêncio da boca que os olhos possam dizer, na quietude do coração que não se perca o sorriso. Um dia te vi triste e queria te envolver em meus braços, queria te escrever um poema, ou declamar um para te alegrar, poderia te contar uma piada, mas não pude, ainda não havia te notado, não como hoje. Escrevi o poema que você precisava ouvir ou ler, você está lendo esse, é quase uma carta, mas o que me basta, é saber que enquanto você está lendo, estou escrevendo mais, estou despindo as palavras até você notar que eu te vejo dentro do meu sorriso quando lembro do teu.
"Seria tão mais fácil e natural tudo que escrevo ser publicado. Mas tenho tantas coisas secretas a dizer que mesmo sendo todas ditas, as pessoas não ouviriam atentamente cada coisa que o espelho e nem mesmo as fotos dizem. As pessoas só lêem, vêem e ouvem o que lhe são convenientes saber. É fácil subentender, difícil é saber de fato."
"Escrevo para libertar minha alma de tanta carga pesada que esse coração sobrecarrega. Escrevo para deixar claro os meus sentimentos quando o silêncio me invade e ainda assim ele diz tudo que a boca covardemente não diz. Escrevo porque preciso transparecer quando ninguém mais consegue me descrever. Nem eu mesmo para ser sincero."
Só mais um alerta, Deus também incansavelmente escreve e registra todos os nossos atos, por mais insignificantes que sejam para nós; um Pai jamais deixa de observar o seu Filho ou sua filha, mesmo que não consigamos perceber ou aquilatar a Sua presença. O sábio e temente servo de Deus, Jó, teve o discernimento espiritual de perceber essa verdade--o quê os nossos olhos não veem, mas pela fé cremos piamente.
Não sou da época em que se jogava xadrez à luz de velas, moía o café enquanto a água esquentava, escrevia cartas e se exigia mais do que um encontro para permitir qualquer tipo de intimidade. Não sou daquele tempo que se acertava as contas à primeira ofensa; Para tanto, venho me readaptando aos poucos!
Acho necessário que a literatura seja poética. Pela formulação poética tento fazer com que o texto seja menos artificial, reflita a vida. Tento fazer com que as frases contenham mais do que as palavras que estão ali. É o que me motiva a escrever. O que quero contar sei de imediato. A questão é como contar.
Flertar com o erro é algo viciante, ele nos deixa mais experientes e nos tornamos mais maduros. Por vezes, o erro costuma bater na mesma tecla, até parece algo cíclico. Há quem diga que se pode escrever – aqui leia-se errar – certo em linhas tortas, o torto ou o erro se torna prazeroso, de certa forma. O que me intriga nesta caminhada é a marca indelével que a caneta é capaz de fazer ou quem sabe a intensidade que eu coloco ao escrever, ao rabiscar, ao desenhar. O papel a qual tanto escrevo é sensível para tantas tentativas de erro e acerto. A tinta indelével com força de expressão, de tanto focar em uma única situação, acaba por perfurar a penumbra daquilo que um dia foi forte. Perfuram-se os papeis! Um buraco se abre e me dá acesso para outra dimensão. Será se ali estaria o lugar o qual eu poderia flertar com o acerto? Este buraco negro que me consumiu ferozmente está me mostrando que aqui o vácuo da intensidade é bem melhor quando é escrito com emoção. Nesta outra dimensão todos os meus erros tornam-se, automaticamente, em acertos. A dimensão do jogo da intensidade prevalece nesse emaranhado de flertes escondidos atrás do desenho feito com a tinta indelével da minha força de vontade de viver o acerto que um dia julguei que era um erro. O que seria dessa dimensão sem os tão sonhados erros que nos fazem melhores a cada linha que pintamos do lado de cá? A resposta está no erro que não pintei ainda.
Silêncio é estado de quem se cala ou se abstém de falar, privação, voluntária ou não, de falar, de publicar, de escrever, de pronunciar qualquer palavra ou som, de manifestar os próprios pensamentos. Quem bem me conhece sabe que sempre fui de interagir completamente e tagarela, mas quando algo não me contempla, não assimilo ou não concordo, seja lá qual o motivo, me calo. Tenho encontrado no ato de escrever uma forma de me comunicar, por isso escrevo, me faz bem, mas sem falar ou ministrar as palavras, prefiro não me ater ao convencimento, que por muitas vezes não será aceito. Para que? Fazer confusão sem merecer. Nessas horas, na maioria das vezes o silêncio diz mais, muito mais.
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