Escrever
Não estou procrastinando. Estou vivendo o intervalo entre parar de escrever e recolocar a caneta no papel
Parece que já é tarde demais para lhe escrever. Mas como aquela esperança estúpida ainda permanece aqui, eu resolvi me dar uma última oportunidade para lamentar da mágoa que agora vive em mim… Eu nunca quis que fosse assim. Todo o meu interior sempre gritou por ti, tamanha era a necessidade que sentia por você. Como se todas as minhas expectativas se baseassem em um futuro ao teu lado. E o meu erro, meu único erro, foi não viver de possibilidades. Pois eu não era capaz de me imaginar feliz ao lado de alguém que não fosse você. Eu não estava aberta à opções. Era você, ou você. Não parecia existir outra possibilidade. E você sabia disso. Sempre soube que era o único capaz de me arrancar sorrisos e suspiros. Um lado teu até se gabava disso… Eu tinha planos, sabia? E todos esses planos incluíam você. Incluíam nós. Vez ou outra eu era capaz de nos imaginar velhinhos. Com 70 e poucos anos, sentados numa varanda ensolarada, falando sobre nossos netos e nossa tão adorada juventude. Eu nunca quis nada diferente disso. Você sempre foi minha primeira e única opção. Porém, não era assim pra você. Via as coisas diferente do meu ponto de vista. Mas eu nunca te culpei. Porque sabia que deveria ser até errado amar alguém como eu te amo. Sempre me pareceu exagerado demais o amor que eu sentia por ti. Era como se eu fosse capaz de me atirar na frente de uma bala por você. E talvez toda esta intensidade tenha te assustado e você simplesmente partiu por saber que não seria capaz de me oferecer todo o amor que eu sempre te dei. Porém, mesmo que este seja o único motivo que tenha feito você ir embora, não deixa de ser uma das piores sensações que senti até hoje. Nem quando você disse que não daríamos certo, doeu tanto assim. A tua partida abriu uma ferida em mim. Ferida esta, que não se fecha, que não se cura. Por mais que eu tente procurar novos motivos para sorrir, sei que jamais será como antes. Nunca ninguém vai despertar em mim, o que você despertou. Não falo só do amor. Falo também desta necessidade de cuidar de alguém, mais do que cuida de si mesmo… E todos os dias eu me pergunto se poderia ter sido diferente. Me pergunto também em qual parte da nossa história nós nos perdemos. Porque eu sei que em algum lugar disso tudo, o amor foi recíproco. E mesmo ele estando ali, não foi o suficiente para você. Porque a verdade é que você sempre teve medo do “nós”. Sabia que uma hora ficaria tão dependente quanto eu. E não queria isso. Pois não é dó tipo que abandona sua felicidade nas mãos de outra pessoa. Mas eu fiz isso. Deixei minha felicidade com você. Para que cuidasse bem dela. E veja só o que aconteceu. Você partiu, mas esqueceu de devolver a minha felicidade. Talvez nem tenha esquecido. Talvez ela simplesmente tenha resolvido ficar com você, porque até ela sabe que o lugar dela sempre será contigo. Assim como eu sei que sempre precisarei de alguém como você. Mas não se engane, eu não estou aqui implorando para que volte, até porque isso não fará diferença pra ti. Eu só quero que saiba o tamanho da tua importância na minha vida. Só quero te fazer entender que eu sou aquela que mais te amou. Que mesmo quando você desistiu de mim, eu ainda desejava você do meu lado. E por mais que doa, eu terei que conviver com este latejar deplorável de todas essas feridas. E rezar todas as noites, para que um dia você acorde e decida que está disposto a me amar, tal como eu sempre te amei. E se isso nunca acontecer, eu só quero que saiba que eu nunca desistirei de nós.”
Ando saudosa
de sentir saudades.
Tudo é efêmero,
tão volátil,
tão substituível.
Quero escrever cartas,
guardar bilhetinhos,
por pétalas nas páginas de livros...
Ninguém mais troca confidências,
os diários não têm mais chaves...
Em que momento nos foi roubada
a intimidade?
Ainda bem que existem amigos para amar, abraçar, sorrir, cantar, escrever em recibos e tirar fotos bonitas. E a vida segue. Feliz. Sua imaginação te preenche, seus amigos te dão colo, vodka e dias incríveis.
