Escada Vencida Degrau por Degrau
A verdade é o chão, e a ilusão é o topo da escada
.
Para ser forte e lidar bem com a vida, é preciso tirar a escada e se manter firme no chão da verdade.
Acredite sempre na sua própia avaliação, na sinceridade do seu coração e nada de entrar nas vozes externas, nas suas atitudes implicantes e fantasiosas.
A exaltação, a aflição, o sair para a briga é sempre a manifestação do orgulho que quer fazer você acreditar ser o melhor.
A sua verdade deve prevalecer em você e para você. Não tente jogá-la para os outros. Deixe cada um na sua verdade.
Somente quando estamos ligados com o nosso centro de verdade é que entendemos os nossos direitos e os direitos dos outros, os quais nunca podem ser confundidos ou misturados. Assim, quando houver uma tentativa de confronto com o outro, você nunca será atingido.
A vida é como uma escada rumo ao topo.
Às vezes é preciso voltar, mas ainda assim ela esta direcionada e termina sempre no topo..
Aqueles que voltam e depois disso não prosseguem a caminhada talvez não vejam brilho das estrelas, pois sempre há uma nova luz no fim dos degraus..
Todo mundo sobe a escada em espiral do conhecimento. Os que são brilhantes poderão chegar a um ponto alto,parar e admirar a vista abaixo deles.Mas somente os verdadeiramente excepcionais estão continuamente erguendo a escada para alcançar os céus.
e, com você, é no sofá, na escada, no tapete, no chão, na cama, na parede, na cozinha, no fogão, no banheiro, lá na rua, lá na contra-mão, na parede, na escada, no sofá, no fogão, no sofá, na escada e acelera o coração de uma maneira estranha, de um jeito arrasador, que me atormenta a noite toda, que é desesperador, avassalador, surpreendedor, que me ama, me abraça e acaba com a dor. acaba e volta novamente totalmente de repente, sem me deixar respirar, é, ao mesmo tempo, rápido, intenso, eterno e devagar. e, no meio disso tudo, a gente pára, olha nos olhos, na hora da dor, na hora do prazer, a gente pode perceber a presença do amor. um amor que é contundente que não precisa estar presente constantemente para sabermos que ele está ali, você lá e eu aqui esperando que aconteça tudo muito sem querer, mesmo que eu queira, que você deseje e que é difícil de esquecer. nos demos o melhor de nós ;)
ESCADA EM CARACOL
Abri os olhos e apenas me ouvi..ouvi o choro, ouvi o desespero.. Vi-me num mundo , num mundo diferente do qual me habituei, em 9 meses. Senti-me insegura, solitária, mesmo rodeada de indivíduos e sem ter a mínima noção de sentimento. Quis voar, gritar, sair dali.. Para mim, o mundo era imperfeito, era escuro, só, injusto.. Um espaço cheio de degraus…Degraus pequenos mas grandes para mim. Era apenas uma criança, incapaz de fazer algo, incapaz de viver, viver sem ninguém.. Olhei para cima, e via degraus ainda maiores, angustia, sofrimento..
De repente, alguém me olhou, tocou, marcou. Senti-me única, contente , o meu desespero fora-se por momentos..Parei, olhei, sorri. Não sabia o que significara tal gesto, não sabia o que pensar no momento. Preferi sorrir..O que significaria sorrir?
Fui pensando, fui crescendo, sem nunca ter conseguido responder a tal pergunta.
Um dia, tropecei num degrau, e quando ia a cair, algo me pegou, um corrimão surgiu..
Gritei, estava tonta de tantas curvas, de tantos degraus, de ver a mesma parede. Uma parede branca, sem algo mais. Fiquei em silêncio, e ouvi um grito. Ouvi um grito que ficou comigo em pensamento. Não o conseguia esquecer..
Deu-me força, coragem, esperança. Pensei que os degraus iriam diminuir e mais tarde acabar, que as curvas deixariam de existir. Então subi, subi, mas desiludi-me. Os degraus aumentaram , as curvas eram ainda maiores, senti-me só.
