Era

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⁠Mas, como muitos pensavam sempre que viam a figura graciosa pairando no ar, era preciso um grande herói e um terrível vilão para fazer tudo acontecer. E o nome dela era Malévola.

⁠Não era à toa que eu não tinha amigos. Estava óbvio que era péssima em cultivá-los.

Quero que se lembre da sensação. Pois era assim que eu me sentia sempre que olhava para mim.

Eu era como uma concha, como uma casa vazia, por meses sem ninguém - uma casa condenada - eu era completamente inabitável. Nenhum investimento poderia me deixar funcional outra vez.

Infância

Hoje pensei em como a infância era gostosa!Com suas brincadeiras e despreocupações.De olhos arregalados e corpo esticado viamos as horas passar, sem se preocupar com o tempo que perdiamos.A folha da árvore que virava catavento.O chinelo qe tornava-se um lindo avião. O sorriso singelo.Os amigos do parquinho.A vontade de ter um cachorro que fizesse tudo que os Rin tin tin's fazem.Essa inocência perdeu-se no tempo, no tornar-se adulto.A sensibilidade, a simplicidade de rabiscar no chão, mesmo que linhas imaginárias o que na nossa cabeça era um emaranhado de idéias.Espiar entre os dedos, fingir que estava dormindo.Levar flores para a professora ou simplesmente ganhar um abraço dela.Brincar na areia, subir em árvores!Tudo faziamos e agora olhamos com recordações.Apreciar as pequenas coisas é deixar a alma permanecer infantil, é olhar com ternura para aqueles que ainda não descobriram que o mundo adulto é tão assustador.É apaixonar-se por um olhar pequenino.Por uma atitude de criança travessa que diz "obrigada".É achar que ganhou o dia pq conseguiu algo que achava impossível.É acreditar que o amanhã será melhor.É brincar com borboletas!É chorar se preciso, é buscar o melhor!é ficar horas procurando desenhos em nuvens!É ter curiosidade!
Que eu nunca deixe, Deus, de ter sede de poeta e alma de criança!!

Suspirei fundo. Colocando o derrotismo de lado. Eu não era mulher de ficar chorando pelo leite derramado... Precisava agir. Fazer algo. O que? Eu não sabia ainda. Qualquer coisa que me tirasse de vez daquela armadilha repulsiva. Não podia admitir que Ali tomasse as rédeas da situação. Precisava evitar que ela voltasse a me tocar daquele jeito. Como se achasse que fôssemos, ou pudéssemos algum dia ser namoradas, ou algo mais... Tinha que fazer a menina entender que aquilo era impossível.

Acaso

No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.

A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.

Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.

Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.

Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!

Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?

Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.

Um cliente uma vez me disse que era capaz
de enfrentar um leão, mas morria de medo das borboletas.
E eu me perguntava: Quais os riscos que uma borboleta produz?
Ai descobrir, ninguém se apaixona por um leão, já pelas borboletas...

“Mas eu sabia, desde quando te conheci, sabia que você não era como os outros, tinha algo em você que me chamava atenção, sabia também que isso era perigoso, evitei me aproximar, evitei me apegar, mas você tomou conta dos meus pensamentos e quando me dei conta, você já tinha entrado na minha vida. Resolvi dar uma chance pro meu coração, resolvi arriscar. E se não der certo? O que não mata, fortalece.”

Sozinha nos trilhos eu ia,
coração aos saltos no peito.
O espaço entre os dormentes
era excessivo, ou muito estreito.

Paisagem empobrecida:
carvalhos, pinheiros franzinos;
e além da folhagem cinzenta
vi luzir ao longe o laguinho

onde vive o eremita sujo,
como uma lágrima translúcida
a conter seus sofrimentos
ao longo dos anos, lúcida.

O eremita deu um tiro
e uma árvore balançou.
O laguinho estremeceu.
Sua galinha cocoricou.

Bradou o velho eremita:
“Amor tem que ser posto em prática!”
Ao longe, um eco esboçou
sua adesão, não muito enfática.

Era de mim que eu estava desistindo quando desisti de ti.

Era pra ser só amizade, derre pente!
turbilhoes de emoções, muitas sensações
pensei, chorei, nunca sequer imaginei
enfim... por você me apaixonei.

A princípio foi esse olhar um simples encontro; mas, dentro de alguns instantes, era alguma coisa mais. Era a primeira revelação, tácita mas consciente, do sentimento que os ligava. Nenhum deles procurara esse contato de suas almas, mas nenhum fugiu. O que eles disseram um ao outro, com os simples olhos, não se escreve no papel, não se pode repetir ao ouvido; confissão misteriosa e secreta, feita de um a outro coração, que só ao Céu cabia ouvir, porque não eram vozes da Terra, nem para a Terra as diziam eles. As mãos, de impulso próprio, uniram-se como os olhares; nenhuma vergonha, nenhum receio, nenhuma consideração deteve essa fusão de duas criaturas nascidas para formar uma existência única.

Machado de Assis
Helena (1876).

Era o som do pensamento. Caótico, desordenado, arbitrário, sem palavras distinguíveis.

Eu fui crescendo e os sentimentos
diminuindo. Antes era tão fácil dizer 'eu te
amo'. Era tão fácil encontrar alguém para
amar.

era confortável ... porque eu não amava ninguém ......

Eramos melhores amigas até eu descobrir que você era errada, depois que fui embora você nem notou, mas voltei de novo e encontrei minha amiga que eu perdi por sua causa

Ela tinha medo do escuro mas não tinha medo de amar, ela era assim medos bobos e coragens absurdas

Descobri que era felicidade quando me tornei o domingo de alguém, e não o sábado à noite. Eu descobri o que era gostar quando abrir mão de algumas coisas e percebi que não me fariam falta se você estivesse comigo. Soube que estava apaixonada quando em um sábado a noite eu queria você comigo ao invés de sair e curtir. Soube que deveria me entregar a você quando te fiz presente em minhas orações diárias. Eu soube que era amor quando toda vez que eu rezava vinha a vontade de pedir para Deus que os anjos te protegesse e que ele intercedesse por você. Eu descobri que não tinha mas como voltar atrás desse sentimento louco quando todas vezes que eu te olhava eu me apaixonava de uma forma diferente.
Há uma parte de mim que vai ser apaixonada por você pelo resto da minha vida, que por mais que corremos o risco de separação, eu sempre vou te olhar com um olhar carregado de amor.
Descobri que distância não iria nos atrapalhar, quando quis que você realizasse o teu sonho muito mais do que eu quero realizar os meus... Que a distância não consegue separar a união de duas almas conectadas.
Eu nunca fui de me apaixonar assim, de cair de amores e me entregar, mas com você foi diferente. Nunca pensei que seria capaz de amar assim, o meu coração é seu. Você pode estar distante de mim, só nunca da minha mente. Sabe quando sentimos que encontramos a pessoa certa? Pois é, eu me sinto assim com você. Agradeço todos os dias por você ter entrado na minha vida, e por esse breve tempo que está aqui, ter me proporcionado momentos e felicidades que sempre estarão marcados em mim.
Que nossa relação seja como as flores e viva conforme as estações.

A música era o meu refúgio. Eu pudia rastejar para o espaço entre as notas e dar as costas para a solidão.