Erasmo de Rotterdam Elogio da Loucura

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Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, irrequieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, enxerto sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro prá valer não derramo uma lágrima.

Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu ou o que penso que eu sou. Nem nós ou que a gente pensa que tem.

Claudia Letti
Onde não se responde (2004).

Nota: Trecho do texto "Transparências".

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Loucura foi permitir que nos déssemos às costas por pura impaciência de desvendarmos os caminhos.

Pra fazer loucura e correr perigo você sempre pode contar comigo!

Há uma fina linha entre genialidade e loucura.
Eu apaguei essa linha.

(…) querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.

Escrever é não esconder a nossa loucura.

Arnaldo Jabor
A invasão das salsichas gigantes. São Paulo: Objetiva, 2001.

E se o que tanto buscas só existe em tua límpida loucura - que importa?
Isso, exatamente isso, é o teu diamante mais puro!

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

A loucura dos que têm êxito é a de se julgarem hábeis.

Eu, ao contrário, sempre gostei muito de dizer tudo o que me vem à boca.

Erasmo de Roterdã
ERASMUS, D. Elogio da Loucura. eBooksBrasil.com, 2002.

Antes de tudo, dizei-me: haverá no mundo coisa mais doce e mais preciosa do que a vida?

Erasmo de Roterdã
"Elogio da Loucura". eBooksBrasil.com, 2002.

[...] bastará olhar-me de frente para logo me conhecer a fundo, sem que eu me sirva das palavras que são a imagem sincera do pensamento. Não existe em mim simulação alguma, mostrando-me eu por fora o que sou no coração.

Erasmo de Roterdã
ERASMUS, D. Elogio da Loucura. eBooksBrasil.com, 2002.

Sou louco porque vivo em um mundo que não merece minha lucidez.

Bob Marley

Nota: Autoria não confirmada.

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Não entender.

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Nos chamam de loucos, num mundo em que os certos fazem bombas.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho. Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo. Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele é superior ao ódio e ao rancor. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...

Adriana Britto

Nota: Trecho adaptado de um texto publicado inicialmente de forma anônima, sendo muitas vezes erroneamente atribuído a Mario Quintana. Também surge com o título "Não Quero".

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Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras.

Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.

O amor é dos suspiros a fumaça;
puro, é fogo que os olhos ameaça;
revolto, um mar de lágrimas de amantes...
Que mais será?
Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada.

A DIFERENÇA
A diferença entre um poeta e um louco é que o poeta
sabe que é louco... Porque a poesia é uma loucura lúcida.