Escrever uma carta a uma Criança
“Eu escreverei, mesmo depois de você.
Você é o motivo da minha existência, mas não a existência do meu ser.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Eu escrevo para mim, escrevo para o mundo, quanto a ti, só lhe restou o meu amor por você.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Escreverei uma história com um outro alguém, e em cada face, tentarei te esquecer.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Talvez eu escreva até depois de mim, pois antes, só existe você.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Narrarei a aurora da eternidade, e descobrirei que nada nesse universo, goza de tamanha beleza, quanto você.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Quando eu vislumbrar a face do próprio Deus, e nem mesmo ele for capaz de conceder-me a devida inspiração, eu me recordarei de você.
E então escreverei, mesmo depois de mim, de nós, de você…”
Eu queria que minhas expressões verbais fossem mais fáceis de serem transmitidas,do que ficar escrevendo para mostrar o que eu quero falar.
Mas quando começo a escrever, algo surpreendente acontece, as mãos iluminadas ficam.
A mente fica acelerada, querendo passar rapidamente em um papel todo o sentimento de um coração sobrecarregado.
E quem pode aguentar esse peso, se nem mesmo o coração aguenta mais carregar esse sentimento.
detalhes
De tudo sobre você eu já escrevi,
cada pequeno detalhe eu gravei,
e sobre eles eu escrevi,
até pequenos fios que saltam da nuca,
os capilares sanguíneos que se ramificam nos olhos,
e o jeito com o qual movimenta a mão para explicar algo.
Tudo isso somado ao ver é como uma doce canção,
na qual poucos podem ouvir e perceber o quão majestosa é.
Todos nós temos uma segunda vocação oculta que se transforma em hobby. A minha é gostar de ler, de escrever e de compartilhar isso com os amigos afins.
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Gosto sempre de manter com os meus amigos um vínculo de amizade permanente. Mas entre o gostar e o agir há bastante espaço, no qual enchemos de mil desculpas, sendo a mais comum a falta de tempo. O que faz, na verdade, com que este vínculo não seja assim tão permanente?
A – C - O - M - O - D - A - Ç – Ã - O.
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Simplesmente!
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O tempo passando... passando... a gente amadurecendo como bananas em carbureto e não damos por conta das pequenas boas coisas da vida: um bom papo, um boa conversa, uma boa amizade. Sempre deixamos para amanhã, e quando bastante "estocados" de amanhãs, nos sentimos tristes e amargurados.
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Em sendo assim, escrevo, converso, reato o vínculo e torno-me novamente vazio de "amanhãs” e pleno do hoje e do agora.
Graças a Deus.
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02.05.2024
SE VAI TER LEITOR...
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NESTE EXATO MOMENTO
escrevo sem rumo. Faço isto de caso pensado. Talvez queira me pôr à prova. Até onde sou capaz de escrever de improviso?
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LEMBRO AGORA
do mestre Machado de Assis quando diz: palavra puxa palavra. Sem querer querendo vamos espichando as palavras e quando dar-se fé... o texto está pronto.
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UMA COISA EU SEI:
a escrita de improviso fica muito mais próxima da fala.
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MEU PROFESSOR DE TEATRO DIZIA:
o corpo puxa a fala.
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E DIGO EU:
se o corpo puxa a fala, a fala puxa a escrita.
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NESTE EXATO MOMENTO
percebo que o meu escrito tem rumo. O texto tá bem arrumadin.
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SE VAI TER LEITOR...
... aí são outros quinhentos!
....
02.05.2024
O Amor e o Tempo
O amor é um rio constante
Que corre sempre sem parar
É a luz que brilha dentro de nós
E ilumina o nosso caminhar.
Mas o tempo é um véu escuro
Que cobre a nossa visão
É como uma sombra que se move
E apaga a nossa razão.
Mas juntos, amor e tempo
Criam uma harmonia perfeita
Onde o amor é um ser eterno
E o tempo apenas uma de suas facetas.
O amor é a luz do nosso caminho
E o tempo é a sombra da nossa jornada
Mas juntos eles criam a beleza
De uma vida cheia de amor e bem aproveitada.
