Escrever
Tudo é poesia
Escrever o que sinto e sentir o que escrevo
É traduzir em palavras tudo o que vejo
E tudo o que vejo são poesias não escritas
Escondidas nas entre linhas do cotidiano
Milhares de olhares que se cruzam na multidão
E que permanecem no anonimato
Todos os dias,
Pra mim é poesia
O canto dos pássaros
Que se misturam com as buzinas dos carros
Árvores que disputam o espaço com os prédios
A cidade se tornando mais cinza...
Também é poesia
O belo e o feio
O sagrado e o profano
O Divino e mortal
O culpado e o inocente
É poesia!
As frases que se formam feito arquiteturas
Que se edificam na areia
Mesmo sem obra que a faça,
Torna-se poesia
E o prazeroso se faz infinito
Não pela semântica do discurso
Que também é poesia
Mas pela tradução feita pela alma
Amo escrever o que sinto
E mais ainda
Sentir o que eu escrevo
Isso é poesia!
Escrever é um dom que poucos tem, alguns possuem apenas movimentos das mãos e deslizes dos dedos; utilize pensamentos para coisas que tenham crescimento e aí muita coisa vai a frente!
Olha, eu não sou poeta, mas por gostar muito de ti resolvi escrever um poema: Saiba que a esperança conforta-nos e garante a certeza de um futuro melhor, se um dia o olhar dos meus olhos atrair teu coração, a alegria do teu rosto transformará minha vida... Adoro-te muito beybe acredita.
Ainda que todo Céu fosse papel, toda Água fosse tinta e todo Capim fosse caneta, não seria suficiente para descrever o que sinto por ti.
Preciso escrever por que só volto a me sentir,
Preciso escrever para todo mal se afastar de mim,
Hoje sofro da maior solidão aquela que você esta só no meio da multidão
Mas hoje tenho fé que vou voltar a sorrir,
Por que o amor volto a sentir
Não a simples palavra amar
Mas sim o desejo de me apaixonar,
Amar e ser amado, sentir o calor do sentimento.
O sentimento puro e agradável, sentir o sabor de ser amado.
Não quero lhe escrever versos sem vida e sem emoção para tentar ganhar um amor perdido como algo nas mãos em aflição;
Não quero suas lágrimas, mas sim o teu coração para me perder em um abraço que me acolha na face oculta de seus sentimentos;
Não me deixe escapar das suas investidas para aquecer-me em um plácido momento para caminharmos juntos a leitura dos meus pensamentos;
E é uma necessidade de escrever, de jogar tudo pra fora, como um vício inacabável, inabalável, impossível de parar, de controlar. É algo extremamente complexo, sensível. São apenas palavras escritas em papel, num bloco de notas, são só palavras. Palavras essas que salvam a noite mais fria e solitária de um ser. Palavras essas que sufocam o escritor, se guardadas. Elas - as palavras - são perfeitamente bem guardadas num papel quando não publicadas. Uma epilepsia toma conta do escritor quando os pequenos versos não são expostos pra fora de si, pra fora de seu coração. Não adianta guardar as mágoas, o rancor, o ódio... Jogue tudo pra fora. Não importa o seu vocabulário. Não importa sua experiência com palavras, ou até com as ações. Apenas importa que um dia você não morra sufocado com tais palavras amarguradas em sua garganta.
Dieta
Despeço-me desta lida.
Tomo outros rumos.
Escrever já não me alegra.
Meus versos se esvaziaram.
Esqueço até de regras.
Já estou no mata piolhos,
Faltam-me dedos para alçar.
Sendo assim não vejo,
Razão para continuar.
Antes era fácil.
Eu espetava umas palavras,
Temperava com pedacinhos de sonhos,
Polvilhava com abundantes ilusões.
Pronto. Só degustar.
Agora não.
Palavras não me apetecem.
Temperos a vida já não contém,
Ilusões não fabricam mais.
Sonhos ficaram lá... Bem pra traz.
Entro numa dieta rigorosa.
Consumirei apenas aqueles olhos magros.
Mergulhados sobre os meus.
Sem os deliciosos beijos doces,
Sem os apertos gordos ofegantes.
Momentos pouco picantes,
Sem as cenas do romance.
Deixo a magreza poética me vencer,
Não farei forças para reagir,
Não vai fazer diferença.
Pra mim chega.
...Não quero mais escrever.
(Publicado na Antologia Poesias Encantadas V)
Nao quero escrever palavras toscas, quero simplesmente deixar publicado aquilo que penso, que creio e que vivo.
Amadurecendo com cartas de amor
Eu costumo dizer que escrever carta de amor é mais fácil que achar música dos Beatles com nome de mulher. O tema é bacana, a inspiração vem fácil, enfim, é um dos temas mais prazerosos de se escrever sobre. Ainda mais pra quem vive – ou pelo menos tenta viver – da pena, como eu. Mas e quando você já escreveu mais cartas de amor do que consegue lembrar? E quando a sua namorada anda triste porque o namorado escritor dela não a escreve nada há meses? O que você faz? Vou te dizer o que você faz: uma carta de amor, como as outras, ridículas.
