Era
A única coisa que eu sabia era que eu queria ficar com ela. E, pra isso, eu precisava tentar. E precisava chegar a esse ponto, porque a gente não terminou bem, pra variar. Pode ser que tudo recomece bem a partir de agora, ou pode ser que termine mal de uma vez.
Era um dia normal como outro
qualquer, fazíamos nossas atividades
rotineiras quando de repente ela
chegou, em silêncio abriu a porta,
olhando-nos nos olhos revelou um
semblante sofrido, sentou-se no sofá e
descansou, ao levantar-se foi de
encontro à geladeira, tomou uma
jarra e bebeu água, agia como se
fosse de casa. Num impulso de
coragem perguntei-lhe seu nome e o
que fazia em minha casa.
Serenamente ela respondeu em tom
agudo e rôco: Sou a Tristeza querido,
me sinto em casa pois de fato sou de
casa, não se preocupe, estou apenas
de passagem, não pretendo passar
muito tempo com vocês. Estou aqui a
pedido dEle, e antes que eu esqueça,
Ele mandou um abraço e disse que
geralmente as pessoas recebem minha
visita para poderem está prontas a
receber minha irmã Felicidade.
O HOMEM
Era 1 céu alto,100 resposta,cor d frio.O homem levantava a cabeça n gesto d alguém q,tendo ultrapassado 1 limite,já nda tem p/dar e só volta p/fora procurando uma resposta.A sua cara escorria sofrimento.Caminhava lentamente,mto lentamente d lado d dentro d passeio,rente ao muro.Caminhava mto direito,cmo s tdo o corpo estivesse erguido na pergunta.Com a cabeça levantada,olhava o céu.Mas o céu eram planícies d silêncio.Tdo isse passou num momento e,por isso,eu q me lembro nitidament d fato d homem...
...e já era tempo de amadurecer, de assumir os cabelos brancos, os erros, as atitudes impensadas...mas que nada! O tempo é meu e eu faço dele o que quiser. Bora ser criança pra sempre!
Era justificável chorar de castigo, quando não se cria que se pode avistar e celebrar Jesus Vivo. (ler João 20)
Hoje alguém bateu na minha porta e eu abri. Era a saudade que havia vindo me visitar. Ela veio me relembrar que eu sinto sua falta e que nada do que eu fiz para tentar te esquecer deu certo.
E eu tolo, acreditava que o amor era cego apenas na aparência física da pessoa, enquanto na verdade, ele cega toda sua vida sem exceções nenhuma.
É que ele sorria triste, pois a alegria era tristeza.
Ao mesmo tempo que os olhos abriam, o coração se fechava.
Desmerecidamente emocionado naquela hora, calado.
Amargava o doce de acariciar a felicidade com os sonhos em lágrimas.
Ela foi verdadeira. Cruel. Mais amiga.
O fez sofrer. Ofereceu para aquele sorriso triste a oportunidade de ter um riso além de alegre, feliz.
Entendam. Aprendam.
O amor é felizmente triste.
" Valores, onde eles se estão? Vivenciamos uma era onde pessoas vestem-se a melhor roupa para ir ao mercado na esquina de sua casa, maquiam-se para receber a visita dos próprios pais, falam que são simples e não gostam de frescuras, dizem ser sinceras e objetivas, dizem ser humildes e verdadeiras. São inúmeras qualidades, nas quais acabamos nos apaixonando, na verdade , por valores fúteis, onde cegamente deixamos passar em frente aos nossos olhos diversas outras qualidades com valor, talvez não percebemos pois a verdade dói, nos machuca tão forte nosso intimo que passamos a chamar as pessoas de 'cruas', maldosas e se facilitar até as condenamos. Será que estamos evoluídos o suficiente para vivenciar essa era surreal? Será que posso dizer que compreendo os valores e sei diferencia-los? Uma pessoa não deixará de ser sensível, compreensível ou até mesma 'doce' por gostar de cavalos, usar bombacha e gostar de rodeios. Essa pessoa pode ser tão grande e superior a todos nós, não podemos à condenar pela sua aparência, pelo modo que fala, suas expressões são marcas individuais, onde nela não constam seus sentimentos. Pegue você e leia um poema de Drummond de Andrade, talvez nem saiba quem é este ser, no máximo postou uma foto junto a sua estátua quando esteve na cidade maravilhosa, enquanto aquele monstro que criaste em sua cabeça, cruel e sem sentimentos declama um poema em pleno sábado de carnaval, aí você se surpreende e descobre o quão és incrível, fica sem chão, sem reação, afinal esperava no máximo um 'tchê, que coisa né, mas que bah'. É 'bah' digo eu, a vida nos prega peças diariamente, muitas vezes acabamos suicidando-se antecipadamente, afinal acabamos tornando-nos canibal, e almoçando nosso próprio coração, deixando ali um espaço vazio, sem rédeas para fazer o que bem pensar. Não deixe se levar pelas aparências, aprenda a sentir, admirar, se encantar, se não existir saídas, apaixone-se, não faz mal, e o mundo implora por mais Amor. Então se resolver amar, comece de dentro para fora e deixe transbordar."
