Era
Estávamos sempre juntos (ela era o meu lado bom)... a carreira, a distância, o tempo e, principalmente, o casamento nos afastou (toda banda tem a sua Yoko Ono), mas você continua sendo a melhor lembrança da minha juventude!
Era uma casa muito engraçada, mas de engraçada não tinha nada...
Ela falava insensatez mas parecia-me que era inglês...
Ela contava tantas histórias, continha sonhos vários por vez...
Ela escolhia a sua cor... mesmo brutinha rosa continha...
Essa casinha é muito estranha fala em romance e desesperança...
Essas paredes tem muita história, mas surdo é o mundo e não quer ouvir...
Adeus casinha minha querida, em breves dias irei partir...
Os que não ouvem não podem crer que tu me falas e posso ouvir-te... então querida parta feliz e siga em frente que a vida é linda, logo a frente te encontrarei e um abraço eu te darei, será um momento de muito amor um reencontro especial... adeus casinha ou até breve? Com tuas histórias muito aprendi, que a vida é breve e o tempo curto, não adianta chorar depois, então no hoje viva feliz...não adianta aparentar grande , quando no íntimo sofre infeliz... e que os abraços têm que ser dados de preferência bem apertados...
Palavras soltas não valem a pena, tem que ser ditas e repetidas, que o diferente não é errado e isso deve ser acatado...
Adeus casinha minha querida a tua história eu já contei..
Quando alguém o corrigia, se entristecia; nos desafios, era fraco. Quando as dúvidas o assolavam, chorava, sempre a espera alguém, um ombro amigo, palavras de conforto, sentimentos e sentimentos. Mas quando a vida lhe chamou a uma atitude adulta, se viu criança, perdido, ficou pelo caminho.
"Infância"
Quando eu era criança vivia correndo atrás das pipas.
Hoje, que sou grande, as pipas caem em meu quintal.
A pior solidão é aquela que se sente quando se está ao lado da pessoa que era pra ser sua companhia.
Quando a dor vem da alma
Quando ainda era acadêmica ouvi de um professor algo que nunca esqueci "quando tudo dói a dor não é física"...
Talvez eu não tenha dimensionado naquele instante a grandeza desse diálogo. Hoje geriatra, vivenciando diariamente a rotina dos meus pacientes, vejo o quanto esse olhar me abriu para compreender cada um que chega com dores por todo corpo; muitas vezes não sabendo nem por onde começar ou sequer explicar como acontece. Ouço com atenção às queixas de dores de cabeça, no estômago, musculares, ósseas, palpitações, náuseas, coceiras...
Depois faço apenas uma pergunta " o que está realmente acontecendo com você? " Após um minuto de hesitação e até espanto, a maioria cai num choro convulso e doloroso. Deixo o choro libertador acontecer e então no lugar das queixas álgicas ouço término de relações, perdas de pessoas queridas, problemas financeiros, medos, angústias e ansiedades... Novamente lembro - me da frase " quando tudo doi a dor não é fisica"... Não é! A dor é na alma...
Tudo que nos faz mal e guardamos, por um mecanismo de defesa, vai sair de alguma forma... muitas vezes em forma de doença! É nosso corpo físico gritando pelo resgate da nossa alma... É nosso corpo nos confrontando com nosso eu... É nosso corpo nos mostrando o que não vai bem... É nosso corpo dizendo " olhe pra você "
As vezes é difícil compreender e até acreditar nisso. Normal! Estamos tão mentais, tão obcecados pela objetividade que só mesmo adoecendo, doendo, machucando é que paramos para valorizar nossas sensações e nos perceber. ..
Ninguém gosta de sentir dor, ninguém quer adoecer, todo mundo teme se machucar...
Alertas!
Quantos alertas nosso corpo precisa nos enviar para olharmos pra ele, de verdade!
Sejamos mais atentos , gentis e cuidadosos com nosso corpo...
Sejamos mais atentos, generosos e amorosos com nossa alma...
Toda dor é real...
Toda dor é tratável. ..
Todo corpo deve ser templo...
Toda alma deve ser leve...
Minha razão de seguir era te dar um motivo de viver, já que encontrou nossa promessa se rompe e estou livre novamente para morrer.
O ser humano é a coisa mais ingrata que existe no mundo.
Porque até o Pinóquio, que era um boneco de madeira, reconheceu que ele tinha um criador.
Era sábado, por amor ou por tédio escrevo à você? sinceramente enquanto não conseguir decifrar exatamente isso que sinto não sei como proceder a respeito. Só sei que seu nome vem e vai na minha cabeça, algumas vezes murmuro baixinho, quase como uma suplica doce, um coração clamando por você. Será que você também pensa em mim?
A santificação que Daniel Vivia era algo inspirador,inspirava tanto que até o Leão quando olhou para ele percebeu que era necessário Jejuar.
"Americanizaram o vaqueiro,chamando-o de cowboy,o que antes era espetáculo é show, até a irritação hoje é stress,contudo irritaram Ariano,quem prima por nossa língua, estão confundindo nossas raízes,a qual Suassuna proclama tanto em causo,versos e cantos.
Triste o tempo em que a única coisa que eu sentia era uma dor profunda, que me consumia, me botava para baixo mesmo em momentos que tudo ia bem, triste tempo em que a tristeza reinava sobre meu ser, com o desânimo forte e devastador, triste tempo que eu só sentia a dor. Ainda mais triste tempo em que vazio me encontro, sem vestígios de sentimentos, sem vestígios de dor, apenas uma vasto e sombrio vazio.
Nada era verdade quando a verdade era nada;
Matou o gato, o periquito, o cachorro,
Matou a namorada
Nada era verdade ainda;
Matou a galinha, o coelho, matou a vizinha...
A realidade se media pela quantia
E tudo se multiplicava por nada;
Matou o que era verde e o que não era
que era estático e o que se movia
Mas a verdade não aparecia
Matou o concunhado, o vigário a messalina,
E quando era sábado sem a contrição,
Sem chave de coxas na cintura,
Sem a loucura daquela língua e aqueles lábios,
Achava-se sábio...
Mataria o anão, o filósofo, o prefeito;
Mas por mais que matasse, não mataria o prazer
O prazer de matar, talvez matar não fosse solução,
Talvez a solução fosse morrer
Morreria num sábado ensolarado, numa segunda Chuvosa
Ou numa quinta; numa quinta serena...
Missa de sétimo dia e novena...
Um edifício, trigésimo andar...
Um voo onde sua alma alcançasse mais fácil o céu
E somente seu corpo se esfacelasse
No solo duro da realidade
Porque a verdade era nada, nada era verdade...
Ao me ver livre eu me sentia livre. Um perdido pelas estradas. Cujo o lar era a natureza. E a própria liberdade. A emoção que aos meus olhos me trazia. Toda liberdade de poder sentir se parte da natureza. Navegar nas densidades das matas densas. Poder acalmar a fera que sempre existiu em mim. E que tanto ansiava voltar a natureza.
Engraçado, só agora percebo que lutei por uma coisa que nem era minha
nunca terei a posse.
Percebem o grau de engano?
E ainda escuto gente dizendo, meu isso, meu aquilo...
Estão desconstruindo o Ser conforme era, e preparando um soldado forte e insensível às questões mais humanas... Motivo? Batalha! Mas isso que digo, pode ser nada mais que um devaneio criativo...
Morremos e renascemos muitas e muitas vezes. O que era apropriado e atribuído por nós como legítimo, muitas vezes não espelha mais nossas convicções e não se alinha no momento com nossas necessidades existenciais.