Bom, hoje não vou escrever sobre amor como é de costume. Hoje vou escrever sobre a amizade de três meninas, cada uma morando num lugar diferente, e como o tempo e a distância prejudicou essa amizade. Meninas (Isa e Isis), sei que andamos ocupadas, cada uma com seus compromissos e suas coisas, mas vamos fazer uma pequena volta ao tempo comigo? Lembram-se das risadas? Eu sei que lembram! Lembram-se dos segredos, dos desabafos e das palavras que trocamos antes desse maldito tempo nos afastar um pouco? Sei que vocês se lembram de cada palavra trocada umas com as outras, por favor, peço a vocês duas, vamos voltar a nos falar, vamos retomar a nossa amizade de onde "parou", não quero dizer que deixamos de ser amigas, quero dizer que nos afastamos, mas vamos fazer nossos janelões sem deixar que nada atrapalhe nem que seja uma vez ou duas no mês. Vamos retomar tudo de novo, vamos fazer planos de nos conhecer, vamos dividir alegrias, vamos falar besteiras de novo e rir descontroladamente, vamos, por favor. Meninas, nunca se esqueçam que eu serei sempre a amiga de vocês e que vocês podem sempre contar comigo porque eu, mesmo estando estando longe, estarei por perto. Especialmente para minhas oncinhas, Isabelly e Isis.
ESTUDO SOBRE A FALÊNCIA DO ESCRITOR
escrever é religião, é seita que se aceita na crença da doutrina de um que doa seus dedos para serem apossados por demônios vocábulos, sempre prontos a te gritar poemas e contos inspirados pela fé que se devota aos santos versados matutinos. eu perdi os lábios pra rezar, deixei de ir pra missa, não cumpri meus votos, descumpri promessas, apaguei a vela, chutei a santa, cuspi na cruz. de tanto falar, fali. e se esvaíram também as palavras, que sem mim, não se manifestam para dar consulta aos olhos que gulosos, enchiam a boca. se sou fome, culpe aos outros, que devoraram ferozmente tudo o que tinha pra comer. sobraram-me dez dedos desnutridos, que de tão abatidos tropeçam nessas últimas palavras, se arrastam lânguidos tentando alongar as frases, florear o caminho que os levarão a solitude.
Frederico Brison.
Hoje eu quis escrever de você, eu senti a necessidade de falar sobre você, precisava desabafar por meio de algo, e aqui estou escrevendo esse texto … Não sei, mas, hoje me senti bem em não saber sobre você, não saber se você estava bem ou não, em não saber de exatamente nada sobre você! Doeu quando me perguntaram, sim, acho que essa ferida nunca vai cicatrizar, mas o tempo pode sim amenizar tudo que agora estou sentindo, e sabe, eu não soube mesmo falar sobre você, eu não soube dar explicações como antes! A fase da aceitação é bem difícil, mais difícil ainda é lutar contra todo esse sentimento que está a quase ao ponto de explodir, mas eu guardo … Guardo tudo pra mim, como se nada estivesse acontecendo, eu estou começando a aceitar que você nunca foi meu, que você nunca vai ser, graças ao seu “orgulho ferido” estou começando a aceitar pessoas novas em minha vida, estou começando a aceitar a “inexistência” de você no meu futuro. É, nada vai sair como planejamos, quero dizer, como eu planejei! Presumo que após essa fase da aceitação, vamos nos afastar mais ainda, vamos perder mais o contato, até um dos dois resolver seguir sua vida e afastar tudo aquilo que nos faz mal, eu faço mal a você, você faz mal a mim, e então, como vai ser o final disso tudo? Você dai […] eu daqui. Eu sempre planejei uma vida toda contigo, eu sempre fazia planos para minha vida, e sem querer, acabava colocando você nela, não era proposital, mas se eu pensava em ir embora, fazer tudo que eu sempre sonhei, faculdade etc, você já estava incluindo em todos esses planos, mas hoje, vejo que tudo foi em vão. Abriram meus olhos, me mostraram a verdade. Foram necessários quatro anos para tudo isso ser esclarecido na minha mente, foram necessários quatro anos de sofrimento, quatro anos de enganos, quatro anos de mágoas, mentiras, promessas falsas, enfim, quatro anos perdidos, para eu acabar ganhando algum conhecimento sobre tudo, principalmente sobre você. Nesses anos todos, eu vi o quanto você pode me fazer mal e o quanto pode me fazer bem, se for pesar em uma balança, o mal foi maior, porém tudo que passei contigo, tudo que me fez sorrir, tudo que me fez bem, foi intenso, então eu prefiro guardar todas essas lembranças e eternizá-las, apagando assim todo mal, para que daqui uns 10 anos, quando eu tiver todos meus sonhos realizados, quem sabe até uma família eu possa dizer a mim mesma, que eu conheci o amor, eu conheci o grande homem da minha vida, que eu vivi tudo aquilo