Escrever
AS PALAVRAS
De tudo tentei escrever, mas o que não sabia
Era que meu pensamento todo era voltado para você
Daí não sabia o que fazer.
E de repente comecei a escrever poemas a você.
Meus sentimentos tão complicados
Simplificaram-se em palavras que não conhecia.
E de repente olhei o que havia escrito,
E em palavras de significados fortes, tentei descrever o que sentia.
Palavras doces, que contém um sentimento profundo,
Palavras que ao meu parecer expressava tudo que eu sentia em relação a você.
Mas depois de um tempo percebi que aquelas palavras eram um nada, quando eu estava ao seu lado
Percebi que eu a amava mais que tudo nesse mundo,
E logo, estava apaixonado.
Talvez hoje eu pudesse escrever sobre os últimos dias 30 anos que vivi. Mas que tal falar dos próximos 30, 40, 50?
Daqui 50 anos, quem terá vencido? A Guerra ou a compaixão?
A tecnologia vai tá mais avançada que o amor das pessoas?
Vamos continuar recebendo mais convites de redes sociais do que Abraços?
Será que vamos repassar mais sorrisos dos que correntes?
Sempre sonharam com carros voando, pra nos aproximar dos lugares. Mas e a amizade, ainda vai nos aproximar das pessoas?
Um elogio vai ser mais importante que uma crítica?
Haverá protesto quando não tiver amor?
Vamos cumprir nossas promessas assim como cumprimos cadastros em sites de relacionamentos, redes sociais?
Ainda vamos nos preocupar c as pessoas distantes, assim como nos preocupamos quando o celular tá no outro cômodo?
Ainda vamos dar e receber Abraços, do mesmo jeito que damos "curtidas". Aliás, vamos curtir mais momentos juntos?
Estaremos andando de mãos dadas com uma pessoa querida ou a extinção também vai existir no aperto de mãos?
Daqui 50 anos as respostas virão e saberemos realmente se evoluímos em prol das máquinas ou das pessoas.
Vou parar de escrever
Sobre amores...
Amores que deixei de viver
Amores que só eu vivi
Amores que viveram por mim
Amores que não terão fim
Cola tua vida na minha..
Vamos escrever nossa história. .
nas linhas tênues do seu corpo..
Vou deixando minhas digitais..
e que o amor diga amém. .
e vá eternizando nossas memórias..
A inutilidade de aprender a escrever
Quando eu era jovem queria muito aprender a escrever, para quem sabe um dia tornar-me um escritor. Bem... este sonho já abandonei a bastante tempo pois descobri que além de escrever faz-se necessário talento e isso não se aprende , ou a pessoa tem ou não tem. Agora com o passar dos anos me pergunto para que precisamos aprender a escrever? Em tempos de internet, poucas são as expressões que precisamos conhecer para nos comunicarmos, basta publicar em um determinado micro blog algo como: @cariocasumare #umidiotaem140caracteres e se obtivermos como resposta alguma coisa semelhante a \ô/\ô/\ô/\ô/, kkkkkkk ou asussausuausuausas, quer dizer que conseguimos nos comunicar. (seja lá o que signifique o que foi dito ou entendido)
Mas, saber escrever é inútil e tal inutilidade já foi vista até pelo principal fabricante de softwares do mundo, pois hoje compramos um micro computador relativamente bom, com processadores de ultima geração, com uma invejável velocidade de emulação, mas principalmente e o mais importante, com a plataforma do maior fabricante já instalada, por aproximadamente mil reais, inclusa na instalação a importantíssima e gratuita ferramenta de navegação na internet, todavia como escrever é pura vaidade de uns poucos mortais, para se obter o editor de texto deste mesmo fabricante, na sua versão mais completa, teremos que desembolsar outros mil reais. Estão certos, já dizia o poeta “... navegar é preciso...” escrever não é preciso.
Tenho pena dos jornalistas que todos os dias executam um árduo trabalho para escrever seus artigos, informar sobre fatos ocorridos no mundo ou em suas cidades, procurando sempre diversificar o vocabulário, temas etc., para não parecerem monótonos ou repetitivos, usando das técnicas de redação que aprenderam nas faculdades ou na pratica da redação de um antigo jornal, cada vez menos terão público para entender o que foi passado como mensagem, seja contextual ou subliminar.
Profetizo com certa tristeza o fim dos literatos, pois quem restará para entender seu linguajar prolixo, as nuances de suas minuciosas descrições de fatos ou personagens, a sutileza dos temas, a profundidade do enunciado. Entristeço-me quando vejo as letras de musicas que substituíram nos rádios as do Noel Rosa, que primavam pelo humor, a poesia complexa de Caetano Veloso e Gilberto Gil, a música critica de Gonzaguinha e Chico Buarque, bem como a cornisse refinada de suas letras ou da maestria da cornisse do Mestre Cartola, hoje substituídas por letras simples em rimas pobres de uma cornisse explicita e sem graça, cantadas em versos desconexos que forçadamente se juntam sem fazer o menor sentido.