Assim como o sol e a lua se completam no céu
O amor e o tempo se complementam na vida
Verdadeiras são essas palavras
Pois conheci o amor e o tempo em minha breve história vivida.
Poetizar é viver
No momento em que dois corações se cruzam
E pulsam na mesma frequência,
Aos olhos de um poeta, vira magia
Manifestando-se em versos e poesia.
A inspiração é instantânea, colibri beijando flor!
O sentimento surge com toda a intensidade
É o grito da paixão e a explosão do amor
Tudo se sente, é reciproca a felicidade.
Monta-se um quadro em sua mente.
Tudo em sua volta vira rima.
Se esquece tudo para viver o presente
O ego vai lá em cima
Uma nuvem, um passarinho, um vinho derramado
Tudo cria ligação para o poeta escrever
Sobre o que vê, sobre o casal apaixonado
Sorridente, contemplando o entardecer.
Imagina tantas histórias
Um romance carregado de vitórias
Ou um triste rompimento trazendo dor e sofrimento
Assim é o poeta
Não pode observar a lua, faz dela sua musa inspiradora, pérola a brilhar
Desenha caminho nas estrelas, pra sua rima passar.
Se vai à praia, sua mente não para, tanto ri como chora
Mil pensamentos, o coração a pulsar
Pescadores, sol, areia, as ondas do mar
Os barquinhos ao longe a balançar
Embriagado de entusiasmo
Ás vezes tem sua alma inquieta
Mas escrever para um poeta
É o seu maior prazer, é viver
Persistimos em poetizar, a qualquer hora em qualquer lugar
(E se assim não o fizermos, não conseguimos sequer respirar)
Rosely Meirelles
🌹
Tudo o que vejo, vivo e ouço vira história — ou melhor — vira cenas nas minhas histórias. É assim que acontece, eu não consigo evitar. Portanto, se você já conviveu comigo ou me contou algo, saiba que de alguma forma em algum momento poderei usar isso.
É porque um bom escritor antes de tudo precisa ser um bom observador da vida, e a vida está acontecendo a todo tempo ao nosso redor, ela acontece em uma constante repetição de processos e rotinas.
É nas crianças que correm e brincam na praça, é naquela pessoa que sempre passa apressada a caminho do trabalho, é naquele amigo que todo dia faz uma besteira diferente, ou nas senhorinhas que se reúnem na calçada todo fim de tarde.
Histórias nos encantam porque elas são um retrato da vida. Ela pode ser fantasiosa, romanceada, assustadora ou poética, independente da forma em que for contada, o que nos conecta é que de alguma maneira ela nos fará refletir sobre a nossa própria realidade.
Escrever, portanto, é a arte de saber ordenar e interligar um emaranhado de cenas, é tipo montar um quebra-cabeça, você precisa descobrir onde encaixar cada pecinha, para no fim, transformá-las em algo belo e admirável.
Um livro, então, é o resultado de uma variedade infinita de cenas, unidas para contar uma infinita variedade de histórias.
Tudo o que você não poderia fazer,
Você foi lá e fez.
Tudo o que você não poderia falar,
Você foi lá e falou.
Tudo o que você não poderia olhar,
Você foi lá e olhou.
Tudo o que você não poderia afirmar,
Você foi lá e afirmou.
Tudo o que você não poderia modificar,
Você foi lá e modificou.
Tudo o que você não poderia semear,
Você foi lá e semeou.
Tudo o que você não poderia provar,
Você foi lá e provou.
Tudo o que você não poderia escrever,
Você foi lá e relatou.
Tudo o que você não poderia permitir,
Você foi lá e permitiu.
Tudo o que você não poderia revelar,
Você foi lá e revelou.
Tudo o que você não poderia construir,
Você foi lá e construiu.
Tudo o que você não poderia fechar,
Você foi lá e fechou.
Tudo o que você não poderia queimar,
Você foi lá e queimou.
Tudo o que você não poderia contaminar,
Você foi lá e contaminou.
