Escravidão
Estamos fadados a escravidão da repetição eterna, sobre pressão contínua e mortífera.... Afinal, porque acham que existe uma proposta de salvação? Ninguém tem que ser salvo, do que não seja uma desgraça... Não há ilusão, que exclua a desgraça.
A escravidão existe desde os primórdios da humanidade e ao longo do tempo vem se aperfeiçoando. Existe hoje e vai continuar a existir amanhã. Quem pensa ser livre, não experimentou ainda os limites das fronteiras do curral.
E vocês acham que a escravidão acabou? Não, só mudou de nome de servo e escravo para assalariado, seu apedeuta.
Há dois tipos de escravos : os incultos, que desconhecem a sua condição de escravidão, por isso acham ser livres. Os cultos, que são escravos que enxergam o pelourinho, a chibata, o grilhão, o castigo, a senzala e o sangue. Dessa forma, são insubmissos ou desobedientes aos seus senhores.
“Exaltação Quilombola”
“Sequelas que deixaram profundas arestas,
A marca vil da escravidão,
Na resistência o afro faz a festa
Com toda forma de insubmissão,
Malê reage da ponta da Pedra,
A gana, exclusão e ao desamor,
Exalta toda forma de insubsistência,
Que o povo quilombola adotou.”
A escravidão ainda não acabou!
Quem eram os senhores feudais do Brasil colônia? Quem eram os escravos que enriqueceram tais senhores?
Algumas comparações se faz necessário para nos relembrar que o Brasil nunca deixou de ser Colônia.
Os europeus vieram pra cá com toda sua pompa e porventura não esqueceram a bagagem da corrupção.
O Brasil foi crescendo em termos de povos e culturas, instalou-se deveras com seu sangue verde e amarelo, mesmo em épocas difíceis e ao mesmo tempo superáveis, deixando para trás o sangue azul da realeza.
Fomos descobrindo aos poucos nosso potencial e riquezas e, no entanto, quiseram nos arrancar às pressas e à força, antes que tornássemos maiores do que já somos.
No mesmo sentido, também descobrimos as diversas formas de se defender. Se defender utilizando-se de uma artimanha trazida junto à bagagem Real, a corrupção.
Com o tempo, mesmo através de muitas guerras e conquistas pelos nossos direitos, ainda não sabemos como esse país funciona e isso tudo se deve aos interesses de alguns sobre a maioria.
Comparando a quantidade de senhores daquela época com a quantidade de hoje, mudou alguma coisa? E quanto ao número de escravos em relação ao número de trabalhadores de hoje?
Quando que a “maioria” vai entender que somos a potência desse país? Quando entenderemos que a frase: “o poder emana do povo” não foi escrita à toa?
Existem muitas coisas para serem realizadas neste terreno fértil. Mas, do jeito que a carruagem segue e as caravelas navegam, acho muito pouco provável tornarmos independentes, se é que algum dia fomos!
Portanto, caro leitor, ainda vivemos no Brasil Colônia e toda coincidência é mera comparação.
Quem assume o controle dos outros paga o preço de sua escravidão, porém quem liberta os outros paga o preço da sua liberdade: Qual destas atitudes é a mais cara?
escravidão é ter que acordar todo dia no mesmo corpo com a mesma mente. o resto é reflexo do que negamos de nós mesmos.
A escravidão animal deveria ser enterrada juntamente com a ignorância humana no cemitério do passado”