Era
Ao namorado que não conheci
No exato dia em que não nos conhecemos, tudo era a mesma coisa, exatamente igual, porém, por ironia do destino, estávamos em lugares diferentes. Você saindo do trabalho, dirigindo-se ao café mais próximo, e eu, longe dali, indo para casa depois de um dia exaustivo. Nunca nos vimos, mas sempre te senti muito próximo de mim, sempre soube da sua existência.
Tudo por aqui busca um sentido que nunca encontrei. Mas como muitas vezes acontece, meu amor, tínhamos alguma coisa em comum. Você ficou sozinho e eu nunca tive alguém, mas não me importo nem mesmo com isso. Sinto sua paz, sem nem mesmo saber a cor dos seus olhos castanhos, meu pensamento viaja para te encontrar não sei onde.
Tudo continua no seu lugar desorganizado esperando pela presença que nunca encontrei. Mas não me importo nem mesmo com isso. Afinal, repetidas vezes, dia após dia, por toda minha vida, eu vou perdoá-lo.
entre pistas confusas..
Não, não era tempo de amar, não era tempo de sentir. E eu me falei isso tantas vezes! Ainda assim não foi o bastante. E nunca o seria. Eu queria acreditar que o que sinto é uma grande bobagem. Talvez até seja, mas eu preciso acreditar nisso. Eu queria ser um pouco mais prática e simplesmesnte te tirar de mim. Não sei, mas tenho vontade de colocar meu coração pra congelar. Talvez, assim, ele esqueça essa mania de sentir demais. Será mesmo saudável se entregar assim? Eu que nunca me impedi. Eu que sempre adorei amores mal resolvidos, paixões proibidas e romances exagerados, estou aqui, implorando pra ser menos. Sim, eu quero ser menos intensa! Eu quero menos entrega. Eu preciso, só por hoje, esquecer o meu coração. Eu preciso não me importar com você. Eu já não aguento mais te ter bem perto e, ainda assim, não poder te sentir. Eu queria mais certezas. Chega uma hora que cansa e você percebe que não quer mais brincar de adivinhações. O abstrato já não é engraçado. Você não precisa ser o que meu coração deseja, mas você também não tem o direito de se fantasiar como tal. Eu já não aguento mais as tuas pistas confusas, os teus olhares que parecem querer me dizer algo.
Deus do céu! Talvez tudo isso seja uma mera invenção da minha cabeça. Talvez não haja pistas, não haja segredos, não haja mistérios. Talvez o meu coração esteja enganado. Sim, talvez seja isso mesmo.
Pena eu gostar tanto de você.
No fundo eu era assim! Eu que caminhava pelo mundo, insulado em meu desprezo! Eu, que sentia o orgulho da inteligência e compartilhava de pensamentos de Demian! Isso é que eu era: lixo, escória, bêbado e mesquinho, repugnante e grosseiro, uma besta selvagem dominada por instintos asquerosos. (…) Eu, que havia dominado a música de Bach e as belas poesias! Dominado pelo asco e pela indignação, ouvia ainda o meu próprio riso, um riso ébrio, desenfreado, que fluía aos borbotões, estúpido. Aquilo era eu!
(Demian)
...quando voltei percebi que não era mais o mesmo, mais que todos a minha volta ainda pensão que sou...
Não diga que você pensou que ele era diferente.Você sabia que ele era o mesmo, mas você pensou que poderia mudá-lo pra ser diferente.
Pagando pra ver.
Há algo se manifestando em mim. E já era a hora. Tudo está, sim, mudando. Uma parte da estrada tá clareando. Uma parte do caminho já pode ser visto. Eu já sei bem onde estou indo e, principalmente, o que estou deixando pra trás. Só que muita coisa ainda é escuridão. Dá uma sensação de desespero e, ao mesmo tempo, euforia. Você está caminhando, um passo atrás do outro. O coração quer ir mas são muitos os motivos que o fazem querer ficar. O que ele não entende é que as escolhas são realmente escolhas. Não há meio termos: é isso ou aquilo. E essa pergunta é jogada ao coração sem dó nenhuma. É um banho gelado na sua alma que ferve suas dúvidas num "banho maria". Você não tem o poder de ir e voltar de onde parou se, por um acaso, não ficar satisfeito.
