Escrever

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⁠Talvez um dia eu consiga
escrever o teu manual,
saber de cor cada detalhe
do que te faz feliz.

Antes de escrever eu penso muito. Levo mais tempo pensando do que escrevendo.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

A cada dia, você tem a oportunidade de escrever uma nova página na sua história. Não deixe que os obstáculos te impeçam de seguir em frente. Você tem o poder de transformar os seus sonhos em realidade. Acredite no seu talento, na sua força, na sua vontade. Você é um vencedor e pode conquistar tudo o que deseja. Só depende de você! 🙌

Antes mesmo de saber escrever seu nome, eu me apaixonei por você.

Escrever é começar a partir de algo que se supõe saber e descobrir coisas novas no meio do caminho.

Ana Suy
A gente mira no amor e acerta na solidão. São Paulo: Planeta do Brasil, 2022.

Se a minha mãe acha que eu vou escrever sobre as coisas que eu sinto, ela vai ficar decepcionada. Só concordei em escrever nisso porque um dia eu vou ser rico e famoso. E vão querer ler sobre os meus primeiros anos, então faço isso por eles.

(Auto)Biografia Não Autorizada

Escrever uma (auto)biografia já é uma árdua tarefa por si só. Viver é biográfico. Por mais público e notório que se seja, a distinção entre o público e o privado é ou será sempre a distância elementar entre a cozinha da casa e sua latrina.

Os cômodos de uma casa são praticamente a realização da vida de uma pessoa. E é nela, esse pequeno feudo chamado lar, em que escrevemos com sangue, suor e lágrimas os momentos significativos e significantes de nossa estúpida e singular existência.

Talvez por isto, essa distância tão hegemônica à tantos mundos, em que quartos e salas, áreas distintas entre o lazer e o serviço, sejam tão pouco comensais. Um olhar sobre si mesmo recai muito mais sobre nossas mentiras do que sobre nossas imprudentes verdades.

Ao certo e para tanto: verdades não nos interessam. Por si mesmas já desencantam. Desmistificam. Desmitificam. E isto é trágico.

Ser sincero é ser sozinho: egoísta demais para conviver com a fragilidade da existência e sua incompletude.

Caso não queira ser contrariado, por favor: não nasça! Desejas ser perfeito? Morra!! Somente a morte nos torna, retorna, reflete em si, o que por ventura ou desventura é perfeito.

Há quem diga da perfeição divina. Nem nela, aos 120 anos de idade, um homem de bom senso crê.

Não por sua latente companhia. Aliás, de ambos: Eros e Tanatos. Juventude e decrepitude sempre andam juntas. É como saber e ignorância: como necessitamos de justificativas para nos dizermos sãos. Como precisamos tanto da palavra igualdade para nos afirmarmos únicos e tão únicos, tão donos de nós próprios: livres. Encarcerados em uma bolha de ares não respiráveis, mas livres!

E nada como afirmar: o amor é azul! A terra é azul. O mar é azul. O ouro é azul. A morte azul. A chama da vida: o fogo é azul!!

É... A lua, no entanto, é cor de burro quando foge! Ou algo meio insonso, insípido. A lua é sem sal. E tudo sem sal é, na modernidade de nossos pré-tumulares, bom. É preciso iodo. Não etos, atos. Sei lá mais... Em um mundo formatado em óides, úricos e ídricos, apenas os hídricos e hesitantes são totalmente descartáveis para o bem maior da integridade econômica (reciclável) glocal.

O êxito é uma palavra sagrada. Secreta. Guardiã da eternidade. Mãe da sobriedade. Talvez natimorta. Já que o que se revela no hoje o é em sua totalidade. E há que fale sobre sustentabilidade. Vá entender lá o que é isso!? Na antiguidade, e nunca sequer saímos de lá (se é que lá estivemos ou chegamos!?), era a legalidade da escravidão! O que não está longe, mas bem presente! Enfim, nada como ser troglodita.

Outro dia estava lá, debruçado sobre os escombros de si mesmo e solicitando piedades aos transeuntes, o meu precursor: algo de resto entre o preto, o branco e o qualquer coisa chamado de índio. E rio-me quando afirmam-nos cinza. Acaso trate-se da cor: ainda há como escolher entre escuro ou claro; mas tratando-se de ou da existência, resistência, força, qualidade, propriedade, serve ao menos para salgar a caça que sobrar. Acaso sobre.

Falava-se outro dia sobre a fome. Não a conheço. O que conheço possui outro nome. Chama-se estupidez. E nada é tão farta no mundo quanto a estupidez. Estupidez e ignorância são sinônimos da igualdade que se busca e da sustentabilidade que se conquista no “por ora” das horas extras não pagas.

E cobrá-las acaba por ser direito, porém, incoerente. Afinal, a previdência é a previdência. E para ela hora extra não existe. Não conta como tempo de serviço. Ou se conta, onde estão os dez, quinze anos nelas embutidos e consagrados à vã gloria do proletário. Assiduidade. Nada como ser assíduo. Nada como a mais profunda competência. Relevância. Excelência. É bom também! É ser sustentável... No mínimo: auto-sustentável, ainda que imóvel.

