Escrever uma carta a uma Criança
Ouvi quando criança que o coração é sempre capaz de amar.
Aprendi como adulto a parte prática do processo, o quão doloroso e necessário é passar por isso.
Agora, sem dúvidas, penso que de nada valeria viver, qualquer que seja a situação ou risco, sem que houvesse esse sentimento enigmático e tão confortante, que é o amor.
SANTUÁRIO
Durma sobre os meus pés essa noite, pequena criança.
Teu santuário esta caído, nem portas e nem janelas restaram em meio as ruínas. Destroços machucaram seus calcanhares até aqui, vejo a dor em tuas lágrimas caídas, mas elas um dia secarão. O santuário estava frágil demais para se cometer erros e não aguentou tuas atitudes, chore, chore até não aguentar mais. E então assumirá teus erros diante de ti mesmo.
Venha criança, deixe que minhas asas negras te proteja de seu próprio caos.
Em uma pequena rua, eu paraliso
Olhando para uma criança
Me lembro, do seu lindo sorriso
E vejo, o quanto eu a amo
Não importa, oque eu faça agora
Nunca irei me esquecer
Dakela exata hora
Que me apaixonei
Pelo seu jeito sedutora
É penssando em ti
Que eu aprendi
Que, o sorriso mais belo
É akele por quem eu zelo
......M
laço de fita
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
Castro Alves ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870.
A velha casa do meu avô
(Devaneios de um jovem)
Ah, meus tempos de criança, dos momentos que vivi e hoje me recordo na casa grande do meu avô. Me lembro que à noite ficava na varanda da casa, no primeiro andar, me pendurava na grade pra ver a rua e o mais lindo era ver os navios ao longe, com suas lindas luzes amareladas e brilhantes no mar. Entre as imediações da praia do Janga e Olinda, lá eu via eles passarem, como uma simples coisa me deixava tão feliz e ainda me deixa, ah como aquilo era bom, e me maravilho porque isso ainda vive dentro de mim, bons tempos passei naquela casa, naquela rua D sete. Lembro também das vezes em que meu avô me pedia para tirar seus belos cabelos brancos, um a um, para parecer mais jovem, ó céus, como isso tudo era gostoso. E a minha vó, com o seu amor, como era mimosa e amorosa minha vó, sinto tantas saudades dela, nela eu acreditava que tudo era um mundo sereno de paz e tranquilidade. Bom sentir esses devaneios de pura intencidade da melhor época da vida de um ser humano. Como eu era feliz na velha casa do meu avô.
Quando eu era criança, morava em uma cidadezinha do interior, caminho do Paraná. Cresci indo todos os domingos à igreja presbiteriana com minha família. Minha mãe era costureira e fazia as camisas e calças do jeito que eu queria, meu pai era músico e tocava no coreto da praça principal, saíamos da igreja e íamos espera-lo terminar o concerto. Eu me lembro da primeira vez, eu assistia meu pai e eu estava comendo pipoca com pimenta com os meus cabelos penteados, com a minha camisa alinhada ao lado de minha mãe e meu amigo, depois meu pai vinha e íamos felizes para casa assistir uma série que ele gostava muito, você nem vai se lembrar, é muito antigo: Cyborg o homem de 100 milhões de dólares...rsrs ...aí orávamos e íamos dormir, as luzes se apagavam e o domingo terminava, era sempre assim!
Você tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Eu já li os teus olhos nas fotos, são negros e brilhantes, porém oblíquos e dissimulados...
ASSIM É A BOA ALIMENTAÇÃO
Marcial Salaverry
Uma criança que quer ter um corpo são,
tem que saber que é preciso uma boa alimentação...
Sendo bem balanceada,
a vida será bem aproveitada...
Em seu prato tem que ter de tudo,
e isto é provado pelo estudo...
Verduras, frutas, sais minerais,
à vontade, nunca é demais...
Carbohidratos,
não abuse em seus pratos...
Para seu deleite,
não esqueça do leite,
e seus derivados,
em pratos sempre apreciados...
Não se esqueça de que macarrão
não é nenhum vilão...
É importante saber bem balancear,
e com tudo se alimentar...
E, principalmente, não se esqueça
e nem tampouco se aborreça...
Legumes são importantes,
bem mais que doces e refrigerantes...
espinafre, rúcula, acelga, quiabo,
devemos bem comer, que diabo...
E como ninguém é de ferro,
pizza, churrasco e feijoada,
bem como uma gostosa rabada,
também são inseridas no contexto,
e para comer, não precisamos de pretexto...
O importante,
é se alimentar bem e bastante...
Sem muito abusar,
pra não engordar,
pois a obesidade
é prejudicial em qualquer idade....
Sem jamais esquecer,
de que é importante muita água beber...