Tudo o que você não poderia filmar,
Você foi lá e filmou.
Tudo o que você não poderia criar,
Você foi lá e criou.
Tudo o que você não poderia ligar,
Você foi lá e ligou.
Tudo o que você não poderia inventar,
Você foi lá e inventou.
Seres Humanos falham... Se admite seus erros... Recomeçam e crescem.
Humanos que falham e não admitem seus erros, não crescem, não recomeçam, deixam legado algum.
É poesia
É adequado, é educado ,
é marcado, é meado...
A pena é equivalente a uma pá ,
sento-me a frente de uma tela,
eles se punham a frente de um compêndio
cheio de informações,
apenas estavam brancas...
A tinta, o tinteiro,
o mártir da inspiração, a pressão,
o fardo, o verso,a estrofe
a escansão, a nostalgia
a coação .
Eu pertenço a uma liga
forjada do simbolismo,
moldada pelo romance,
tentada ao sensualismo ,
vim do limbo dos poetas,
é minha chance de brilhar ,
vou sim ... vou escrever,
vou descrever ,
os olhares de todos...
ao olhar de minha poesia ...
...poesia
do ludibriar
Não perder a rima
não perder a métrica,
não perder o chão ,
não perder o teto ,
ser eterno, lembrado ,
criticado.
E na praça?
_Petrificado.
Me dão os punhos,
a garrafa, a velha pena, as teclas,
as vezes o lápis,
folha de caderno,
escrivaninha consumida,
me dão o drama,
o carma, as leis,
as fugas,
a alma poética então
contida.
Gabriel Silva Corrêa Lima
Se quiser saber como foi, é só ler aqui...
Só peço que não me peçam para parar, pois peguei gosto...
Ósculos e amplexos,
Marcial
COMO E PORQUE COMECEI A ESCREVER
Marcial Salaverry
A grande verdade, é que sempre fui preguiçoso para escrever, embora tivesse uma certa facilidade para desenvolver minhas idéias.
Lembro-me de que uma vez minha irmã, que era secretária de Monteiro Lobato, levou para ele lesse, um texto que eu havia escrito sobre Entradas e Bandeiras, como trabalho escolar, e o saudoso Mestre elogiou o trabalho e, passando a mão sobre minha cabeça, disse que poderia ser um bom escritor. Não acreditei. Achei apenas ter sido uma gentileza dele para com minha irmã.
Depois disso nem pensei mais em escrever. Desde cedo sempre precisei trabalhar para custear meus estudos. Limitava-me às redações exigidas para trabalhos escolares, onde sempre tirava boas notas, muitas com louvor. Tudo se complicou mais depois. Casamento. Família. Luta pela vida. África. Só escrevia cartas para a família, até o momento em que comecei a mandar fitas cassete gravadas. Não precisava escrever. Falar era mais fácil.
Em meu trabalho como vendedor, limitava-me aos pedidos e relatórios. E brigava com os chefes, que pediam que colocasse observações nos relatórios. Não gostava de perder tempo escrevendo. Contudo, apesar de não gostar de escrever, sempre fui um leitor voraz. Sempre gostei muito de ler, e de me instruir, procurando sempre estar a par de tudo, ler sobre os acontecimentos, revistas, livros o que me caísse nas mãos. Livros de bolso sempre foram meus companheiros inseparáveis de viagem.
Devorei a coleção completa dos livros infantis de Monteiro Lobato, sempre meu autor predileto. E até hoje não me conformo por haver perdido em uma mudança, o que era meu tesouro particular, a coleção dos DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES, autografados por Monteiro Lobato, com uma dedicatoria ao "futuro escritor Marcial Armando Salaverry".
