Era
O que ele queria era ter uma história. Alimentava-se de momentos, mas nutria-se de amor, mas não qualquer amor, ele queria um só, uma só história até o fim. Ele queria alguém que fosse ela mesma, que risse ao seu lado como fazia com suas amigas, só isso. Mulheres são imprevisíveis, ele sabia, por isso, esperava que ela ligasse, mesmo na madrugada só para ter alguém para sair correndo. Alguém para tornar sua musa, sim, para presentear com beijos, carinhos e mimos. Mulher não fala, deixa entender. E ele não queria deixar lembranças, queria ser lembrando, sempre que ela se afastasse. Era só uma história, é só um alguém, mas por toda a vida, é sonhar demais? Tudo o que se ama a gente cuida, da atenção, carinho e um dia colhe. Colhe uma história, e é isso que ele procura, uma história de amor para poder regar pela manhã como faz com o seu jardim.
nunca sei que senti apenas amarguei,
desejando o que era mais belo,
em teu olhos mortos
engana seu doce destino,
nos vasos mortos sem sangue,
nessa pele tão pálida...
meros desejos mortos pelo amor,
sinto tudo fora submissão,
faminta na flor da tua alma,
desejo de profanar teu espirito,
sendo com a magia encarnada,
da tua carne exposta...
minha alma faminta,
em flagelos de sonhos
penetro dentro do teu corpo.
todos esses sentido mortos,
pela tua alma cravarei tuas magouas
derramando meu sangue sobre tua
mortalhas deixadas pelos tempo...
apodrecem como se estivesse viva...
...marcando tua face em doce mel...
...velado em volta do que resta...
...da tua pálida carne,
...desejos nessa cripta a vida foi deixada...
...por mais que queira flores estão mortas,
...ainda são duma beleza semi igual...
...teus calor morreu com meu amor.
por celso roberto nadilo
O Elmo.
Seu elmo lhe era sufocante, pesava sobre seus ombros.
Mas ali dentro, onde apenas seus olhos podiam contemplar o mundo ao seu redor, se sentia protegido, um refugio de tudo aquilo que temia.
Ele aprendeu que aqueles que não se empenham no seu máximo não são dignos de valor. Que o olhar da vida e da gloria só é voltado para os verdadeiros de coração.
Em seu cavalo encouraçado ele trilha os caminhos que lhe foram impostos.
Uma incessante busca pela paz interior, paz conquistada com duras batalhas, amargas lagrimas, com o vencer de si mesmo dia após dia.
No amanhecer daquele dia seu coração era gélido, temeroso pelas decisões de outrora. Buscava as palavras certas para não provocar a guerra em meio o desejo de paz.
E se sentiu homem, falho e comum. Simples, temeroso, digno e honrado. Deixou para traz tudo em que acreditava até então.
Por tempos acreditou em leis que já não tocavam seu coração, mas tirou lição daquilo que lhe fazia sentido.
Mas uma vez um novo caminho se apresenta a sua frente.
Tomado de seu cavalo e protegido por seu elmo ele segue. Sentindo pulsar dentro do seu coração e veias, o sangue de um homem que não teme o incerto.
Que se dispõe a lutar quantas batalhas a vida lhe apresentar, porque esta é sua vida, está é sua sina e nada nem ninguém mudarão isso além dele mesmo.
Anderson Miranda
Vi um filme e lembrei de ti. O personagem contava as mesmas piadinhas sem graça que tu. Era péssimo. Chorei de rir. E chorei de chorar mesmo. Aí foi me dando aquela solidão e aquele mal estar, sabe? É, sei que sabes. Quando eu me sentia assim era no teu colo que ficava. E onde está o meu colo agora? Num lugar distante. Lugar deserto. Lugar que não sei se alcanço.
Quando eu era criança colecionava borboletas, hoje coleciono delicadezas, dessas que a gente só encontra em pequenos gestos de ternura.
SAUDADES DA INFÂNCIA:
Eu era pequeno de nada sabia
Brincava e corria exposto ao sereno
Naquele terreno de grande tamanho
Hoje não me acanho em exaltar ele
Pois tomei nele meu primeiro banho
Oh! Como se foi depressa janeiros
E após dezembro
E com muita saudade me lembro
Do tempo que ali passei
Não é que o encanto da vida de idoso
Eu não compreenda
Mas a vida de menino
Nunca me sai da lembrança
E como nuvem de fumaça
Nunca, nunca esquecerei.
quando acordava-me era os teus olhos que via
achava que ao meu lado sempre estaria
agora só contemplo o vazio, lágrimas de dor e o intenso frio
queria dizer que não sinto nada
queria dizer que não és a minha amada
entretanto é em vão mentir
indiferença a teu respeito não consigo sentir
meu coração é um templo cuja você está nele
embora não o queira será a eterna dona dele
Uma vez me disseram que eu era muito séria. Talvez por isso eu leve tudo muito à sério. Até esse pequeno sentimento, que de repente me tomou conta.
Quando eu era criança sempre mi preguntava como viemos a ezister no mundo mais a unica coisa que mi respodeu foi a biblia em GENESES CAPITO 1 ante 2
Eu mudei tanto... Lembro-me de pensar, há uns anos atrás, que morrer de amor por alguém era algo absurdo. Eu achava tão ridículo ver garotas chorando por garotos idiotas, quando pessoas morriam de fome e sede. Eu pensava que depressão era coisa pra gente sem ideais, gente que não tem boa mente. Gente egoísta. E vejam só que ironia. A vida me ferrou, fazendo eu sentir tudo isso na pele, na alma.
Pensava que a nossa amizade era para sempre, mas no teu dicionário, o teu PARA SEMPRE significa o AMANHÃ de muita gente...
A menina apenas sorria,
Transmitia alegria por onde passava,
Era tão jovem e cheia de vida,
Mas era uma pena o seu sorriso
Ser só mais uma de suas mentiras.
Ela era um tanto despercebida,
E tímida na maioria das vezes,
Era grosseira quando queria,
E um pouco idiota de mais às vezes.
Ela chegava em sua casa e falava sozinha,
Afinal, quem gostaria de ouvi-la?
Ninguém gosta de ouvir choros de uma menininha.
O tempo passa tão rápido. Ontem eu ainda era criança. Amanhã já serei adulta. Depois serei uma idosa. E depois? Não sei. Quando fecho os olhos eu vejo a escuridão. Quando eu abro-os, já vejo o fim da vida. Às vezes quero que passem rápido os minutos. Quando vejo, tudo acabou. A vida ao fim chegou.