Era

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É, só eu sei quanto amor eu guardei sem saber que era só pra você.

Tom Jobim

Nota: Letra da música "Só Tinha de Ser Com Você"

A ignorância é mais letal que as armas...
bem vindo a era que decidiram juntar os dois.

Não confie em ninguém , pois lembre-se o diabo era um Anjo..

Aquele momento era tão perfeito, tão certo que não havia dúvidas.

Nunca pensei que eu poderia estar bem, até que você chegou e mudou a minha vida. O que era nublado agora está claro, você é a luz que eu precisava

C. S. Lewis era protestante e Tolkien era católico. As diferenças não impediram ambos de serem grandes amigos. Isso é nobreza de espírito.

Algumas dicas para cultivar a amizade: ouvir com interesse sincero, se sacrificar pelos amigos, ser paciente com os defeitos alheios, corrigir sempre com docilidade e ajudar na busca pelo bem (respeitando a liberdade).

Quase

Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
[...]

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

Mário de Sá-Carneiro

Nota: Trecho do poema "Quase" de Mário de Sá-Carneiro

Perdi tudo aquilo que eu achava que era bom.
Perdi amigos, perdi dinheiro, perdi pais, perdi irmãos, minhas coisas...
Perdi meus avós, que tanto brincaram comigo na infância.
Perdi aquela tia que fazia a diferença e aquele primo que era sempre meu inimigo número 1.
Perdi tudo o que eu achava que daria certo.
Perdi aquele amor avassalador, perdi o meu trabalho, minha casa, minha paz.
Perdi tudo aquilo que cumpunha a saudade.
Perdi tudo o que era importante e material...
Só não perdi minha vida.
Enquanto vivo, confio.

No começo,
Eu te mandava mensagens
E você prontamente me respondia
Eu te procurava
E era procurado por você
Eu te amava
E você pelo menos parecia me amar
Hoje,
Minhas mensagens são ignoradas
Te procuro e não encontro
Te amo e não sou mais amado
De tudo, o que me resta agora é
Um choro entalado,
Um sentimento não correspondido
E um celular descarregado.

Quando eu era apenas um garotinho,
minha mãe costumava me dizer umas loucuras
Ela falava que meu pai era um cara mau,
ela me falava que ele me odiava.
Mas então fiquei um pouco mais velho e percebi
que ela que era a louca.
Mas não tinha nada que eu podia fazer ou dizer para tentar mudá-la,
porque esse é apenas o jeito que ela era.

Estrelas-do-mar

Era uma vez um escritor que morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

– Por que está fazendo isso? – perguntou o escritor.

– Você não vê? – explicou o jovem. – A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.

O escritor espantou-se.

– Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor.

– Para essa aqui eu fiz a diferença.

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.

Sejamos a diferença!

Desconhecido

Nota: Adaptação da história "The Star Thrower", do antropólogo e escritor norte-americano Loren Eiseley, publicada em 1969.

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Meu coração não batia há quase noventa anos, mas isso era diferente. Era como se meu coração não estivesse ali... Como se eu estivesse oco. Como se eu tivesse deixado com você tudo o que havia aqui dentro.

No começo eu era só certezas.
No meio eu era só dúvidas.
Agora é o final
e eu só duvido.

Seu drama não era o drama do peso, mas da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

O Menino e o cinema

Aquela gripe inesperada era tudo que ele não precisava. Justo nesse dia!

Ele estava ardendo em febre e mesmo assim implorava para sua mãe para ir ao cinema. Afinal de contas, hoje era quinta feira e era o dia da continuação da sua série favorita. Se ele perdesse essa parte de hoje, ficaria sem entender a próxima parte.

Dona Rebecca não queria saber de argumentos, com aquela gripe e com esse "febrão" ele teria que ficar em casa e pronto. Ai dele se desobedecesse!.

Uma angústia passou pelos olhos do menino. Escondeu a cabeça sob as cobertas e chorou.

Chorou ao lembrar-se das dificuldades da vida, da pobreza em que viviam, e do filme que era exibido em séries todas às quintas-feiras lá no Cine Ok. A série era o "Vale dos desaparecidos" e era o único filme que ele e o irmão pagavam para ver, afinal aquele velho golpe de andar de costas quando o povo saia do cinema não funcionava no Cine Ok.

Chorando e com a febre subindo, o menino pensava em Deus e na sua justiça. Por quê ele tinha que ficar com febre justo hoje? Por quê na quinta-feira? Que injustiça era essa? Tantos dias diferentes para ficar doente, e justo hoje ele amanhece com essa febre que só veio para atrapalhar tudo...