Um grito surgiu de novo, agarrei-me ao corrimão, olhei-o e pensei que não estava sozinha. Agarrei-me com força aquele corajoso corrimão que estava disposto a subir comigo.. e subi, subi e subi. Subi com força, garra, esperança, coragem e confiança. Tropecei vezes sem conta, vi os degraus a aumentar, vi as curvas enormes, mas não parei.. Olhei para cima, não via fim.
Parei, pensei.. Vi que aquela enorme parede não me abandonara, por mais simples que seja, ela não desistiu.. o corrimão não me deixou cair, nunca. Pensei que podia ser como eles, então corri… Vi uma luz, sorri. Sorri de novo, mas porquê?
Não desisti, corri e corri.. Acreditei e agora posso dizer que passei por todos aqueles degraus e nunca fiquei sozinha. Aprendi que os degraus não vão deixar de existir no resto do meu caminho e que as curvas se vão complicar mais, aprendi que vou ficar muito mais tonta mas não vou desistir.. Interroguei-me: ‘’Se fosse tudo a direito, qual seria a piada?’’ Olhei para baixo e vi que valeu a pena. Agora sei que as crianças são capazes de tudo e que vou ser sempre uma. Vou chegar ao alto e aí, vou gritar por ti.
O que é sorrir? Algo inexplicável, mas eu sei que o fiz. O meu sonho concretizou-se.
Aqui é assim.
O meu shopping é a feira
meu carro é um alazão
escada rolante é estribeira
playboy pra mim é peão
menina bonita é faceira
e roupa de marca é gibão.
A ESCADA DE GENTE
Nove homens frente a um muro intransponível.
Entre olhares perplexos se encaram e ao muro.
Olham o céu e o chão como em prese por ajuda.
O muro não se mexe, o céu se mexeu,
mas não em sua direção.
As nuvens continuam passando lentas,
seguindo os seus caminhos de vento.
Um dos homens propõe um intento.
Uma escada de gente.
Quatro homens se apoiam na rocha dura.
Um sobre o ombro do outro.
Serão o apoio de todos para o lado seguro
o outro lado do muro.
Assim foi feito e concretizando o intento.
Um a um foram subindo
alcançando o ponto mais alto
e de lá ajudavam
quem a suas costas iam vindo.
O último porem estava muito distante.
Os braços não o alcançavam a o pé do muro.
Foi quando os homens se despiram
Usaram as próprias vestes para içar o companheiro
E todos ficaram em um lugar seguro.
Fraternos.
Pobre o homem
que acha que só será forte e independente.
Pobre do homem
que abandona os seus
para se fazer de grande e forte.
Mesmo que obtenha sucesso no seu intento.
Lá no alto estará só
e com o tempo a força irá
a grandeza sucumbirá.
Terá na morte a dissolução
de todos os seus sonhos vãos,
mas não verá as sobras da sua grandeza
partilhada em uma discussão de direitos
entre urubus e lobos no tempo.
Dante Locateli
http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2015/11/a-escada-de-gente.html
COISAS DA VIDA
Uma velha escada de ferro.
Prédios caindo aos pedaços, abrigam pessoas abandonadas ao próprio destino.
Em meio a este caos urbano,
com seu azul imponente, o mar, ao longe, testemunha a desordem e as contradições daquele lugar.
O ar fresco e agradável de uma tarde no fim do outono,
a paz e a discrição tão cúmplice de quem busca a solidão,
torna o ambiente propício para momentos de confissões sofridas, entregas inesperadas e lágrimas que aliviam a alma.
Duas pessoas praticamente desconhecidas, compartilham uma cumplicidade, vinda não se sabe de onde.
Há um entendimento entre as retinas que dispensa explicações.
Os olhos buscam-se a todo instante, ao mesmo tempo que repelem-se, tentando não sucumbir ao desejo de um contato físico acolhedor.
A relação entre eles, é de quem busca um refúgio emocional, um lugar para se esconder da rotina diária que consome tempo e saúde.