Ao aposentar-me, instado por meus filhos e netos, resolvi comprar um computador, para comunicar-me via e-mail com eles. Todos morando longe. Por influencia de meu filho Alexandre, comecei a escrever textos sobre esportes, tendo criado o site DeTrivela. Depois, comecei a escrever pequenos textos (que ironicamente eu chamava de "textículos"), dando Bom Dia para alguns amigos e parentes, e o círculo de amigos foi se ampliando, e instado por algumas dessas amizades, comecei a contar em capitulos como tinha sido minha vida na África, e foi assim que a profecia do querido Mestre realmente aconteceu, e ainda sigo escrevendo, contrariando a opinião de alguns, que acham que deveria parar, mas como existem amizades queridas que apreciam o que escrevo, vamos em frente...
Foi assim que tudo aconteceu. E o fato de escrever, me possibilita fazer de cada dia, sempre UM LINDO DIA, desejando que todos igualmente o tenham, sendo importante descobrir o talento que todos temos em nosso interior, deixando-o fluir...
Marcial Salaverry
QUASE CONTENTE
Sobre o que eu vivo, eu escrevo.Muito mais
o que eu não vivo.O que eu sonho,que imagino,
O que desejo.Sobre o que eu vejo, escrevo !
Poesia prá transpassar o mar que não se chorou
Sussurrar nas entrelinhas o desejo intransparente
Mergulhos profundos.
Escrevo prá ter sentido e divido a minha dor.
É a chama que por segundos me faz em paz e melhor.
Quase contente.
COMPREENSÃO
A rua onde nasci era larga e extensa de vozes.
Nela havia uma velha casa de espera e de descobertas.
Minha mãe me ensinava a brincar de ver.
Ficava ao meu lado e com suas mãos me entregava seus olhos.
Dizia-me: O que vens?
Eu menino, com zeloso brio elaborava narrativas não aparentes.
As vezes via um pássaro falando com o vento.
Ora, era um arco-íris despontando no anoitecer.
E até eu voava, buscando palavras com asas.
Lembro-me quando lhe disse:
- Estou vendo uma dança no céu.
E ela pediu-me para tomar cuidado com os instrumentos, marcar os passos, ouvir a sinfonia.
E asseverou: Veras na vida aparências e essências.
Mas não tenha receio de vislumbrar.
No fim o que fica é o que se olha para dentro.
Antes de saber ler e escrever compreendi a ver poesia.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Parecermos loucos por reduzirmos a informação que pensamos. Resumimos um processo de pensamentos em poucas palavras.
Pensamos mais rápido do que podemos falar,
aí que acontece a perda de informação.
Porque tudo é tempo. Tudo é tempo.
Se pelo ao menos pudessemos escrever na mesma velocidade que pensamos, de repente não pareceríamos tão loucos.
A favor do contra
O passado, bate em minha porta, com frequência. A frieza é resultado de ter passado por fortes tempestades de neve.
Sem dúvida, o que me faz lembrar, não é a sofisticação do todo, a sofisticação inteira, mas sim a simplicidade dos pedaços, dos pequenos, dos muitos.
Eu não passarei um dia de minha vida sem o recordo. Nos dias frios, sem querer, me esquento com a lembrança e o material, contigo. As lembranças batem na mente, como se um desesperado batesse à porta. Não há razão. Não sei se me cego, mais uma vez, por querer ajudar todos, ou se é o simples, que me chama.
Pessoas, sempre falarão mal de pessoas. Mesmo Jesus Cristo, foi crucificado. Não se pode ter medo da vida. Ela é breve e raramente te devolve oportunidades.
É lindo ler um texto e tentar fazer igual. É lindo ver uma dança e tentar dançar igual. É ótimo ver uma pessoa linda e tentar se parecer com ela. Mas, dificilmente, você pensa nas consequências disso, nas consequências que as pessoas sofrem.
Você só vê lado bom, mas não percebe que o que faz ser bom, é o ruim.
Me faço um instrumento de vingança para a vida. Ajudo todos que posso, sem medir as consequências. Na maioria das vezes não se ganha um sorriso, mas se de centenas não dados, haver um dado sinceramente, meu esforço foi válido.
Escrever, é não ter medo de sentir medo. É colocar a cara a tapa, sabendo que o tapa é forte. É saber que vais ser julgado milhares de vezes, erroneamente e corretamente. É fazer do orgulho, um idiota. E principalmente, é falar tudo o que todos tem medo de falar.
