Escrever
Escrevo sobre o amor. Ele (o amor) pode um dia acabar, mas estará eternizado em meus escritos. Ora, se eu te amar tanto, quem sabe um dia será meu verso, quem sabe um dia será eterno?
Na mesa
Chaves,
moedas
diversas...
Prata
dourada
e
cobre.
Diploma
de
'mestre',
CD
bala
sobre
a
mesa,
remédio
para
gripe,
telefone
que
nunca
toca,
paciência
que
nunca
acaba,
e
sono
que
nunca
chega.
Efeito
bumerangue...
É poesia
É adequado, é educado ,
é marcado, é meado...
A pena é equivalente a uma pá ,
sento-me a frente de uma tela,
eles se punham a frente de um compêndio
cheio de informações,
apenas estavam brancas...
A tinta, o tinteiro,
o mártir da inspiração, a pressão,
o fardo, o verso,a estrofe
a escansão, a nostalgia
a coação .
Eu pertenço a uma liga
forjada do simbolismo,
moldada pelo romance,
tentada ao sensualismo ,
vim do limbo dos poetas,
é minha chance de brilhar ,
vou sim ... vou escrever,
vou descrever ,
os olhares de todos...
ao olhar de minha poesia ...
...poesia
do ludibriar
Não perder a rima
não perder a métrica,
não perder o chão ,
não perder o teto ,
ser eterno, lembrado ,
criticado.
E na praça?
_Petrificado.
Me dão os punhos,
a garrafa, a velha pena, as teclas,
as vezes o lápis,
folha de caderno,
escrivaninha consumida,
me dão o drama,
o carma, as leis,
as fugas,
a alma poética então
contida.
Gabriel Silva Corrêa Lima
O meu mestre ensinou-me variadas coisas que eu nunca compreendi ou concordei. Escrevê-las fez-me ver o seu verdadeiro significado.
Escrevo tudo aquilo que meu coração grita e o que a voz não consegue falar.
Escrevo tudo que a mente me perturba e não da pra controlar.
Escrevo tudo que meus sentimentos imploram, mas não sabem explicar.
Escrevo tudo aquilo que o tempo levou e a saudade não foi buscar.
Escrevo a vida, a minha vida, que é simples, mas cheia de histórias pra contar.
Quando sentir vontade de falar, escreva, não importa a bobagem que seja, mas escreva, permita ao mundo ler aquilo que pensa, pois o mundo precisa de ideias.
Nunca senti minha inspiração se esgotar...
Sou bem resolvida com os versos e inversos da poesia que, decido ser e fazer-me todos os dias!
Portanto, que nunca me falte a força do lirismo nos varais da minha vida prosaica para muitos, mas, tão inteiramente intensa para mim!
Se há para mim alguma aventura, é a aventura da escrita. A escrita é o sustentáculo da minha solidão.
Escrevo para entender a loucura humana em geral e a loucura particular que é Minas Gerais.
Às vezes vou escrevendo tão calmo e tão vagaroso, tão simples e silenciosamente, que penso atingir a morte, a nulificação, o Nirvana oriental.
Um autor só é autor no momento exato em que escreve. Depois, passa a ser um leitor a mais de sua própria obra.
Se, após a escrita, um autor diz alguma coisa sobre o que escreveu, nada mais está fazendo do que um novo escrever.
A única coisa que um autor tem de verdadeiramente próprio é o corpo; o seu texto talvez não passe de paródias entrelaçadas, acumuladas...