Depois de algumas namoradas e centenas de cartas, a principal característica que se nota é o amadurecimento. Se antes eu pensava em morar sozinho por causa da minha liberdade e em morar na cidade porque é perto de tudo, com a minha namorada hoje em dia eu penso em morar em uma casa, porque vai ser bom pros nossos filhos, e penso em morar não tão perto assim da cidade, porque ela é alérgica e um pouco de cheiro de mato vai fazer bem.
O salário que antes eu almejava para comprar um carro melhor ou um videogame novo, hoje não é suficiente, pois os planos mudaram e eu comecei a pensar em escolas pros nossos filhos em alguns anos e em proporcionar a ela no mínimo o padrão de vida que ela possui hoje. Na minha cabeça meu carro não é mais meu, meu dinheiro não é mais meu e, principalmente, meus planos não são mais meus. São nossos.
E quando eu me peguei pensando que vamos ter que ter um escritório em nossa casa, porque eu gosto de escrever de noite e se o computador ficar no quarto vai atrapalhar o sono dela, que dorme cedo? E quando eu começo a fazer anotações sobre livros que meus filhos vão ler, músicas que eles vão escutar e padrinhos pra eles? Isso tudo sem ainda sequer ter casado.
Depois de muitas namoradas e muitas cartas, tem-se a desvantagem da falta de assunto, claro. Mas se tem também a clara vantagem de se ver o que ontem era somente amor e paixão se transformar em vontade de construir uma vida junto com alguém. Não costumo escrever sobre assuntos panfletários, mas às vezes me parece que você, do alto da sua insegurança de mulher linda que tem medo de borboleta, acha pouco lhe falar somente ao ouvido que eu te amo e que quero me casar com você. Por isso eu estou te falando agora, pra todos lerem, comentarem e encherem meu saco depois: eu te amo.
Eu não parei de escre(ver), não parei de escre(ver) pra você, pra mim. Das vezes que eu mais me findo ao chão, eu fico perdida lá em baixo daquela nuvem passageira medíocre, parada por uns tempos, recompondo-me até passar. Meus pulmões mal sabem ‘respirar’ sem que eu use a minha bombinha de bolso para o ar entrar, sair e o sangue fluir escrotamente...
Eu quero ser escritora. Este é um sonho antigo que alimento em mim todos os dias. Quero escrever porque não consigo olhar o mundo sem perceber as pequenas coisas que passam desapercebidas. Costumo olhar as coisas de um modo diferente da maioria das pessoas. Quando olho uma rosa, não vejo apenas a flor em botão, mas a tonalidade de cada pétala, a textura, o tamanho, as nuanças... como se minha alma pedisse para amá-la com os olhos!!! Nunca vi os espinhos com maus olhos, mas como um meio de proteção que Deus colocou nessas flores tão delicadas e de vida tão curta. Têm folhas pequenas para dar espaço para o sol entrar.
Assim é cada coisa neste universo. Cada ser guarda em si características únicas e necessárias para a sobrevivência. Quando o homem altera a essência e o modo como a natureza se apresenta ele quebra um ciclo divino e rouba a vida de muitas criaturas. Nada existe simplesmente por existir. Cada gota de chuva que cai do céu é um fragmento do universo, assim como nós.
Espero que um dia as pessoas percebam o quanto são pequenas e dependentes da natureza...O tempo urge...Nossas vidas estão em perigo!!! Não há castigos! Não é vontade de Deus que o homem sofra. É o próprio homem que desgraça a própria espécie quando quebra o ciclo vital, quando subjuga os animais, quando mata por prazer e ganância, quando destrói para alargar suas riquezas.
Somos seres estúpidos e de pouca sabedoria...até a erva daninha que brota em nossos jardins tem sua utilidade, algumas são repelentes, outras são medicinais...Precisamos olhar o mundo, abandonar nossos próprios jardins interiores e vislumbrar além daquilo que nosso pequeno ego permite. Somos seres em extinção, seres que matam a própria espécie e se apoderam de todas as demais.
Não podemos mais continuar acreditando que dominamos o mundo. Não dominamos nada, nem ninguém, o que nos domina é nossa falta de discernimento. Comemos da árvore do bem e do mal, mas não comemos da árvore da vida eterna, portanto, se matamos...morre o mundo...morremos nós!
O mundo anda tão perdido nas magoas e tão sem fé... Então pra que vou escrever sobre as verdades do mundo ? A fantasia é bem mais interessante ..
Quando fico vazia costumo não escrever, quando fico cheia, preparem-se para uma avalanche de pensamentos, por vezes melancólicos demais para serem agradáveis.
Se um dia eu escrever um livro.
Tu irás se achar nele, mesmo que teu nome
esteja lá, (subentendido) ...
Sempre achei lindo quem saiba escrever,
tentei algumas vezes,
mas sempre vi o nada acontecer.
Pensamentos e reflexões, não há nada a temer,
a não ser para um jovem louco velho sábio,
que tinha uma tendência a enlouquecer.