Adormeceu com a febre que insistia em queimar. Acordou horas depois com os gritos dos amigos.

Ao abrir os olhos no quarto humilde, o garoto viu aquele monte de amiguinhos falando ao mesmo tempo. Ele não entendia nada, era muita gente , muitas palavras e nenhum entendimento. Só quando seu irmão pediu silêncio foi que ele soube que havia escapado da morte. O Cine Ok havia pegado fogo naquela tarde de quinta-feira e haviam muitas vítimas.

Por isso, quando você não entender o porquê de uma doença, daquele pneu furado pela manhã, o trem que não chega, o avião que não sai, o carro que você não consegue comprar, os pequenos acidentes que te atrasam em um compromisso, faça como o menino Senor Abravanel (ou Silvio Santos, como você quiser), que aos 12 anos descobriu que Deus cuidava dele e com certeza tinha uma missão muito maior do que aquele filme de quinta-feira á tarde.

Será que a sua febre não está te livrando de uma tragédia? Não é hora de agradecer?
Agradecendo por tudo que recebemos, nós não caímos no risco de sermos injustos, nem com Deus, nem com ninguém.

Reclame menos, agradeça mais e viva feliz!

(História real baseada na vida de Silvio Santos)

Por volta da meia-noite, os olhos dela por fim tomaram forma. O olhar neles era felino,
parcialmente determinado e parcialmente tentativo – totalmente encrenca. Sim, eles estavam
exatamente certos, aqueles olhos. Levantando-se até suas sobrancelhas refinadas e elegantes, a
centímetros da cascada negra de seu cabelo.

Era uma vez um amigo meu.
Um certo dia, um amigo meu abriu a gaveta da mesa de cabeceira da sua esposa e apanhou um pacote embrulhado em papel de arroz.
“Este - disse o meu amigo - não é um pacote qualquer, é uma peça íntima, uma lingerie finíssima”.
Abriu o pacote, jogou fora o papel, pegou na peça, e acariciou a seda macia e a renda.
“Ela comprou esta lingerie a primeira vez que estivemos em New York, uns 8 ou 9 anos atrás. Nunca a usou.”
“Estava esperando o momento certo, a ocasião especial para poder usá-la.
Bom, acho que a hora chegou.”
Aproximou-se da cama e colocou a lingerie perto de outros objetos que levaria para o cemitério.
A sua esposa havia morrido de repente.
O meu amigo olhou para mim e disse:
“Nunca guardes nada à espera de uma ocasião especial,
cada dia que vivemos é uma ocasião especial”.
Ainda estou pensando nas palavras que ele me disse e como mudaram a minha vida.
Agora leio mais, e dedico menos tempo à limpeza da casa. Sento-me na varanda e admiro a paisagem, sem reparar se o jardim tem ou não ervas daninhas.
Passo mais tempo em companhia da minha família e dos meus amigos, e bem menos tempo trabalhando para os outros.
Dei-me conta que a vida é um conjunto de experiências para serem apreciadas e não sobrevividas.
Agora já não guardo quase nada.
Uso os copos de cristal todos os dias.
Visto roupas novas para ir fazer compras no supermercado, se estiver com vontade de vesti-las.
Não guardo o melhor frasco de perfume para as festas especiais, mas uso quando quero sentir a sua fragrância.
As frases “um dia...” e “um dia destes...”, estão desaparecendo do meu vocabulário, se vale a pena ver e ouvir é agora.
Não sei o que a esposa do meu amigo teria feito, se soubesse que não haveria amanhã, o mesmo “amanhã” que todos nós levamos tão pouco a sério.
Se ela soubesse, talvez poderia ter falado com todos os seus familiares e amigos mais próximos.
Ou, talvez, poderia ter chamado os velhos amigos para se desculpar, para fazer as pazes pelos mal entendidos do passado.
Gosto de pensar que, ela poderia ter ido degustar o seu prato preferido naquele restaurante chinês que tanto gostava.
São estas pequenas coisas da vida não cumpridas que me chateariam se soubesse que tenho as horas contadas.
Chatear-me-ia pensar que deixei de abraçar bons amigos que “um dia destes” reencontraria-os.
Chatear-me-ia pensar que não escrevi as cartas que queria porque a intenção de escrevê-las era “um dias destes...”,
Chatear-me-ia, e deixar-me-ia ainda mais triste, saber que deixei de dizer aos meus filhos e irmãos, com suficiente frequência, o quanto os amo.
Agora procuro não retardar, esquecer, ou conservar, algo mais que poderia acrescentar sorrisos de felicidade e alegria à minha vida.
Cada dia que passa, digo para mim mesmo, que este é um dia muito especial.
Cada dia, cada hora, cada minuto que passa é especial.