Arriscar. Às vezes dá certo, outras não. O coração pesa e não sabe pra onde ir. De repente, vem aquele espírito aventureiro que diz: "Eu vou pagar pra ver!" E lá vai ele. Quando menos se espera, ele sente um lado pesar mais que o outro. E então, ele percebe que, ao pagar pra ver, uma metade dele ficou no meio do caminho e que ninguém é, ao todo, aventureiro. Há sempre uma parte da gente que sofre, enquanto a outra sai de braços abertos para receber o mundo. É sempre assim. E você apenas faz uma escolha, não importa qual. Um dia você vai sentir falta, de uma ou de outra.
Então, vai em frente com as tuas escolhas. Ficar pesando os prós e os contra é uma tremenda crueldade ao coração. Vai e "dá de cara" com o inesperado! Esquece essa de: conforme as probabilidades.Tolice! Quem disse que tudo deve sair como o planejado? Muda o rumo da tua história e no fim, só você vai saber se valeu a pena estar lá, naquele momento. Você, mais ninguém, vai poder saber se foi a escolha necessária.
Eu? Eu tô pagando pra ver!
"Ela perguntou como é que eu tive certeza de que aquela escolha era a mais acertada. Respondi que nunca tive, que não tenho até agora. Porque tem coisas que a gente, simplesmente, não sabe. Decidi ali na tentativa de fazer o melhor e fui. Com fé. Sim, fé e não certeza. Vontade que desse certo. Ou, de pelo menos, que não fosse motivo para me arrepender para todo o sempre."
Vivo tão tempo assim que eu sinto falta de mim.
Não me lembro mais como eu era, nem o que fazia.
Meus finais de semana não são mais o mesmos, aliás tem dias que eu nem vejo o sol e nem ao menos percebo.
Isso fica estranho, pois antes eu era feliz...e não sabia!
Nova Geração.
Tenha o ter sem que o ter ti tenha.
O que era já não é mais,
e o que é já está evoluindo.
Mas nos ainda somos os mesmos
levados pela emoção, dotados de razão, seguindo nosso próprio coração.
Você esta presente para quem esta ausente e esta ausente para quem esta presente.
Cuidado para não ser tarde de mais.
O silêncio também é voz.
É aquilo que não foi dito,
porque, se dito, era pouco.
O silêncio não se mede
pela medida da frase.
Excede qualquer semântica.
Não é dicionarizável.
No princípio era o verbo,
mas antes dele o silêncio,
anterior ao princípio.
Era incrível, como a cada dia que passava eu amava mais meu pai, ele sempre foi o melhor pai do mundo, e eu nunca precisei reclamar em relação a ser um mau pai. Eu me orgulho dele, como o verão se orgulha de mostrar todos os dias o sol maravilhoso, e isso é tão importante e sincero. Ele além de tudo é meu melhor amigo, ele é tudo pra mim e ninguém tem um pai melhor do que o meu. Nem nenhum dinheiro do mundo, nem a maior coisa, nada eu jamais cogitaria largar meu pai, por qualquer coisa, jamais sairia de perto dele novamente.
Não tinha muita vontade de falar, nem muita força. A delicadeza não era seu dom e a incerteza poderia arrancar-lhe a quietude. Qualquer movimento errado podia tirar-lhe um pedaço, do seu corpo ou do seu coração. Então, escolhera ficar estática, com os pés juntos, as mãos sobre as orelhas e a ilusão da plena certeza de que o corpo esconderia o apelo dos seus olhos, que gritavam incessantemente, dizendo: "Não me deixe aqui sozinha, por favor!"
Era mesmo uma boneca de porcelana, como você costumava dizer.
Era pra ser só carinho!
No começo era uma brincadeira
uma vontade íntima, expressa de
forma tímida.