Marcial Salaverry
Eu já disse que ela é mais minha dona
que eu dono dela
Os animais tem a pureza que só a criança
consegue trazer no olhar
e nós fodemos a vida dessa criança
e arrancamos dela
o sorriso
Fazemos festas de formatura
e comemoramos por termos comprado conhecimento teórico
e bebemos sem saber o motivo
Se não choramos
tentamos achar motivos
se não somos felizes
arrumamos músicas que combinem conosco
Nossa vida vai se arrastando
e não tem nada
que pague o amor que os bichos me correspondem
Quando ela me procura
quando ela olha fixamente no meu olho
é como se o mundo parecesse fácil de digerir
e a vida tão leve quanto qualquer movimento que ela faça
Eu que sempre fui o amante
achei a fidelidade em alguém que não sabe dizer duas palavras
Mas, mesmo assim
conversa comigo
e me ouve
como nenhuma pessoa já fez.
Acolha-me.
Deixei que deite em seu colo
e tenha sonhos de criança
permita-me ter medo e confessa-lo
deixa que eu solte meu ser por campos onde seja possível andar
sem jogos, sem temores e mentiras.
Acolha-me.
E guarde em seus braços meus infantis segredos
minhas dúvidas de gente grande
meus sentimentos de ser pequeno
faça com que eu deixe o mundo lá fora por apenas alguns instantes
e assim, que dentro de mim possa encontrar
alguma razão real para ainda estar vivo.
Acolha-me.
Norteai-me pelo seu olhar, mostre-me luzes que não mais vejo
segure minhas mãos com o carinho que não mais conheço
seca meu choro com palavras reais sobre um mundo tão distante
de onde vim.
Acolha-me.
Traga-me a paz em forme de gestos
não apenas me diga, mas mostre-me,
decora meu rosto com desenhos feitos com seus dedos
com linhas que novamente me liguem ao mundo doce e terno
as possibilidades de ser mais do que o herói de uma noite
o vilão de um amanhecer.
Acolha-me.
Dê guarida ao meu fugitivo, ao meu insistente ser
ao que resta dos meus exércitos de bondade e luz.
Semeia em meu corpo gestos puros e leves
guarda minhas costas para que eu possa enfim dormir
para que me sinta na casa dos seus braços
como um viajante que finalmente chegou.
Acolha-me.
E não peça nome e nem documento
não me fale daquilo que eu possa lhe dar e você possa e pegar e perder com as mãos
Acolha-me e olhe dentro dos meus olhos
busque por mim
grite num sussurro meu nome
tira-me disso tudo
enquanto ainda há o que tirar.
Acolha-me.
E com a tinta do seu amor
escreva comigo uma história bonita
destas onde o amor existe.
Segue comigo num cavalo branco
numa noite de lua
para um lugar qualquer
que mesmo existindo apenas em nossa comum imaginação
será uma ilusão segura
que me fará de novo viver.
Acolha-me.
Preciso de seus braços
para de novo poder ver Deus.
Muitos questionam que educação vem de casa... se a criança ou adolescente não tem educação, é culpa dos pais ou responsáveis... porém o que vem em questão é educação... se a criança ou adolescente não estão educados e é culpa dos pais ou responsáveis, deve-se, então, educar TODOS...
(DE CAMPOS, Cristiano)
CRIANÇA E MEDITAÇÃO
“A natureza de uma criança é brincadeira, então deixe-a brincar! A sua natureza era brincadeira, mas você deixou de brincar e a perdeu! Meditação em sua essência é brincadeira. Esta brincadeira já é a técnica para toda criança, não interfira nesse brincar. Apenas conecte com a criança que existe dentro de você.”
...Pude ser...
... Tudo pude ser, sem ter que ser.
Fui criança com esperança.
Fui moleque sem ter breque.
Fui jovem dos que somem...
E daí.
Fui aviador sem pudor.
Fui engenheiro muito matreiro.
Fui advogado um bocado...
Tão fugaz.
Fui ativista sem ter vista.
Fui democrático sem ser prático.
Fui oposição sem ter razão.
Fui, tudo que eu queria ser...
Estórias que não saem da minha memória até me reaver, eram sem fim que não saiam da minha imaginação por pura criação, pois é única e só de mim...
...sivi...
"E um dia, ela virou criança.
assim como ele havia sido.
Criança linda, boneca na mão,
Sorriso nos lábios.
Dissipou-se a tristeza dos olhos.
ficou a ternura dos que não guardam
mais as lembranças.
quem sabe só as doces?
Ternura dos que não sabem mais nada.
E nem querem saber.
Só desejava dormir, comer, olhar, abraçar
e beijar os que amava e ser feliz assim.
Era só o que importava agora,
Seus queridos, sua gatinha, seus lençóis.
Seus temores haviam cessado.
Não havia espaço, tampouco tempo.
Lembranças ruins se apagaram.
As boas só lampejavam em sua linda
cabecinha de menina.
Agora levada, como nunca pôde ter sido'.
Quando piá meu sonho era crescer
Quando meu pai me levava pra ver o mar
Quando criança eu acreditava em tudo
Quando criança achava que o cego era o mudo
Quando jovem sempre dizia que queria ser alguém
Quando jovem meu pai me dizia que queria ser também
Hoje eu posso dizer o eu cresci eu vivi
Hoje eu ando de jet ski na beira do lami
Hoje eu acredito somente em ti não em tudo como quando era criança
Hoje eu vejo que o cego não é mudo
Hoje em dia tenho orgulho do que eu sou
Hoje em dia tenho orgulho do homem que me criou...