"Eu desaprovo o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo", era a sua atitude agora.

Evelyn Beatrice Hall
The Friends of Voltaire. Londres: Smith, 1906

Nota: Trecho da biografia que a autora escreveu sobre Voltaire, referindo-se à atitude deste, fazendo uma paráfrase de um trecho de "Essay on Tolerance" de Voltaire.

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Conversar com Deus
Resolvi falar com Deus esses dias...

Era um papo bem intimo, eu ia falar sobre minha vida, meus planos, medos, certezas e inseguranças

Não se tratavam de pedidos ou qualquer coisa do tipo, eram apenas palavras de alguém que não tinha mais ninguém que a pudesse ouvir.

Fui até o fundo da casa, em uma área aonde tinham algumas arvores e me sentei ali mesmo no chão embaixo de uma sombra.

Chamei Ele uma , duas e até três vezes. Tive certeza de que estava sendo ouvida quando uma manga caiu ao chão. Frutos caem no chão a todo momento, mas não quando o pé não produz nada a anos.

Comecei a conversa um pouco tímida, fazia tempo que eu não fazia isso. Falei sobre a minha família e o quanto eu sou feliz por tê-los ao meu lado, mesmo sabendo que eles tem tantos defeitos.

Contei dos meus amigos e que eles as vezes me decepcionam, mas que tento levar em consideração já que eu devo magoa-los a todo momento tambem e não perceber que eu faço isso.

Falei sobre o meu trabalho, as coisas que acontecem lá, as dificuldades que eu as vezes encontro. Com o passar do tempo a timidez já tinha ido embora e eramos só eu e Deus.

Tive a certeza de que Ele deixou tudo parado e veio me ouvir falar, parecia que Ele estava sentando a minha frente e que escutava sem perder uma só palavra. Eu tive essa sensação durante todo o tempo.

Mostrei pra Deus alguns projetos meus e Ele riu, contei dos meus medos e inseguranças, Ele segurou a minha mão e quando eu não tinha mais nada além de lágrimas Ele me abraçou.

Ele enxugou minhas lágrimas uma a uma e me deu um embrulho. Pediu que eu não abrisse esse pacote na hora, que eu esperasse alguns minutos.

Me disse que dentro dele tinha tudo o que eu precisava pra minha vida e me convidou pra essa conversa mais vezes. Me avisou que elas podem ser feitas em qualquer lugar do planeta, mas que sejam apenas eu e ELE.

Me abraçou mais uma vez e me disse pra ver o meu presente e caso eu não goste seria possivel fazer a troca. Me deu um beijo na testa e afagou meus cabelos.

Quando abri o pacote as lágrimas tomaram conta do meu rosto, mas não eram as mesmas lágrimas que Ele enxugou, eram lágrimas de gratidão.

O que tinha dentro do pacote?

Um bilhete que me dizia assim:

'- Não temas, pois sou teu Deus, te conheço desde antes de sua existência. Vista essa capa de proteção, se alimente com o perdão, beba da coragem e caminhe junto a lealdade e verdade. Não esqueça da esperança e da paciência. Ali no fundo tem uma mochila pra que você coloque todos os seus problemas e quando não suportar mais carregá-los mande-os a mim e tratei de resolve-los. Nunca se esqueça as coisas não são ao seu tempo , mas sim ao meu tempo. Por isso aquiete o seu coração e descanse. Mesmo quando o mundo se levantar contra você, lembre-se que EU sou Deus de impossivel.Para os seus erros e tropeços há perdão. Você é humano e vai errar algumas vezes, mas não deixe de caminhar por isso. Agora vá e faça tudo aquilo que eu predeterminei a você. Use o seu talento em prol das pessoas que precisam, use o seu dom para falar aqueles que precisam de paz e alento. Não temas jamais, pois sou teu Deus e quando você achar que é dificil demais caminhar , Eu te pego em meus braços. O seu Deus é um Deus de milagre, por isso acredite até quando tudo te mostrar o contrário. Se levanta e vence! Sou contigo!'

E quando alguém te ignorar no Whatsapp, simplesmente não ligue, lembre-se: você já era ignorado antes, apenas não sabia disso.