Escrever
Sou um deserto fazendo monólogos, de braços cruzados brigando com o mundo. Mas as palavras me emancipam!
O amor e o poeta:
"Vejo-me só com meus poemas
E em quantos deles o amor desprezei
Mesmo assim é ainda sobre ele que escrevo
Que insistência esse amor tem!"
Quando você pensar que eu conheço uma linha da sua história, eu já estarei escrevendo ela junto com você.
Fazer uma redação escrita à mão já não é tão eficiente.
O digito chega mais perto do ritmo da mente!
Toda ideia que se passa é analisada precisamente, aproveitada se condizente, senão, descartada num “control Z” eficiente.
A ideia que não se aproveita no texto, na mente é um começo, para desenrolar todo um raciocínio inteligente.
Leia uma, duas, três vezes, e “clika” no lugar exato, dando rápido aparato num pensamento bem documentado pelo infinito disposto em nosso mundo globalizado.
Meus escritos se dividem em duas partes: A primeira, não merece sequer reflexão e a segunda também não...
Escreve certo aquele que usa a caneta da emoção, e só entende corretamente aquele que lê com o coração.
Eu escrevo pra desancorar emoções. Escrevo pra tentar controlar o caos daqui de dentro, pra peneirar um porto nessa tempestade. Escrevo pra suicidar no vento o peso das palavras. Escrevo para me libertar. Escrevo pra transpassar fronteiras, pra alcançar certos ouvidos, e me perder no meio daquela barba. Ahhhh minha excitação por barbas! Já se sabe quem provocou. Eu escrevo aqui porque a poesia tatuou em mim o gosto pela vida, pois essas palavras são quociente das minhas experiências. Talvez eu escreva para máquinas e robôs. Ninguém lê mesmo. A vida acontece no virtual dos corações frios e se desmancha no grito de horror proclamado na esquina dos contos, (a)casos, (des)encontros. Escrevo para sentir a mim mesma e não sentir a maldade alheia que permeia, que espreita. Escrevo porque se eu gritasse ecoaria apenas aos mudos. Neste mundo de poucas cartas e muitas selfies todo diálogo é de surdos. Eu escrevo porque escrevo, não há explicação.
Ando desacreditada de tudo, menos nas coisas que escrevo. Os papeis ultimamente viraram algo idolatrado para mim.
Porque escrevo?
Porque procuro alinhar palavras que traduzem meu pensamento e este num texto? Porque publico esses textos e o que espero com isso?
Assentimento? Concordância? Solidariedade? Simpatia? Reconhecimento? De quem? Para que?
Não há novidades nas minhas palavras. Tudo o que tinha que ser dito, escrito e lido já foi.
Escrevo o que todo mundo já sabe e no máximo talvez se pergunte:- Porque eu nunca pensei isso dessa maneira?
Escrevo porque gosto, sem nenhuma preocupação em ser original.
Afinal, quem é original? As palavras são sempre as mesmas, apenas são dispostas de maneira diferente.
Não há, aprendizado para escrever, existe a observação do que acontece com a gente e perto da gente e vontade de deixar um testemunho do que se viu e viveu.
É poeta, a vida não ta fácil pra ninguém...
Um dia pensamos que somos felizes
No outro bate a tristeza, e não enxergamos na vida muita beleza...
Parece que tudo é de mentira, inclusive as pessoas, que não nos passam firmeza, e gera em nós incertezas.
Vivemos com desconfiança.
Mas, no fundo, ainda temos esperança.
Esperança que tudo pode mudar e que talvez amanhã tudo possa melhorar,
talvez o nascer do sol venha com a brisa do amanhecer
um novo sonho que nos motive a viver.
Novas metas e pensamentos, felicidade que não se vá junto com o tempo.
Sei que pra ser feliz devemos controlar os pensamentos
Porque eles afetam o nosso sentimento
E pode nos gerar dor e lamento
Mas qual poeta não sofre, por não saber administrar os sentimentos?
A gente escreve pra não surtar, porque a mente às vezes chega até a travar...
Poeta quer achar resposta pra tudo
E carrega na mente um mundo
Ai de nós se não fosse caneta e papel...
Ai de nós se não tivemos essa nossa forma de desabafar escrevendo...
Estaríamos pouco a pouco morrendo...
Era difícil conversar com as pessoas porque elas não tinham tempo para ouvir. Então eu escrevi um livro.