(Alexandre dos Reis)
“Aquele garoto era o mais próximo que eu conseguia chegar do inferno com meu coração ainda batendo.”
Quando eu era criança minha mãe dizia para não aceitar bala de estranhos porque poderia conter algum entorpecente, o estranho e que depois que eu cresci tenho mais medo de crianças entorpecidas que mandam balas nas mães.
Realidade!!!!
Nunca se arrependa de algo que você fez, porque naquele momento, era exatamente o que você queria fazer.
"Isabel... Isabel..."
Era bem assim no começo, meio e fim.
Haviam palavras como mel e fel para rimar
E alguns elogios pra me bajular
Havia doçura e amor
No lugar vazio e dor
Era um versinho para mim
Rabiscado em uma folha de papel
E nele dizia assim
"Meu coração sempre dirá Isabel... Isabel..."
Ouvi dizer que a chave das grades
Era a famosa liberdade.
Eu fui atrás, mas
Fui com vontade.
Apesar da pouca idade
Eu caduquei, enlouqueci,
Procurando a liberdade
Me prendi.
Cada vez mais,
Correntes de pensamentos alheios
Eu tropeçava.
Quanto mais fugir eu tentava,
Mais adentrava no meio.
Ora essa,
Tanta vontade de entrar na orquestra
Fizeram-me escravo do instrumento.
Hoje, não prego, mas vivo
A abolição dos pensamentos.
Ela sabia em seu íntimo que era diferente, que sentia com mais intensidade e vivia em uma busca incessante de uma razão maior, isso a atormentava e estimulava de maneira que ninguém pudesse compreender, os dias se alternavam entre o caos e a calmaria e eram vividos em plenitude.
De olhos fechados consigo enxergar o céu sobre nossas cabeças, não era o cheiro pesado de inverno, a sensação de pisar o chão úmido tão reconfortante. Descrevo como imagino, meus pensamentos escorriam, pingavam, mas não tinha a certeza dos sons, os lábios tremiam. Mais adiante jogou as chaves onde não as achassem, a fadiga da luz no fim de tarde era quase inerte. Não volto mais.Aquela vontade louca de ser e não ser a efêmera sede de está contigo e com ela e ao mesmo tempo está sozinha.
Tempo a praga moderna.
Quando era pequena não tinha noção de espaço e tempo, posso assim dizer que eu era Rainha do tempo, pois quando não se está contaminada pelo sistema; somos o que somos e ponto. Para mim era dia quando se levantava e noite quando se deitava. Sabia que quando era frio era frio e quando calor era calor.
Achava magnífica a natureza e que em noites após noites e dias após dias as flores nasceriam e logo viria um novo tempo. Eu dormia, acordava e comia... Assim era o meu reinado. Eu vivia sem relógios...
Quando tinha sete anos foi apresentada ao senhor tempo.
Entrei no sistema e passei a cumprir horário através da escola e foi assim que fui apresentada ao tempo. Então eu passei de "ser" e agora era o tal de " fazer", não conseguia viver no momento presente e passei a ter um passado e pensar no futuro. Passei da liberdade a extrema pressão do tempo, que nos dias de hoje sentar-me e ficar quieta por alguns segundos logo minha mente se rebela contra o parar, e logo passo a pensar e me apressar. Meu relacionamento turbulento com o tempo é a praga da vida moderna. Hoje vejo que não tenho muita percepção de coisas simples, minhas refeições descansadas, brincadeiras e risadas, tempo repousante e tranqüilo, e a capacidade de vivenciar a beleza da vida e quase imperceptível. Preciso sempre me anunciar ao simples, mesmo que ele já tenha sido anunciado por mim.
Tempo, tempo tempo é o que usamos para medir a vida.