Escadas
Um pé atrás de três degraus
Não havia me dado conta da quantidade
de escadas que me cercam
nunca pensei que só faz sentido subir degraus a quatro pés,
enquanto os andares passam,
espero que o tempo me aleite,
já que de lentes não preciso [mas assim mesmo,
ainda é trabalhoso, seja lento, seja preguiçoso a passada,
o último degrau está cada vez mais próximo,
e o fim dessa parque não se encerra em diversão.
A nostalgia antecipada
toma conta
dos que temem,
dela ter alta.
De lá ter alta.
Ninguém
Subi as escadas e encontrei alguém que não estava lá
Tornei a subir e ele voltou à não estar
Roguei: Não volte nunca mais
Oh, Deus! Ele nunca esteve lá!
O Deus, ele nunca esteve Ká...
“E lá de foram os três, nos trinques, seus passos e vozes ressoando nas escadas. Animados pela promissora sensação de estarem no limiar do futuro, típica noite de sábado. Uma espécie de antegozo eufórico, como se o resto de suas vidas estivesse pronto para se desenrolar.”
eu fui à sua casa, subi as escadas, abri sua porta sem tocar a campainha, atravessei o hall e entrei no seu quarto, onde podia sentir seu cheiro. e eu não deveria estar aqui sem permissão. não deveria estar aqui. você me perdoaria, amor, se eu dançasse no seu chuveiro? você me perdoaria, amor, se eu deitasse na sua cama? você me perdoaria, amor, se eu ficasse tarde inteira? eu tirei minha roupa e coloquei seu roupão. mexi nas suas gavetas e encontrei sua colônia. fui ao seu covil, achei seus CD's e toquei seu Joni. e eu não deveria ficar por muito tempo, você poderia voltar para casa logo. não deveria ficar por muito tempo. você me perdoaria, amor, se eu dançasse no seu chuveiro? você me perdoaria, amor, se eu deitasse na sua cama? você me perdoaria, amor, se eu ficasse a tarde inteira? eu queimei seu incenso, eu sai do banho, eu reparei numa carta que estava na sua escrivaninha, ela dizia: "oi, amor. eu te amo tanto, amor. encontre-me à meia-noite." e não, não era minha letra. seria melhor eu ir logo... não era minha letra. então me perdoe, amor, se eu chorar no seu chuveiro. então me perdoe, amor, pelo sal na sua cama. então me perdoe, amor, se eu chorar a tarde inteira.
desceu as escadas em silêncio partiu deixando na porta uma palavra importante,gostaria de falar sobre o amor mas como é difícil falar sobre esse sentimento,fiz de tudo para ti esquecer mas vi que a vida não é nada sem vc,por isso ficará quardado no sentimento de quem nunca ti esqueceu!
"Gestalt"
Mesmo aqui encontrei a saída!
Em escadas não calculadas,
Em degraus que se tornam planos.
Onde você começa.
Lugar de nunca terminar!
Espaço reservado!
As pedras em seus caminhos não são obstáculos, mas sim escadas para que você possa subir rumo à sua felicidade.
Se der errado, tudo bem...
Subi as escadas e te vi sentado junto aos amigos, um tanto solitário, pensativo. Aquele olhar fixado em mim, me desafiando, dizia: “Vem”. E eu fui. Me sentei bem ao seu lado e ali, sem perceber, começamos o primeiro dia de toda nossa vida.
Você começou o papo falando de sua ex, de como estava sofrendo por ela, como se eu já a conhecesse. Mas achei que era só um meio de desabafar sem ter que explicar detalhes, então ouvi atentamente, mas tudo o que conseguia pensar era: “Como eu queria te beijar agora”.
O papo verteu para outros temas (ufa!) e eu, volta e meia, saía da mesa na esperança de que você viesse atrás de mim e finalmente me beijasse. Não aconteceu!
Finalmente saímos do bar e fomos à casa de amigos em comum e lá vivi uma realidade surreal. A cada dedo entrelaçado com o meu, a cada carinho em meus cabelos, uma dúvida morria e nascia a intensidade da certeza de que eu queria muito te beijar e queria mais ainda que aquilo tudo durasse para sempre.
Surgiu a oportunidade de irmos lá fora e, finalmente, você me beijou. E foi tão intenso, tão verdadeiro, tão completo, tão sem definição que ao acabar o beijo e só pensava: “O que devo fazer ou dizer agora?” e, no fim, as coisas tomaram forma por si só.
Voltamos para o meio dos amigos e foi mágico ver como eles torciam por nós.
Os dias se passaram e nós, ao contrário de todas as regras de amor e relacionamentos, fomos ficando cada vez mais próximos e ligados.
Se existe amor à primeira vista? Sim. Se existe amor verdadeiro desde o primeiro momento? Sim.
E não há nada que me faça querer uma história diferente da nossa, porque cada dia é um novo dia, mas o sentimento se fortalece e, melhor do que isso, nossa cumplicidade se fundamenta cada vez mais.
Se eu pudesse contar nossa história para mais alguém, eu diria: “Quando os olhos disserem “Vem”, vá!” Vá na hora, sem medo, não espere, não se deixe segurar por ninguém. Vá e só depois veja o que deu, porque só podemos saber onde algo vai dar quando arriscamos ver onde vai dar.
Não existe mapa para saber que caminhos uma relação pode tomar, mas existem sentimentos que nascem sem explicação, sem sabermos de onde nem como e eles podem ser nossa alma nos dizendo “É ali que quero morar”, então vá!
Se der errado, tudo bem. Você tentou e vai poder tentar de novo outras vezes. Melhor saber que não deu certo porque tentou do que passar a vida toda sem saber se daria ou não.