Tantas coisas passam por minha cabeça,
mais ainda passam por minha vida,
mas poucas as que ficam em meu coração,
e desse "poucas" você é tudo...
Queria ter dito antes,
assim as coisas poderiam ser diferentes
mas não tive coragem,
tive medo de te perder,
e assim medo do tempo não passar,
mas de uma coisa eu sempre soube, iriamos nos encontrar
e quando chegasse a hora,
minha vida iria mudar,
pois o que falta nela , encontro em ti...
Tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais,
Você completa meu coração,
trás pra minha vida, emoção,
você é exatamente o que pedi em oração,
meu motivo para sorrir,
para prosseguir,
para olhar o mundo de uma maneira diferente,
o motivo que me faz levantar todos os dias...
Mas o tempo passou,
e você me ensinou a amar de verdade,
a viver a vida sem piedade,
a ser feliz por mim,
e a ter essa vontade de escrever que não tem fim...
O POETA
A poesia é sempre um exercício curativo que a nossa alma usa para lutar. De algum modo o nosso subconsciente desenvolve nas palavras um mecanismo de defesa como se fosse a arma da nossa consciência e assim na poesia usa como sendo contra, clichês, frases ocas fórmulas, apenas pode ser tudo isso ou pode não ser nada.
Pode ser, agora mais do que nunca, um exercício de liberdade de expressão e imaginação. Mas não olhe tão profundo para dentro da minha imaginação, lá você não encontrará nada. Eu disse apenas que era um mecanismo da consciência, entenda isso. Contudo, é sentimento e onde fica isso em nós? Queria poder arrancá-lo de dentro de mim. Extirpar e não ser assim.
O poema afrouxa as palavras e imagens para estabelecer um elo capaz de metaforizar a nossa presença sensível da consciência e estabelecer o que procede daquilo que o coração diz sobre a nossa relação com nós mesmos, dos outros e do mundo. Há um peso enorme sobre o poeta que lida com esse dom. Ele se faz a pergunta; quem se importa? E como ele “o poeta “pode ser a oficina imaginária do mundo? Precisa alguém dizer que não é necessário, muito mais que isso, alguém que diga que de nada vale, mas o peso não alivia. Pois o Poeta não sabe, ele apenas sente daí a sua originalidade privilegiada não é uma obrigação escrever, é uma vontade louca de expressar sua liberdade que encontra-se na sensibilidade, a capacidade de expressar ideias de maneira forte e bonita. Que poeta não almeja expressar suas emoções, para dizer o que ele tem de proclamar a todos o que está em seu coração. Eu pensei em um plano que como os sentimentos são expressos em poemas alcançaria vencer a solidão.
Solidão, essa é palavra que como uma tonelada espreme o coração do poeta. Pode alcançar o mundo a suas palavras, porem nunca entrará no coração à que ele próprio dedica. Eu tentei uma reformulação: Já rasguei a poesia, no tempo moderno a raiva de não atingir ou ter sido desmerecido pelos motivos que em tempos de caneta e papel eu rasguei também já deletei. Ódio e a raiva na verdade pertencem apenas na intensidade das mesmas realidades que convive o amor e o afeto. Da mesma linha da consciência subtrai esses sentimentos.
Porque você nunca viu assim? Pelo caminho do amor na linguagem da alma, você quase matou. É Verdade! Eu sei que a poesia não é algo que transborda tudo o que nos move e nos chama a amar; mas é o elo mágico. Quem não queria? Ou quer viver nesse sonho.
Pois eu sei e você também sabe que realidade é diferente, mas não, não e não. Eu não posso calar. A poesia é uma coisa acima de tudo o que se viveu, é vivida intensamente e que é gerada na maioria das vezes com dor. Como agora, sim, exatamente agora.