Imóvel. Creio bem mais nesta palavra do que na liberdade ou esperança. Um dia foi-se criança. E hoje é-se velho, arcaico, deprimente, descartável – principalmente se não possuir renda ou recursos. E tem-se apenas vinte anos... O que dizer de quem chegou – sobrevivente – aos sessenta, setenta, oitenta, cem...

E sem é uma palavra derradeira. Porém cada vez mais comum. Assim como imóvel. É... O latifúndio venceu: a cova rasa é um direito legal, porém, distante, bem distante do lugar comum. É um imóvel. Como cada vez mais nos tornamos...

O pedágio está nas ruas, nas vielas, nos becos e avenidas, está nas praças, nos concretos e congressos, nas concretudes constituídas no pânico e no medo nosso de cada dia.

É o patrimônio que somos. O legado que deixamos. A biografia. A historiografia real e ampla de nossas palavras, atos e omissões. E tudo é trabalho. Tudo se resume ao servir, ao prestar, ao eficiente e eficaz. Aos meios e recursos recebidos. Às habilidades e competências adquiridas. Ao uso. Usufruto, talvez!? Usucapião, sempre.

Memórias são assim: fragmentos de nossas conveniências.

E como somos tão determinados por nossas inconveniências. Como somos julgados segundo nossas misérias. Como nos espelhamos tanto em dependências.

O mundo não é um mundo de luzes. Ele é constituído e consagrado através da escuridão. O obscuro e o oblíquo são as forças motrizes da existência. Precisamos muito mais dos vícios do que das virtudes... Pessoas virtuosas não nos são úteis.

E no fim desta, assim como as demais, pouco nos importa ser Dante ou Cervantes: de nada ou pouco a prata abasta. Tanto faz perguntar sobre o caminho: “as aves do passado não repousam no mesmo ninho do agora”.

Ter um Deus apenas, não é algo de bom senso.

Falar de amor não é bom. Amar faz bem, só isso. Saber amar é que é difícil: tanto de aprender, quanto mais, ensinar...

Perdão?! Não conheço! Mas esquecer vale a pena.

Vou viajar. É comum ao tempo fazer-se espaço. Na bagagem quase nada levo. O suficiente para uma semana, ainda que a jornada leve décadas. Esteja onde estiver, lá estarei completamente nu. E isto me é bom e sagaz: ser sempre incompleto. Satisfatoriamente, incompleto...

Quem eu sou ? Uma menina mulher que ama escrever, apaixonada por música e que vive num mundo de sonhos e devaneios !

Eu quero escrever o romance do nada. Eu quero mostrar a mais secreta das suspeitas humanas: a de sua própria inutilidade.

O meu cuidado vem de um Deus que tem o final da minha história na palma de suas mãos. É nesse Deus que eu creio – eu não abro mão de crer. Não importa que circunstância eu viva, eu sei em quem tenho crido. E o que eu mais admiro em mim, é a minha capacidade de sorrir em meio à tempestade. Eu choro, e choro tudo que eu tenho pra chorar, mas amanheço com as forças renovadas e com o sorriso largo no rosto. Quem foi que disse que preciso ter motivo pra ser alegre? A minha alegria é interna, eu não sei explicar... Na verdade, eu acho mesmo que não exista uma. A única certeza que eu tenho é a de que a minha capacidade de superação vem do alto.

Têm dias que se dependesse de mim, eu não me levantaria da cama... Quantas vezes eu tive vontade de pegar um avião sem destino e nunca mais voltar de onde parti. Mas aí eu lembro que não há luta que um dia não acabe... E levanto a minha voz e agradeço a esse Deus que me ama incondicionalmente. E é por isso que independente do vento contrário, das ondas gigantes, e dos dias cinzentos, eu quero a cada amanhecer agradecer por estar viva, e com a saúde em dia – eu não abro mão de agradecer. Pq metade de mim é gratidão, e a outra também!

Que eu me apaixone todos os dias por esse Deus!

Cada um terá a vista da montanha que subir.

— Icaro Fonseca

Não mando nada pra debaixo do tapete, não acumulo poeira jamais. Pq de perfil, eu só fico pra tirar foto, a vida se encara de frente. ;)

Diga a eles tudo o que eu sei agora
Grite isto de cima dos telhados
Escreva isto no horizonte
Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E que meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles que o que eu esperava seria
Impossível

É engraçado... É contraditório, pq lembranças são pensamentos que ninguém pode nos roubar. Ao mesmo tempo, falar de lembranças é rever o passado, é reviver em pensamentos, cheiros, lugares, pessoas e sentimentos que devem ficar no lugar que cabem a eles. Eu sempre fui meio inconstante, hoje menos que antes, mas têm dias que eu não consigo segurar a saudade. A saudade de tanta coisa que vivi, a saudade de coisas e de pessoas que passaram, mas que o pensamento, muitas vezes, insiste em não esquecer. Me deu saudade do que me marcou, dos momentos bons e dos ruins, das gargalhadas e das lágrimas derramadas. Me deu nostalgia de acontecimentos que não voltam mais.

