Escrever
Quando eu escrever algo se estiver faltando vírgulas é por que não gosto delas vc prestando bem atenção nelas perceba que ela tem formato te gatilho e como um exímio atirador não gosto de usa-las.
Acabei de descobrir que a fome me desperta vontade de escrever, já sei: vou fazer uma dieta das grandes e escrever um livro para matar a fome de leitura de alguém sensível.
Hoje eu to-que-to a inspiração acabou tento escrever, mais nada me vem a cabeça, tento e tento e nada, não consigo atinar lé com cré e nem tão pouco cré com lé.
O branco do papel
Acordei hoje com uma enorme vontade de escrever. Escrever sobre tudo. As idéias fervilhavam em minha mente com tanta velocidade que os meus gestos não acompanhavam.
Há uma vida com tantas experiências, uma gama de acontecimentos comuns, incomuns, pitorescos. Há sonhos que foram vividos e que estão por se viver.
Há personagens, idéias, desejos, acontecimentos e cenas que podem ser transcritas para o papel com muito bom humor.
Acordei hoje com uma enorme vontade de escrever, mas cadê?
Olho para o branco do papel que me afronta e não consigo delinear uma linha sequer.
Olho para o branco do papel e penso em fazer um origami, mas lembrei-me, de repente, que não aprendi esta milenar arte japonesa.
Olho para o branco do papel e sei que nenhum sabão o faria tão branco.
Olho para o branco do papel e penso que o reciclado é nobre em sua função de reaproveitamento, mas por isso não é tão branco.
O branco do papel me afronta.
Quero compartilhar o meu amor pela escrita, quero compartilhar pensamentos transformados em frases, mas o branco do papel me afronta.
Penso que talvez não seja o branco do papel, mas o branco da minha massa cinzenta é que esteja rindo-se de mim em afronta.
Quero jogar fora o papel branco que me afronta, mas não posso porque não devo desperdiçar. Ele continua branco, vou guardar. Lembro-me também que não posso amassá-lo porque é virtual, assim como o lápis que são, na verdade, meus dedos coordenando a ordem das letras e formando palavras.
O branco do papel continua tão branco no fundo com letras negras em linhas retas. As letras contam experiências, sonhos, desejos, virtudes e faltas.
As letras contam pessoas, amizades e borram o branco do papel com vida.
O branco do papel continuará sempre, se escrevermos, ao fundo; se não escrevermos em sua totalidade. Mas não escrever é não deixar uma estória e não ser.
Lucia Carmen Peixoto Fonseca
Hoje já não consigo mais escrever sobre o passado, enquanto ontem, era tudo o que eu conseguia escrever. Mais uma prova de que tudo isso vai passar.
Para se escrever, não é necessário ter muito, não é necessário conhecer... basta apenas, saber transferir sentimentos para um papel.
Escrever não é apenas escrever, escrever é viver, e só que vive de verdade, expressa tudo o que sente, revela o mundo que existe dentro de sua mente.
Poeta não é aquele que sabe falar ou escrever coisas belas, mas sim aquela que expressa seus próprios sentimento.
Tudo que eu faço resume mentalmente no verbo ESCREVER.Toda ação me faz escrever um texto na minha própria cabeça,algo totalmente no automático.Escrever pra mim é uma ação involuntária como respirar.Porém,nem sempre coloco pensamentos em papéis.Eu não quero,eles são meus e a maioria eu prezo para que realmente sejam somente meus.Por isso os escondo e trapaceio.Não ache que isso é um pensamento meu totalmente explícito,por que não é.Minha cabeça não tem paredes de vidros,e sim,tenho ciumes deles.
Estava trilhando meu caminho a pouco e parei para escrever...
Talvez seja mais emocionante do que criar os caminhos, talvez eles sozinhos vão se ajeitando e tomando o seu curso, o curso que você escolhe com todas as suas imperfeições.
Os seus sentimentos vão traçando seus caminhos de forma imperceptível pra você .
E aí, lá longe... Você vê como seu caminho foi lapidado, e imagina, percebe que com a mente atual você não precisaria passar por certas coisas para aprender outras.
O tempo nos faz esse favor...