Buscam entre sí um pouso, querem descansar a cabeça da ciranda da vida, que por vezes tira todas coisas do eixo, com o único objetivo de colocar tudo no seu devido lugar.
Ninguém se eleva até ao conhecimento sem ter ninguém como escada, do mesmo jeito que nenhuma criança começa a andar sem ter se apoiado noutras pessoas.
Escada
Pela aquela escada eu desci
eu desci pela aquela escada
a mesma que serve para subir
é a mesma para descer
pela aquela escada eu subi
eu subi pela aquela escada
aquela escada se transformou em rotina
subi e desci dia após dia
pela aquela escada tem dois degrau
um degrau tem aquela escada
tanto pequena quanto grande
cansei de subi e descer
pela aquela escada ainda subo
e nessa escada vou me manter
Subir ao céu
fazendo de escada
a cabeça de um irmão,
é tornar-se pequeno
aos olhos de Deus.
Melhor seguir
por um caminho mais longo,
plantando amor
e colhendo aprendizado.
Nem eram tão lindos
os degraus da minha escada,
mais rústicos por certo...
Não haviam flores por lá,
mas tinha um corrimão ao meio
onde por muitas vezes me segurei
depois de longa caminhada.
E ao chegar lá no topo,
sentava e tinha diante de meus olhos
a mais linda vista da cidade.
A expectativa sempre era imensa,
o coração quase a sair pela boca...
A noite, fiel companheira.
A lua nem tanto, por vezes chovia,
eram esses, tempos felizes...
Noites de alegria.
O tempo passou,
e por lá está tudo diferente.
Aqui dentro também...
Hoje quando vejo uma escada assim
o corpo ainda treme,
o nó na garganta costumeiro,
fiel companheiro
não deixa eu me enganar...
Tem coisas que a gente guarda num cantinho qualquer
esperando esquecer, mas não tem como,
querer nem sempre é poder.
Que bom seria poder arrancar o sentimento,
jogar fora, ou dar de presente pra alguém sem coração,
mas não, não, não...
Esse sentimento é meu
e por mais que eu fique velhinha,
essa dor é só minha, dela eu não abro mão!
Desejo ,que sua queda seja uma dança, que seu medo seja a sua escada, que seus sonhos seja sua ponte, que sua procura, seja o encontro!
A vida pode ser definida em uma imensa escada, com milhares de degraus. Os primeiros são fáceis de subir, depois de um tempo você observa que ainda tem muito caminho pela frente, porém não sabe oque vai encontrar, a vista muda com os passos, algumas impressionam outras nem tanto, umas chegam a dar medo, então se percebe que está cansando daquilo, mas a dúvida é constante, até quando se deve caminhar, já dói muito, o corpo não aguenta mais, em uma visão já escura logo mais se vê uma parada de descanso, levanta e segue. A gratidão é grande, mas seu tempo é indeterminado, precisa ir adiante. Nesta altura a maturidade lhe dá forças, lhe concede a fé, lembranças dos antigos passos te traz alívio pela superação, já se sabe os momentos certos de descanso, ainda haverá tropeços, quedas, dores, mas deve erguer a cabeça, olhar adiante, respirar fundo e pedir sabedoria pra saber dar os melhores passos. Quando se pensa que esta longe do fim, surge uma luz, limpa, aparentemente branca, a curiosidade lhe dá forças, ainda falta muito, no entanto a luz vai ganhando cores, e quando já são poucos degraus, alguns caem, e surge uma enorme cratera, o desespero nasce ali, não existem forças pra continuar, mas a luz está tao próxima. Passos para traz, alguns degraus se deve voltar, quando se percebe ali no canto, onde não havia se notado antes há algumas madeiras velhas e fracas, uma ideia nova surge, do resto da estrutura dos degraus que desabaram, aproveita-se e uni as madeiras fracas e às tornam fortes e resistentes, unidas e fortes se pode fazer a travessia, com muita dor mas muita alegria se chega ao final da luz, ali há uma porta e é tudo horizontal, lindo, não existe mais subida, não existe crateras, o alívio é imediato, e a felicidade é eterna ao que acreditou em si mesmo.