Era

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Sua amizade para mim é muito
importante...Quando o conheci
era alguém triste, hoje sinto
que sou outra pessoa.
Agradeço a Deus todos os dias
por tê-lo colocado em minha vida.
Um privilégio assim, temos de
conservar e guardar no coração!!

“Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso”.

Todos nós somos aprendizes do tempo, independentemente da era em que nascemos e do percurso de vida que percorremos. Nem tudo é perfeito, nem tudo é como idealizamos, nem sempre vamos dormir ou acordar com um sorriso no rosto. Não somos máquinas perfeitas, onde inserimos os dados e clicamos no “enter”, porque se assim fosse, perderia todo o encanto, e ainda bem que não o somos, pois máquinas não sentem, não choram quando sentem dor, não sorriem quando algo bom acontece, mas o mais importante: não se dão, nem se dedicam ao outro mesmo tendo falhas e, uma coisa que prevalecerá é o sentimento que nos une.

“Era por volta da meia noite, achei um chip antigo meio riscado no fundo da minha gaveta, resolvi testar pra ver se ainda prestava pra alguma coisa, e pra minha surpresa ele funcionava muito bem. Comecei a vasculhar a memória e achei uma sms que tinha ficado salva, e li algo muito curioso, era de 2010, e lá dizia: “Saiba que independente de qualquer coisa, eu estarei ai do seu lado te protegendo.” Anos se passaram desde então, e a pessoa que me mandou essa mensagem simplesmente sumiu da minha vida. E não era que o maldito chip prestava mesmo? Prestava pra me fazer lembrar que promessas escritas viram memórias abandonadas num piscar de olhos.”

Um era dependente do outro
Não importava a distância que
os separava, eles sabiam que,
apesar das tempestades, ficariam
juntos. Embora às vezes distantes,
havia amor, e a certeza de que nada
nem ninguém pode acabar com o
amor de um Lobo Guerreiro.

Eu era, mas já não sou
Autor: LCF

1
Eu era feliz;
Amigo e amável;
Contudo, agora;
Sou triste e imprestável;
Abominável.

2
Sinto-me assim;
Pois em tempos eu era;
E já não sou.

3
Eu ajudava;
Explicava e auxiliava;
Mas isso é passado;
Porque neste momento estou chateado;
Sendo que antes não estava.

4
Espero que isto passe;
Se nada mudar;
Não sei no que isto vai dar;
E eu quero o meu futuro a funcionar;
A funcionar direito.

A Rosa

Era uma vez, um jardim encantado onde só entrava quem recebia permissão
Esse jardim cheio de flores se chamava coração.
Lá havia um tipo especial de flor, uma rosa alaranjada,
Ela amava todas as flores e por todas era amada.

Um rapaz mal intencionado, percebeu que a flor era especial
E na calada da noite, sorrateiramente invadiu o roseiral.
Ele queria que a rosa embelezasse seu paletó,
Mal sabia que a rosa laranja por ele só sentia dó.

Ele a arrancou de seu solo fértil e pra longe a levou
A rosa murcha de tristeza aos poucos se fechou.
Aquela pequena flor que brilhava para quem a sorria
Agora a cabeça abaixava e chorando todos os dias vivia

Suas pétalas desbotadas já não embelezavam o terno do moço
Ele então arrancou pétala por pétala e as jogou no fundo do poço.
A pequena rosa que antes foi bonita e perfumada
Agora era história, lembrança de outra vida, uma vida em que foi amada.

O rapaz nunca mais roubaria de um jardim outra flor
Aquela rosa não podia ser colhida, devia ser plantada, ela se chamava amor.

Com o caule morto da rosa já despedaçada, o homem se deu a chorar.
Suas lágrimas e as poucas sementes do caule, fizeram no solo uma nova flor brotar.

E de algo que não deu certo, machucou e virou pó
Surgiu uma nova roseira, bonita como só.
O amor agora foi cultivado com amor
E o homem aprendeu que só assim a vida floresce e só assim a vida dá flor.

"Nunca me conformei com o fim de nada. Por mais que eu sentisse que era a hora. Por mais que eu quisesse ou precisasse me livrar das coisas. O “acabou” sempre chega ou chegou como se eu jamais tivesse parado pra pensar nele. Cruel, terrível e doloroso além de mim."
Tati Bernardi

Ela era uma menina jovem e triste, mas jamais negou um sorriso à um estranho.

A amiga era só eu

Às vezes sinto sua falta
Achei que seriamos eternos
sempre juntos de verão a inverno
Sonhos de adolescentes realizados
Passado, presente, futuro. Tudo ligado

Mas, o futuro separou a gente
Talvez bem antes de crescermos
Desengano, tudo que planejamos
Jogado fora anos e anos de cumplicidade
Descobri, que de sua parte não havia lealdade

A amiga era só eu
Que se preocupa
Perdia sono, orava, chorava
Era eu
"Problema seu" rs rs

A vida nos ensina muito
E eu te amei mesmo você sendo inútil pra mim
Chegou ao fim
Eu continuo desejando seu bem
Obrigada, por mim mostrar que decepção não mata ninguém

Talvez me chamem de boba
Mas, prefiro confiar
Não acho que seja necessário enganar
Nem tô dizendo que você trapaceou
Apenas não me amou

Mas, sabe de uma coisa??
Minha amizade com você foi real
Eu faria tudo exatamente igual
Eu não sei agi de outro jeito
Qualidade ou defeito?!