que quis, e deixei meu orgulho para trás para ir atrás de quem amava, e para principalmente poder dizer: “eu tentei”, fui ao extremo de tudo, dei milhares de chances e oportunidades para provar que eu poderia o fazer feliz, e você, nunca soube dar valor. Eu perdi você, e você acabou me perdendo. Cada dia que passa, um pequeno detalhe é mudado, cada dia que passa, é uma nova oportunidade para tentar esquecê-lo, cada dia que passa, é um pouco menos de você em mim! O jeito é fazer como todas as outras vezes, levantar a cabeça e sorrir, como se nada estivesse acontecendo, como se eu nunca tivesse te amado ou até te conhecido, como se você fosse um estranho, é, você nunca deveria ter passado disso, em ser um estranho pra mim, era bem mais legal quando eu passava naquela rua e te olhava, de um modo ingênuo, com o pensamento de que eu nunca iria me apaixonar ou aproximar de você, esse é o exato momento em que tudo deveria ter acabado … Na verdade que nem deveria ter começado. Cada palavra desse texto é o que eu sempre quis te dizer, porém nunca tive coragem, por medo de te perder, mas hoje eu não sei bem explicar, esse medo todo passou, porque eu percebi que não tem como perder algo que nunca me pertenceu. Obrigada por você fazer parte da minha vida, obrigada pelos sorrisos, pelos momentos bons, você foi um dos poucos que conseguiu me fazer bem por tanto tempo. Obrigada por tudo! Desculpa por tudo mal que te causei, nunca quis te machucar. Eu nunca vou dizer adeus a você, prefiro que as coisas fiquem no “até logo”.Que hoje eu enxergo que perdi de vez, foi tudo consequências do que a gente fez, eu já previa que isso iria acontecer, mas cedo ou mais tarde eu ia te perder, achei que ao seu lado eu ia construir, tudo que planejei você tirou de mim, to indo embora e te deixar pro meu passado, eu não vou mais viver de ilusão […]
Escrever, falar e se expor, é como uma aventura; muitas vezes não sabemos o que encontraremos a seguir, estejamos nós positivos ou pessimistas. Vitórias, erros, elogios e críticas podem estar incluídos. Transformar sentimentos e pensamentos em palavras é uma benção e um dom, no qual se rasga a alma, vira do avesso mesmo. Precisamos de mais pessoas com essa coragem.
Não é fácil escrever sobre certas coisas complexas, como:
Amor, morte, Deus... mas à medida que cresço essas palavras vão ganhando novas formas, sentidos e significados e assim vou escrevendo sem grandes esforços, então percebo que escrever é a respiração da minha experiência, a tradução do meu existir.
Parem de escrever que no final a gente é feliz, seja feliz todos os dias, corra atras dos seus objetivos, aceite a derrota e a vitória como parte da vida, se apaixone, sorria, chore, viva enquanto você estiver viva. Porque no final ninguém é feliz, no final a gente morre.
Poeta de verdade é o coração da gente, que mesmo sem papel, caneta e violão teima em escrever canções de amor.
"Eu amava escrever, sabia de côr todas as linhas que poderia me expressar e me soltar completamente, e escrevia tão bonito...
Mas aí você apareceu. Bagunçou minhas linhas e me deixou feita de borrões.
Não sabia mais o que era escrever, porque me vicei a falar, descobrir que me expressar de verdade era mais prático. Uma ilusão. Ninguém tem paciência de ler até o final, quem dirá ouvir?"
É fácil ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. É difícil criar um filho, molhando uma árvore e lendo um livro.
Incompatível
Quantos contos de fadas são precisos para escrever um final feliz
Nenhuma maquiagem é capaz de esconder do coração uma cicatriz
Quantas verdades se perdem no medo da escuridão
E quantos passos são dados no caminho da solidão
De quantas ilusões é preciso se inventar pra sobreviver
Apenas uma, mas esta ilusão é capaz de me fortalecer
Essa ilusão é você
Quanto barulho cabe no silêncio de um coração apaixonado
Quanta esperança morre em cada amanhecer de mais uma noite acordado
Quanta saudade some na poeira de uma estrada sem fim
Quantos beija-flores cercam a mais bela flor do jardim
De quantos sonhos é preciso desistir pra não sofrer
Apenas de um, mas este um é o maior sonho que se pode ter
Esse sonho é você
Quantas apostas são precisas pra se ganhar um coração
Quantos inocentes morrem presos dentro dessa prisão
Quantos gigantes caem por subestimar a força do oponente
Quantas lutas são vencidas sem desferir um golpe somente
De quantos verbos eu preciso pra falar e alguém entender
Que por mais incompatível que possa parecer
O meu amor é você
Que estou fazendo ao te escrever? estou tentando fotografar o perfume.