Escrever
Foram oito meses
Sem mais e sem menos.
No primeiro mês, com dor no peito eu escrevia a minha poesia
Conheci essa morena, um amor a primeira vista
Me ganhou com seu sorriso e carisma.
No segundo mês, eu a encontrei,
Já estava apaixonada, eu dizia,
Mas o coração ainda doía.
Lembro de segurar sua mão pra baixo e pra cima.
No terceiro mês, o seu bom dia era tudo o que eu queria
Seu sorriso iluminava o meu dia
Então parei de escrever versos
Sobre um passado que já não me feria mais.
Ela já fazia parte de mim ainda no quarto mês
Juras de amor e de carinho
Eu te escrevia versos de paixão ao vivo.
Sua voz eu ouvia ao anoitecer
Sussurrando bem baixinho á me aquecer.
A insegurança às vezes batia,
E você me batia mais ainda.
Você jurou seu amor no quinto mês
Me cativou e se esquivou
Você se importou, mas nunca se apaixonou. Palavras aqui, palavras ali
E você diz que já não sentia.
Me machucando mais uma vez
Eu me afogando em embriaguez.
No sexto mês você se disse arrependida
Se comprometeu,
Disse que o amor da sua vida era eu.
Então ele apareceu
E você se escondeu
Com todos os meus pulmões eu gritei
Mas você não respondeu.
E meu mundo a escurecer
Voltei a escrever.
Por que você me deixou se eu era o seu amor?
E o fim da nossa história se concretizou.
Você foi o motivo pelo qual parei de escrever,
E o mesmo motivo pelo qual voltei à o fazer.
Sempre tive pra mim, que o instinto é melhor que a razão. A razão nos faz pensar que somos fodásticos; o instinto nos faz cautelosos...
Fresta de luz "Educação"
Se observo, aguço algo.
Observo mais...
Meus sentidos dizem, vá em frente.
Tento entender o que ele pede.
Quanta inquietação!
Inconscientemente sei o que é.
Tenho que observar mais!
Observo, tem coisas lá!
Se tem, posso conhecer!
Conhecendo, ficarei atento.
Pois, com certeza tem mais.
É uma fresta de luz.
Vou entrar sem medo!
Vou aprender e saber o que é.
Nossa! Quanta coisa.
Como não observei antes?!
Tudo tão perto e tão claro.
Uma fresta de luz mudou tudo.
Observei, conheci e aprendi.
Será que fui relapso?!
Não! Não! Não!
O botão de acender a luz, não estava no meu alcance.
Ufa!!! Foi muito bom observar e matar a curiosidade.
Agora se apagarem a luz, acennndo!
Era isto que meu inconsciente guardava.
Com tudo claro, acabou a inquietação.
Posso observar e conhecer tudo que quiser.
Tenho que espalhar a novidade!!!
A luz é pra todos...
Consegui ver onde está!
E não vou deixar de contar.
Não tinha segredo é nem era bicho!
Simplesmente alguns queriam dominar.
Segredo?! Somente alcançar o botão.
Contei pra todo mundo!!!
O botão, é a luz da educação.
Aprendi! Acabou inquietação.
Por Rica Almada
Quando eu estou escrevendo um livro e tenho a sensação de que já escrevi aquele enredo, mas vou pesquisar e não escrevi. São só acervos do meu pensamento. (26/05/2017)
Tudo nesta vida escapa de nossas mãos, a vida é efêmera, os momentos são fugazes. Nada se leva, até mesmos as frases e as palavras já não são mais minhas. Então por que escrever se nem elas me pertencem? Elas ficam aqui de presente, por fim, ao mesmo tempo são eternas. Mas entanto por que não escrever? Se elas surgem, tratarei de escrever!
Só resta tempo para viver...
Ao mesmo tempo, pelo que se vive e se escreve. (E por o que se vive se escreve).
(08/02/2018)
Tudo o que escrevo é sempre muito grande, não cabe em muitos lugares, e descobri que não cabe a certas pessoas também. (20/02/2018)
Escrevo porque existir não basta! Escrevo porque é o que resta, não sei por que escrevo. Mas por que não escrever então? (21/02/2018)
Primeiramente escrevo primeiro para mim. É um organizar de ideias ou para as organizar, colocar as coisas no lugar. É em voz alta falar (mesmo sem sair uma palavra da boca). Ao mesmo tempo várias, que pela mente são eternizadas, digo, pela escrita (que então no caso: guardadas). (21/03/2018)
E os sonhos não vividos...
Aqueles, que ficaram num cantinho a esperar [?]
Uma noite, apenas, ou um dia...
Irrelevante o tempo!
Quando só momento importa.
Caminho eu, pesado agora.
Tamanha bagagem que arrasto...
Depois de você...
Caminho eu, pesado agora...
E meu sol não tem mais cor...
Embora, me queime a pele...
E me provoque o suor.
Não me basta para me aquecer a alma...
Não me basta, para acalmar
meus intrépidos pensamentos!
Suave é a noite, ouço alguém dizer...
Então, por que, aos sobressaltos,
Tenho pressa de chegar?
Tenho pressa de partir?
Tenho pressa de esquecer?
Tenho pressa de dormir?
Tenho pressa de acabar... [?]
[...] agora eu estou falando como gente com os dois pés no chão. Gente que não complica; gente que, embora saiba que existem caminhos e voltas que a vida dá, sabe também que existem atalhos, atalhos que estão ali, com a finalidade de se encurtar os caminhos que são longos e não raro íngremes e cheios de pedras. Se for esperar por essas voltas, pode ser que nem aconteçam, ou demorem muito, ou ainda; aconteçam em um momento que não é mais nosso. Agora estou falando como gente que vive também momentos de lucidez e sobriedade. Gente que sabe ouvir não, mas gente que gosta de ouvir sim, às vezes, pra variar.
Nunca superestime ninguém. Nem mesmo você. Evite se sentir a última bolacha do pacote, sob pena de descobrir que não passou de farelo que, jogado ao vento, não serve nem para alimentar os pássaros, pois, sequer sabe onde vai cair...
Quem sabe?
Eu não sei,
Mas vou averiguar
Se me calhasse
Fazia para resultar
Mas eu não sei
Até pode acontecer nunca saber,
Só queria um pouco enxergar,
Pelo o escrever
Não pelo o amar.
E se eu não souber?
Apenas devaneio
Não pelo o que escrevi
Mas por aquilo que leio.
Minha mão está fria,
A mente está vazia
E de momento, ela mente
Como da noite para o dia.
Uma mistura de sentimento,
Frequente, bem se sente,
Esta utopia ascendente.
A escrita é um outro universo,
E ao longo do verso
Me faço identificar.
E não sendo muito perverso
Nem nada o inverso,
Dá-me mais prazer escrever
Do que propriamente acasalar.
Renasci quando nascestes...
Incansável, por ti foi minha espera...
A cada dia em que o vazio me tomava,
eu te buscava!
Renasci quando nascestes...
Reconheci-te num rompante,
Num segundo
Num instante...
Descansei minha espera em ti
Como um andarilho,
já cansado do caminho...
Reconhece o lugar a descansar seu corpo,
Da áspera jornada,
da [in]certeza do amanhã...