Ainda me ressinto dos professores de minha juventude, que, diga-se de passagem, eram excelentes, pois naqueles tempos ser professor na maioria das vezes era vocação e não falta de opção, eles insistiram para que eu aprendesse a ler e escrever, contrariando a veia boemia que então existia em mim, eles fracassaram em ensinar-me a escrever, mas mataram o boêmio e o transformaram em um cínico de humor mordaz e duvidoso, com o qual hoje sou obrigado a conviver e que volta e meia me enfia em confusão por ter sido mal entendido. Também... Bem feito! Quem mandou se meter a escrever?!
Todos podem escrever sobre o amor,todos podem falar de um ato realizado de amor,mas poucos são os que praticam o amor ♡
SOBRE O ESCREVER
Nem tudo o que se faz deve ser solto aos quatro ventos, alguns detalhes e fatos da vida devem ser guardados no maior sigilo, este é o grande desafio do escrever!
Não que eu acredite em inveja que de per si destrua coisas boas, mas em pessoas invejosas que conspiram contra o feito, para o bem executado transformar-se em mal feito.
O mal sempre trabalha nos corações frustrados dos que não fizeram não no intuito de criar forças e condições para construir, mas para destruir o que já existe.
O sigilo é um lema a ser seguido para ser bem sucedido, pois uma idéia deixa de ter dono quando se torna pública.
Ainda mais há a grosseria de proferir palavras sobre atos indizíveis, que por si só deveriam permanecer ocultos.
Lembro-me o ensinamento de uma amiga que ouvi proferindo ao seu então namorado:
“Fulano, comer e arrotar não é feio?
É uma profunda falta de educação e grosseria, disse ele.
Sexualmente falando: também, querido!”
Deus poderia escrever um livro falando de todas beleza do mundo, da lindeza do céu,
Mas, Ele escolheu você, para ser o título de toda História do mundo!
É SÓ COMEÇAR!
Assim como a gente aprendeu a ver para ler e escrever, nessa ordem, é assim também com a nossa dança com as letras, a nossa intimidade com as palavras, surgindo o nosso amor pela poesia. A gente aprende a decifrar para entender o que sente.
Todos nós somos poetas, de um jeito ou de outro... Todos nós somos seres de sentimentos. Basta querer se desnudar para aliviar, para emagrecer sua alma de gorduras desnecessárias!
Para escrever, basta começar... Depois, se você quiser, pode bailar entre rimas e versos e enfeitar!
É isso, co-me-çar a rabiscar o que sente e o que pretende, iniciar com a exposição crua para as letras!
A arte de escrever é para os poucos que conseguem colocar os seus verdadeiros sentimentos na ponta da caneta.
Se não conseguir escrever um capitulo, de tempos em tempos, escreva ao menos uma linha da tua historia.
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Não posso parar de escrever. Não até resolver meus medos. É assim que mantenho a cabeça no lugar: há coisas imensas para serem decididas. Planos de vôo incompletos e inviáveis…tudo muito radical, muito intenso.
Escrevo o dia todo, toda hora, coisas publicáveis ou não. Grito mágoas, sussuro final de sonhos, imploro clemência de Deus para não enlouquecer de pavor. Estou naquela fase da vida, em que as coisas deveriam necessariamente estar bem, calmas e eu deveria estar transcendendo felicidade.
Eu fui até o amor. Subi nas paredes mais altas por ele, transpus fortalezas de abnegação e humildade.
Aceitei,
me feri,
andei sob a efervescência da carne,
batizei minha vida com convulsões e choros.
Você acenou com adeus…
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(2000)
Parece que aqueles dias em que você não pode escrever , ou porque tem que estudar para uma prova importante ou qualquer coisa do tipo é que a inspiração bate a sua porta . Aí você quer estrangula - la de raiva , quer colocá-la na geladeira para ela permanecer fresca até você ter tempo para escrever. Mas não é bem assim porque se você colocar uma rosa na geladeira ela murcha e morre em questão de pouco tempo. Não que eu seja botânica para saber disso, mas sou poetisa , e isso me permite ser um pouco de tudo e ao mesmo tempo ser nada .Então como a inspiração não pode murchar, eu a tomo fresca e entrego a você como se entregasse um milhão de rosas . O que estou tentando dizer apesar de minha prolixidade é que eu preciso dizer que te amo com todo o drama de Cazuza e Bebel Gilberto, preciso derramar meus sentimentos no chão e soprar bolhas de sabão com cada uma de minhas melhores lembranças de você , preciso te conservar em mim , todo bobo , todo tímido , todo cheio de lógica . Preciso te conservar inteiro ,assim como minha inspiração, antes que ela se vá como você se foi.
Pode ser que um dia eu possa escrever um livro, ou compor uma música, ou pintar um quadro que seja mais famoso que o de Picasso. Posso criar um roteiro e ganhar um Óscar por criar um dos melhores filmes já vistos. Ou posso sentar em um banco em um lindo parque e pintar seu sorriso, escrever nossa história, escutando nossa música e protagonizar uma das cenas mais linda de nossa vida. Onde ninguém precisa ver, ler ou ouvir além de nós. Nós e ninguém mais.