Só sei que agi correto
E espero que um dia você possa entender
Nosso quarteto jamais será o mesmo sem você
A vida cobra caro por nossas ações
Guardarei pra sempre as nossas emoções

O Boi Velho

Uma das coisas mais ingênuas e comoventes da vida do Barão do Rio Branco era o seu sonho de fazendeiro. Homem nascido e vivido em cidade, traça de bibliotecas, urbano até a medula, cada vez que uma coisa o aborrecia em meio às batalhas diplomáticas, seu desabafo era o mesmo, em carta a algum amigo: “Penso em largar tudo, ir para São Paulo, comprar uma fazenda de café, me meter lá para o resto da vida…”

Nunca foi, naturalmente; mas viveu muito à custa desse sonho infantil, que era um consolo permanente.

Por que não confessar que agora mesmo, neste último carnaval, visitando a fazenda de um amigo, eu, pela décima vez, também não me deixei sonhar o mesmo sonho? Com fazenda não, isso não sonhei; os pobres têm o sonho curto; sonhei com o mesmo que sonham todos os oficiais administrativos, todos os pilotos de aviação comercial, todos os desenhistas de publicidade, todos os bichos urbanos mais ou menos pobres, mais ou menos remediados: pegar um dinheirinho, comprar um sítio jeitoso, ir melhorando a casa e a lavoura, vai ver que no primeiro ano dava para se pagar, depois quem sabe daria uma renda modesta, mas suficiente para uma pessoa viver sossegada; com o tempo comprar, talvez mais uns alqueires…

Meu pai foi durante algum tempo sitiante, minha mãe era filha de fazendeiro, meus tios eram todos da lavoura… Mas que brasileiro não é mais ou menos assim, não guarda alguma coisa da roça e não tem a melancólica fantasia, de vez em quando, de voltar?

Aqui estou eu, falso fazendeiro, montado no meu cavalo, a olhar minhas terras. Chego até o curral, um camarada está ordenhando as vacas. Suas mãos hábeis fazem cruzar-se dois jatos finos de leite que se perdem na espuma alva do balde. Parece tão fácil, sei que não é. Deixo-me ficar entre os mugidos e o cheiro de estrume, assisto à primeira aula de um boizinho que estão experimentando para ver se é bom para carro. Seu professor não é o carreiro que vai tocando as juntas nem o pretinho candeeiro que vai na frente com a vara: é um outro boi, da guia, que suporta com paciência suas más-criações, obrigando-o a levantar-se quando se deita de pirraça, arrasta-o quando é preciso, não deixa que ele desgarre, ensina-lhe ordem e paciência.

No coice há um boi amarelo que me parece mais bonito que os outros. O carreiro explica que aquele é seu melhor boi de carro, mas tem inimizade àquele zebu branco vindo de Montes Claros, seu companheiro de canga; implica aliás com todos esses bois brancos vindos de Montes Claros. O caboclo sabe o nome, o sestro, as simpatias e os problemas de cada boi, sabe agradar a cada um com uma palavra especial de carinho, sabe ameaçar um teimoso – “Mando te vender para o corte, desgraçado!” – com seriedade e segurança.

Ah, não dou para fazendeiro; sinto-me um boi velho, qualquer dia um novo diretor de revista acha que já vou arrastando devagar demais o carro de boi de minha crônica, imagina se minhas arrobas já não valem mais que meu serviço, manda-me vender para o corte…

[Ao ser perguntado sobre de quem era patente da vacina da poliomielite]
É das pessoas. Não há nenhuma patente. Você poderia patentear o sol?

Você era tudo que eu tinha, digo era pois você decidiu não ser mais nada para mim!

Te amei como se não houvesse amanhã quando abri os olhos o amanhã já era ontem e o amor já tinha acabado

A humildade é uma escala
que nos leva ao topo na era
da vaidade.

A Nova Era se caracteriza por uma elevação, uma expansão e uma renovação. A conquista do espaço é um acontecimento marcante, um compromisso com o nosso mais longínquo passado, uma volta às origens em busca do Homem Celeste, nosso irmão gêmeo.

A gente não cansa de amar. Cansa de sentir menos do outro. Eu também acho que não era uma crise, sabe. Todo relacionamento tem crises, eu sempre quis que no meu relacionamento tivesse apenas crises de risos. Mas nem sempre é assim, nem sempre aquele sentimento é de forma crescente, mesmo surgindo curvas no caminho, o amor não diminui, ele se transforma, se renova, se manifesta. Procurava naqueles olhos o brilho, a ternura. Acabou, não tinha vestígio algum. Eu tentei, eu me sentia bem em amar, em procurar salvar aquele amor que um dia me fez tão bem. Era como encher uma bexiga furada. Não durava muito, e logo o vazio estava lá novamente. Cansei de sentir aquele amor acabar.

A eternidade nos teus braços era pouco pra entender, que o vermelho dos teus lábios era o sangue do meu ser.

e as Ondas

Era noite. O alto mar se enfurecia...
Para o barco veloz que à morte avança,
Não restava uma simples esperança
De incólume rever a luz do dia...

Entre as brumas, porém, da noite fria
Aparece uma sombra, calma e mansa...
Era um fantasma? – Não! – era a bonança
Que em Jesus, como bênção, se anuncia.

Inda hoje o mar do mundo se encapela;
E, no barco da vida, já sem vela,
Não nos resta sequer uma ilusão...

Mas – Senhor! – sobre as ondas revoltadas,
Volta a trazer às almas torturadas
O consolo da tua salvação!

[...] e você reclama da minha insensatez, o que você chama de vaidade, na verdade era pura timidez."

[MOURÃO, Natália Lemos, In Fragmentos Poéticos]