Nota sobre ela!
Dentro dela moram a criança que brinca de boneca e a mulher que anda de salto alto
Por vezes elas conversam
Outras discutem entre si
Mas sempre entram em consenso....
Mais quando esboçam um pequeno sorriso que seja
É sinal que estão de mãos dadas brincando... mulher e menina.
Quando eu era criança, ainda
Não me ensinaram a olhar o Céu
E chamar as pipas de "pipas"
Àqueles mágicos brinquedos
Eu dava o nome de "quadrados"
Em alusão à coincidência geométrica
Finas ripas de bambu,
papel de seda
e sonhos
A voar mais alto
Que o próprio urubu
Não havia e ainda não há
Qualquer outra coisa quadrada
A simbolizar
Com tanta desenvoltura
A liberdade
A simplicidade
E a ausência do medo de altura
Humildade de papel
A ganhar o Céu
Ensinando
Que nem sempre
fragilidade é sinal de fraqueza
Se cada coisa tem o seu lugar
O lugar do quadrado é lá
Nos Céus imagiários da minha infância
Pois as coisas simples
Sempre serão aquelas
belas lembranças
Que o tempo há de ensinar
Que ao final
haverão de ter
O lugar de maior importância.
*** A MULHER ***
Nasce brilhante como criança
Tem na sina a criação
Dá uma enorme esperança
Seu propósito a união
Sejam vovó, mãe ou filha
Se mostra muito digna
No lar de toda familia
Responsável pela doutrina
Ser amável é seu dom
Está sempre disponível
Faz do lar tudo de bom
Porque com ela tudo fica incrível
Sem a mulher fica um vazio
No ambiente e no lar
Predomina o teu cheiro
Que aromatiza todo ar
Educando a família
Sendo nossa incentivadora
Sem ela não há harmonia
Muito menos benfeitora...
... sivi...
Bom dia
Um Mestre, um Super-Herói.
Como qualquer criança tenho meus super-heróis imaginários, e reais tenho um mestre que é um desses meus super-heróis, “meu irmão meu amigo”, porém de que vivem os super-heróis? Não seria de derrotar seus inimigos? De defender os fracos? E humildes? Continuo refletindo sobre uma frase que por ele me foi dita, e ele me disse que talvez nunca a decifrasse, ou que não tentasse entendê-la naquele momento. Portanto é o que venho fazendo, nunca posso ser ingrato a um de muitos meus super-heróis, porém vou entregar nas mãos de Deus como resolver esse enigma no tempo dele, e não no meu.
Vou me apresentar:
Criança chorona e chata, pedrinha no sapato dos outros, apelidos: Manteiga Derretida, Irmã Paula, Grilo Falante e Madre Teresa de Calcutá, como se isso fosse uma ofensa! Tinha também Dona Cândida, a aluna sensível da Escolinha do Prof. Raimundo!
Sofri muito bullying não só na escola como entre amigos e até mesmo por parte de alguns da família. Deve ser muito difícil ser a ovelha negra da família, mas garanto que é bem mais difícil ser a ovelha verde!
Sempre tive uma visão especial sobre animais e nunca consegui entender certas coisas que sempre foram consideradas normais. Mas tinha que ser como era orientada, embora, às vezes, isso me revoltasse um pouco.
Só parei de comer carne depois de quase morrer em uma mesa de cirurgia, com apendicite supurada, peritonite e infecção generalizada. Não aceitei mais aquela máxima de que quem não come carne vai morrer por falta de proteína. Afinal, eu comia carne e ia morrer de qualquer jeito!
Talvez tenha sido um pouco tarde para minha saúde, porque demorei muito para fazer o que minha alma e coração sempre pediram. Mas foi no tempo certo para meu espírito se regozijar.
Prazer, meu nome é Letícia Esquisita!
— Minha mãe disse que a fada do dente não existe. E eu chorei e chorei.
Uma criança? Tinha um criança me ligando na rádio.
— Sua mãe sabe que está usando o telefone? — Perguntei.
— Ela está no banheiro, fazendo o número dois e chorando. Ela briga muito com o papai.
— Porque está me ligando?
— Eu já disse. — ele choramingou.
Fada do dente. Ok. Que merda eu sabia sobre fada do dente?
— Pequeno, acredita em papai noel?
Ele ficou em silêncio.
— E em coelhinho da páscoa?
— Acho que sim. — Ele respondeu.
— E no amor? — Perguntei.
— Amor? Mamãe acho que me ama mas acho que não ama o papai. Esse amor? Eu não sei.
Ele parecia em dúvida.
— Tem tanta certeza sobre coisas que não existem, mas o amor ele existe. Mas não podemos vê-lo e sim sentir.
— Ah não. — ele dava gritinhos. Afastei o fone do ouvido. — Papai noel e coelhinho da páscoa não existem? Não existe amor também. Não acredito.
Nem eu, eu quis dizer. Nem eu.
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