É este murmúrio vindo das profundezas do meu íntimo já se vencendo pela idade, mas que ainda vive, desde que nós temos uma alma, e não é o poeta que quer isso. Veja a nossa linha do tempo? Analise tudo sem racionalizar, pois das emoções não há razões. Tudo já vivido não te diz algo? Como pode não ver? Seria obvio, pois o amor é cego. Seria por obrigação enxergar apenas pelo amor. Haja visto que da visão só nos perderíamos nos enganos. Mas do pobre e cego amor e nada além do amor, é daí que nasce a essência do poeta. Escrevo para você e sei e bem sei que muitos dedicarão à outra, essa poesia. Pois lá no começo disse que falo por mim e também pelo mundo ou de quem lê e Assim como eu, sente.
DIAMANTE POEMA PARA OS AMANTES DO POEMA.
Na guerra inflamada das palavras de cor preta, luta o poeta em inserir sentidos sobre a branca folha estendida. Mostra-se branca, mas não simbolizando a paz, pelo contrario, afronta com rispidez à inovação do escritor que expira no papel toda a sua inspiração. Tece sentidos com fios de conhecimentos, tracejando emoções violentas para dar sentido nas palavras de cor preta grifada na branca folha. Construir um poema é como lapidar o diamante mais puro. Apesar de duro, por certo, o cuidado da preciosidade que tem em suas mãos é muito, e ele ainda faz da peça mais preciosa ainda com as inúmeras facetas que reluz por toda a parte o valor acrescido da matéria, contudo o Diamante bruto ainda guarda em si valores, já o papel e a tinta da caneta do escritor nada valem e não dão sentido a suas atribuições se estiverem separadas. No entanto ainda resta ao escritor dar o valor que nem mil diamantes pagariam o preço do pensamento carregado de sentimentos. Fruto da mente que não mente. Pois verdadeira é a sua criação, por que guarda em sua essência a originalidade do seu dono. Antes de processar as palavras em seu cérebro, elas fluem da fonte inesgotável de criação e afloram na pele que aguça os sentidos e as sensações. De fato apreciar o escrito que é tão precioso e original que sua química é única que faz da obra ser mais rara do que o diamante. Muitas são as perolas já escritas que se torna cada vez mais difícil elaborar aquela que irá superar todas.
Tantos são os escritores que invejo suas preciosidades, mas de fato não vou superá-los por que suas criações são únicas, assim como as minhas. E perduram milhares de anos e só agregam valor, não em dinheiro isso seria muito supérfluo, seu valor consiste no reconhecimento daqueles que lêem sua obra e gostam tanto que queriam que fossem deles próprios a idéia prima de ter produzido tal “diamante”. Custoso e tão natural que sobrevém de modo que brotam as palavras e afloram as emoções no ato de que tudo nasce sem de nada antes ter. Dom? Talvez! Mas para todo talento é necessário ação para ser manifestado. Tão hábil o escritor ou o ourives que esculpe versos de ouro e faz relevos da figura que se desenha usando o sentido figurado das palavras e assim se sobre saem o diamante contido na pureza da bela arte da escrita, romântica, abrasiva e cingida pelas mãos do poeta que assim foi descrita.
Queria ser a caneta que toca seus dedos.
Queria ser o pedaço de papel onde você deslisa sua mão.
Queria ser a palavra que ganha toda sua atenção.
Ou até ser o motivo do seu poema.
Queria ser o o sentimento escondido em seu coração.
Poderia ser,
Até quem sabe um pedacinho da madeira,
Daquela mesa com poeira
Aonde você senta pra escrever
Palavras confusas que só eu posso entender
Mas talvez eu até queira ser
Um pedaço branco da folha
Um pouco de luz na encolha
O botãozinho de ascender
Pra ficar pertinho
Só pra você me querer.
Um processo doloroso,
Que me fez resgatar,
Um hábito da primeira infância,
De gostar de rabiscar.
Versos de dor e aflição,
Mas também de gratidão,
Como uma válvula a extravasar.
Assim surgiu essa história,
Que estás a contemplar,
Um processo de autoconhecimento,
E superação para inspirar.
São apenas o começo,
De uma gloriosa jornada,
Com Jesus a me ensinar.
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