Uma amizade forte,
um carinho sincero,
Mas os olhares passaram a ser intensos
e isso mecheu comigo!
Disfarçava
Tentava ver só carinho
carinho, carinho...
Mas dois corpos
homem e mulher
se olhando, se tocando...
Como ficar somente no carinho?
Veio o primeiro beijo e pude
sentir o calor e a refrescancia dos teus lábios,
mesmo assim dizia para mim
é carinho...
Hoje nem tua presença
sacia a vontade e o desejo que tenho por ti!
Mas sei que não pode ser assim
que esse sentimento tem de se diluir...
Dói deixa-lo fluir
mas tem que ser assim
Se não ele tomará conta de mim!
Nasce um amor e com ele a dor
O amor tem que partir
para eu voltar a sorrir!
Se o nosso amor era só um engano, porque a dor? porque a saudade? porque os sonhos sempre tão cheio de vontade de não acordar? concluo que mais uma vez entra em sena o temido "TEMPO" que faz as pessoas tão vuneráveis a sua vontade, pois ao mesmo tempo em que Ele é o nosso algóz pode ser a nossa esperança de dias melhores e sofrimentos minimizados, mesmo quando Ele de proposito insiste em não passar ou em alguns casos Ele insiste em voar, não importa o caso, Ele passa sem a menor cerimônia sem dar a menor importância se estamos felizes ou tristes se aceitamos ou não, Ele simplesmente passa nos deixando apenas o direito de pensar no que fizemos ou deixamos de fazer.
“Cara você é doido!” eu respondi com jubilo pelo elogio: “talvez sim, Obrigado!”, pois era assim que chamavam os grandes poetas.
A Pat era uma garotinha cheia de pensamentos filosóficos, ela dava significado a tudo que pensava, transformava desejos em realidades, refletia sobre os impactos do lixo nos meio ambiente, analisava as manifestações políticas que atravessavam o país. Amava o Brasil e tinhas as melhores perspectivas para um futuro onde todos se amam e se respeitam sem guerras ou violências, sem desigualdades sociais.
Pat era uma menininha de apenas oito anos de idade, mas iluminava o caminho por onde passava como luzes de LED azuis, era chamada pelos colegas como a pequena cientista, recebia a ordem dos pais, de sempre amar, sempre procurar fazer o bem.
O seu lado crítico ficou aflorado, não eram julgamentos, eram os olhos da realidade, Pat se incomodava com o mundo que enxergava e queria mudá-lo, começou a alargar seus horizontes e percebeu que tinha que começar dando o exemplo de mundo melhor, ou seja, o seu mundo deveria ser melhor a cada dia.
Oferecia seus biscoitos às coleguinhas de escola que não tinham recursos para comprá-los, estava sempre pronta a ajudar, respeitava o papai e a mamãe, mesmo discordando de algumas coisas, ia dormir na hora ordenada, mesmo que quisesse ficar acordada só mais um pouquinho.
Acolhia com amor seus avós quando iam lhe fazer uma visita, ouvia as histórias repetidas da vovó Tat como se fosse a primeira vez que estivesse ouvindo na vida, ao contrário, já havia decorado a história de como vovó Tat conheceu vovô Tau.
Desejava ardentemente ter um cachorrinho, até que um dia sua professora Cacá lhe deu um lindo vira-lata de duas cores marrom de pintas brancas que a tornou ainda mais feliz.
Praticar o bem a tornava mais feliz a cada dia e todo mundo notava, inclusive as coleguinhas de escola, que perguntavam que sorriso tão radiante era aquele e que olhos mais luminosos ela tinha.
Todo mundo ao redor da menina começaram a explorar a arte de amar, o relacionamento com todas as pessoas ao redor ficou mais bonito, mais luminoso, uma chama que se acendia no coração, porque o amor que ia voltava, o amor ia mais forte e voltava mais forte e a felicidade parecia não ter fim.
Humildemente o amor foi invadindo todos os corações, até os adultos foram tocados, uma corrente do bem foi semeada e esse amor nunca foi falado, foi apenas vivido.