Mas quem olha pra trás, vive uma paralisia desnecessária. Então, eu escolho olhar pra frente, seguir o meu caminho, que de perfeito, tem muito, muito pouco. Mas é nesse desafio diário chamado “vida” que eu me refaço e tento aprender e crescer. Ser feliz é uma questão de ponto de vista, sorrir é uma decisão e, ao longo dos anos, aprendi que é melhor ser alegre que ser triste, já dizia o poeta. E se posso dizer sim, e se posso ser otimista, e se posso acreditar, e se posso sorrir, pq vou chorar?

Momentos vividos não voltam, por isso, por gentileza, traga-me um livro novo. Quero páginas em branco não pra fazer tudo diferente, mas pra fazer como eu sei. E apesar de tudo, me considero alguém mais forte, mais madura, mais “peituda” pra encarar a vida como ela é. Mas a escolha mais linda que fiz até hoje, foi a de descansar em Deus. E isso não quer dizer ficar parada, mas confiar e crer que Ele, só Ele tem o controle da minha vida. Eu só consigo ser feliz assim, com a minha vida inteira nas mãos de um Deus que me chama de filha, que me ama incondicionalmente, que cuida de mim nos detalhes e que me faz feliz, muito feliz!

E apesar de tudo, eu só tenho a agradecer, pq dentro de mim só cabe gratidão.

Quem escreve deve ter todo o cuidado para a coisa não sair molhada. Da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal.

Graciliano Ramos
CAETANO, S., Graciliano Ramos - Biografia ilustrada, Record

A águia tem vocação para as alturas. Aprenda a voar alto. Não limite-se a voar na tempestade. Seja como a águia, que voa acima da tempestade. E acima da tempestade, querido, o céu continua azul, o sol continua brilhando, porque lá o tempo continua lindo. Tenha visão de águia!

Precisa dizer o que sente quando sente as coisas. Não pode ficar no quarto escrevendo cartas que nunca enviará.

Já parou para pensar que os sonhos que sobrevivem aos devaneios são indicadores do que somos e para onde devemos ir? Pois é, sonhos relutantes indicam o que viemos fazer aqui.

— Icaro Fonseca

Só conseguimos deitar no papel os nossos sentimentos, a nossa vida.

Eu nunca tive nenhuma pretensão em ser perfeita. Eu quero é melhorar todos os dias, pq esse é o meu maior desafio diário. Deixar de pensar mal de alguém, falar mal de alguém, desejar algo de alguém, e por aí vai... É nisso que eu quero melhorar sempre, o meu compromisso é comigo e com Deus. Satisfação da minha vida eu dou a mim mesma, mas as nossas atitudes marcam e demonstram tbm quem somos, e precisamos entender que convivência, apesar de ser uma via de mão dupla, depende muito de nós, da nossa maneira individual de agir. Então, eu quero me tornar melhor do que fui ontem e acho que tenho conseguido. Mas ainda tenho muita pedra pra quebrar.

'Sempre tive preferência por pessoas que sorriem sem motivo, que gostam de abraço e amam de verdade.' Não me refiro a pessoas “boazinhas” o tempo todo, pq dessas eu tenho certo receio. Ninguém é 100% bom, ninguém agrada a todo mundo, ninguém é unanimidade, e se vc for, preocupe-se, pq tem algo 100% muito errado com vc – rss!

Eu me permito sempre, pq só sei que sou capaz depois de tentar. Sinto-me feliz só, gosto da minha companhia, gosto de ter o domínio do controle remoto, e ainda não descobri uma vantagem ‘super poderosa’ em estar casada. Mas sou fã incondicional da família.

Eu tenho pressa, Deus não. Mas aprendi a não viver ansiosa, pq com o tempo a gente entende que algumas coisas nunca vão depender só da nossa vontade pra acontecer. Mas tbm compreendi que ‘sonhos não têm pernas, mas eu tenho’ e se eu tenho, preciso criar minhas próprias possibilidades, ninguém vai fazer isso por mim.

Não sou uma amante da estabilidade e nunca tive medo do incerto. Não posso temer trocar o certo pelo duvidoso, pq de certo mesmo só a morte. Eu tenho é medo de ficar onde estou, pânico de ficar parada na mesma estação, pq eu amo o novo, e é do novo que eu quero viver.

Não vivo, atualmente, as melhores coisas na minha vida. Mas sinto dentro de mim que a melhor fase da minha vida é agora. Pq o passado já não pode mais ser alterado, o deixei passar e o guardei no lugar que cabe a ele, mas o que vivo hoje depende exclusivamente de mim. Por isso, tenho me preocupado em mudar meus hábitos. Já não vejo mais TV como via antes, já não leio mais qq livro, já não perco mais meu tempo com conversas fiadas e mesmo amando dormir, já convenci o meu corpo que 8h bem dormidas são o suficiente pra acordar bem disposta, mas foi difícil – rss!

Jamais me deito sem ajoelhar pra agradecer a Deus por Ele me amar tanto, mesmo sem eu merecer. Deus é tudo na minha vida... E sem Ele sou alguém sem vida, sem cor, sem graça... Sem Ele sou alguém sem a porção do novo.