Escravo
Em certo momento crucial para o Rio, aquele da transição entre o trabalho escravo e o trabalho livre e entre a Monarquia e a República, a cidade encarou os pobres como elementos das “classes perigosas” (a expressão foi largamente utilizada em documentos oficiais do período) que maculavam, do ponto de vista da ocupação e reordenação do espaço urbano, o sonho da cidade moderna e cosmopolita.
Ao mesmo tempo, era dessas “classes perigosas” que saíam os trabalhadores urbanos que sustentavam – ao realizar o trabalho braçal que as elites não cogitavam fazer – a viabilidade desse mesmo sonho: operários, empregadas domésticas, seguranças, porteiros, soldados, policiais, feirantes, jornaleiros, mecânicos, coveiros, floristas, caçadores de ratos. Pouca coisa mudou nesse embate disfarçado de cordialidade desde então.
Pois meu corpo já foi vendido como escravo
E não existe bem nenhum em mim, apenas o pecado
Mas eu sei que no tocante ao meu interior
Tenho prazer na Sua lei, Tu és o meu amado
"Eu sou escravo das suas mentiras.
Que já se tornaram minhas verdades.
Sou vítima das suas malícias.
Que me traziam bondades.
Eu sou refém das suas carícias.
Que me traziam felicidade.
Eu abdiquei das minhas alegrias.
Para viver suas vaidades.
Eu hoje vivo um todo de tristezas.
Pois me afoguei nas suas palavras de serenidade.
Eu escolhi me enganar com as suas fantasias.
Que viver minha vã realidade.
Quisera eu que, minhas palavras fossem mentiras.
Mas para o meu desalento, são todas verdades..."
Indio/ escravo/ escravo e indio.
Nordestino (Nordeste de minha lembrança,)
Negro (Lembraça da escravidão.)
Nordestino (No aperreio do memorar a seca veio de morar, meus olhos vieram a alagar por Cariri e Aduke.)
Indio e Negro (Lembro e cuido da minha amada lembrança, bumba e seus barulhos a passar.)
Negro e Indio (A união do pensamento e do olhar.)
Nordestino ( Uma mistura que lambuza a pele.)
Indio ( Grito do meu povo refletido nos olhos de uma pálida pele portuguesa.)
Negro ( Xicotes e gemidos de minha mãe, na dança, no batuque, escuto a voz de Oxalá.)
Nordestino ( Passa boi, passa boi-bumba, dançam os chamados de mulambos, gritam os pardos em cima dos galhos.)
Negro e Índio (
"O grito de independência ou morte, o povo continua escravo do pecado e morto de espírito."
Giovane Silva Santos
Aquele que vive na ignorância é feliz, porém um escravo. Aquele que desenvolve o conhecimento e trabalha para sair da ignorância é infeliz, porém um ser livre.
Se o seu desejo é ter muito dinheiro e consegue, porém dele vira escravo; certamente será um pobre por definição.
Negar conviver na diversidade é roubar de si mesmo aprendizado maior e ficar escravo de seus próprios limites de pensamento e visão de mundo.
Não permita que a tentação torne você um escravo do seu desejo carnal, pós isso pode te levar a lugares difíceis de si trilhar.
"Voz?
Lhe foi negado.
Aceita o legado.
Escravo.
.
Pensamento?
Lhe foi negado.
O padrão instaurado.
Escravo.
.
Na prisão invisível
Grades de crenças
Tudo o que não se pode
ser ou ter.
.
Enquanto reféns
No escuro, o medo
Mentes manipuladas
Na caverna, o mito.
.
Meia luz,
Jogos de sombras.
Na parede do sistema,
Meias verdades.
.
Ouve-se rumores
Da esperança platônica.
A luz do conhecimento.
Liberdade."