E eu já perdi as contas de quantas vezes eu subi as escadas lentamente a espera de que vc estivesse vindo em minha direção , apenas passar por mim e de canto sorrir como se tivesse visto um conhecido , mas quantas vezes essa cena se repetiu ? Quantas vezes eu subi aquelas escadas esperando vc esta ali descendo e de praxe dando aquele sorriso de canto de rosto , aquele sorriso lindo, Eu já perdi a conta de quantas vezes...
Um homem de sucesso é aquele que constrói pontes ou escadas com as pedras que jogaram nele. A melhor vingança é a construção de algo novo e verdadeiro, valioso e duradouro.
Todo dia, ao nascer da noite
Me aprumo e desço as escadas
Rumo à escuridão sem rumo
vou me enturmando
com a turma que vive
o avesso da vida
e aqueles que nada tem
procurando me equilibrar
tentando me manter em paz
Após cada tropeço
Que o escuro traz
No começo eu chorava
apesar de ninguém querer saber
agora choro pouco
mas aprendi
Que mesmo poucas as lágrimas
elas ainda me lavam a cara
A escuridão aumenta
e a noite não pára
Mesmo assim o tempo passa
e passando me separa
a cada vez mais
da esperança de um dia
voltar a conhecer
algo que me faça capaz
de ver a luz
toda noite, ao nascer do dia
Este maldito amanhecer
me arrepia
e eu não me acostumo
Me arrumo e subo as escadas
Em pouco tempo
As calçadas estarão lotadas
de gente
com as quais não me enturmo
pessoas que vivem
o lado quente da vida
Aquela amiga desconhecida
que me esqueceu.
Saudades
Saudades do tempo passado
das escadas da pracinha,
das conversas da madrugada
o riso solto da gurizada,
Do Beco do Graxaim
Onde a vida corria serena e a
preocupação era a espera do nada.
Saudades daquela menina
de saia curta e perna comprida.
Esperar chuva quentinha
cheiro de terra úmida
arco-íris no céu sorria.
Dormir na casa da amiga
Guerra de travesseiro,
onde o cigarro escondido
era o que havia de proibido.
Cheiro de gasolina no
amanhecer do dia,
colocada no Jeep Willys
onde percorreria
estrada de chão batido
para encontrar na fazenda
os primos em correria.
Saudades do tempo de outrora
sem relógio
sem hora.
Saudades de mim agora...
Parecia me encontrar em outro tempo: ruas no fim do túnel, escadas...esquinas me pareciam por demais intimas. O vento soprou do meu lado, ouvi passos
correndo a minha frente, indo, voltando...tudo me parecia intimo demais. Flores dançavam, músicas me tocavam, estrelas piscavam para mim...olhei, arrepios dominaram meu corpo, adentraram a minha mente, soaram nos meus ouvidos... uma canção conhecida por demais parecia me tocar...sem pressa atravessei o rio que passava, sem medo cruzei praças na madrugada, senti um olhar caindo sobre o meu, me despindo, consumindo meus sentidos, incendiando minha pele, perturbando...Percebi um rosto conhecido, amado...me dei conta que o passado me trazia você de volta.
Eu ainda gosto de fechar meus olhos
Pensar naquele dia
Você subiu as escadas
Meu coração acelerou
Tentei disfarçar...
Consegui?
Não sei...
Meu olhar não prestou mais atenção em ninguém
Meus sentidos eram seus
Um misto de prazer com felicidade
Um "Q" de mistério
Não apostei em nada
Não sabia quais caminhos percorri até chegar àquele momento
Pouco me importava
Havia te encontrado
Isso bastava
Por um momento, nossos olhares se encontraram
Sorri
Você sorriu de volta
E tudo que queria era chegar perto...
Abraçar...
Me contive...
Nenhum assunto conseguiu prender minha atenção
Cada gesto seu, cada movimento era captado pelos meus sensores
Vc desceu as escadas
O palco te esperava
A estrela da minha noite era você
Você tocava a guitarra e eu sonhava acordada
Via só você
Algumas vezes você olhou na minha direção e sorriu
Eu sorri de volta
Não sabia se era eu o alvo
Porém roubei o seu sorriso e o seu olhar pra mim
A música de repente parou
Por que?
O show acabara
E, agora?
Você iria embora
Te perder de vista assim me tirou o chão
Mas, você veio se despedir
E, eu aproveitei pra te abraçar
A única chance que eu tive de chegar perto era aquela...
E, quis ficar coladinha com vc...
Lembro desse abraço...
Lembro do seu olhar...
A vontade de te beijar foi grande
Me contive...
Eu desejei naquele momento ter você pra mim
Você se foi...
Pediu desculpas e saiu madrugada adentro...
E, o vazio tomou conta de mim...
Queria tanto...
Tejo
Me despeço, mas não vou embora
essa é minha eterna morada
subo as escadas, mas não chego até lá
se avanço, fogem de mim
se recuo, descem ao meu encontro
não me calo
meu silêncio grita
trago notícias de lá, dos desertos ermos
trago notícias de lá, doutros tempos
minha incumbência é o adeus, a saudade
sou detentor das memórias
um cristal em movimento
o perigo, a vida e a morte
dentro de mim não respiram
apagam, morrem, desaparecem
na minha beleza habitam almas e monstros
devoradores de corpos
que não sobrevivem fora de mim
vomito aquilo que rejeito
e devolvo aos homens a sua podridão, o seu lixo tóxico
me engasgo com ossos, mas não digiro o que não vive
renasço das alturas
da limpidez dos cristais
do meu espelho se mira a profundidade
de lugares submersos e sem retorno
onde vivem os meus titãs
acorrentados em caravelas