Era

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Era assim que os momentos inesquecíveis começavam a cavar ranhuras em nossas memórias para se agarrar às entranhas de nossos cérebros, petrificando os neurônios e gravando neles, como hieróglifos, as mais marcantes e vívidas recordações.

Era um viajante, até o momento em que encontrei abrigo em seus braços.

Acredite, foi difícil continuar peregrinar por outros caminhos quando o seu doce coração decidiu me abrigar por uma noite.

Insisti em seguir o próximo destino, mesmo não sendo a minha vontade.

Presumi que meus sentimentos seriam temporários, que tudo mudaria depois de semanas e meses.

Sinceramente, estava receoso quando te encontrei, pensava em como era possível alguém mexer com minha mente em questão de minuto, como poderia conhecer tanto uma pessoa que tinha acabado de encontrar.

Mas nada mudou, minha mente insistiu em vagar na lembrança dos momentos únicos que tive você.

É como se ouvisse ao anoitecer sua voz sussurrando em meus ouvidos.

O conselho que constantemente recebo é “deixe o passado para trás”, mas como? Logo agora,em que seria capaz de dar tudo para que a linha do tempo retrocedesse, e parar no exato momento em que te conheci.

Nesse instante, estou do outro lado do mundo onde a distância entre nós incalculável, e o sol é a única coisa que mantém minha mente ligada a você, sei que em algum lugar a luz brilha em sua pele.

Não aguento mais essa saudade, decidi regressar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

Estou a caminho de casa, em direção aos seus braços... Abro mão da minha vida forasteira, para habitar no coração do qual jamais deveria ter saído, estou voltando.... para você.

instagram: @marcosspoeta

ABRINDO O MEU CORAÇÃO...
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Com 10 anos de idade eu era engraxate, carregava minha caixa nas costas e também uma cadeira, aos domingos de manhã, ficava esperando a missa terminar, para assim vários pares de sapato poder engraxar, com batidinhas de escova e sambinha no pano, estava feliz, ganhar várias notinhas, este era o meu plano... Também com essa idade, vendia sorvete e pirulito no campo, em outra ocasião, juntava ferro-velho e também vendia alface, este era o meu trabalho, eu valorizava o meu trampo...

Com 13 anos trabalhei como auxiliar de serralheiro, cortando aço e manuseando solda, era arriscado, mas eu queria ganhar o meu próprio dinheiro...

Com 14 anos acordava às 04h00 da manhã e pegava em uma enxada, assim fui com vários amigos para a colheita de batatas, eu não era tão bom, eram sacos de 60 quilos, mas eu conseguia colher de 10 a 15 sacos, o eito era pequeno, mas eu dava enxadada, quem é fera no assunto, vai achar engraçado e dizer que isso era nada...

Com 15 anos comecei a trabalhar em um posto de gasolina, fazia limpeza interna dos carros e também fazia serviço de frentista, às vezes até lavava algum automóvel, dependia da gorjeta, esse era o meu negócio...

Com 18 anos tirei minha esperada habilitação, um mês depois eu já estava dirigindo um caminhão, viajando por todo Brasil sozinho, vivendo uma e outra emoção, fiz mais de mil viagens e conheci o Norte, Nordeste e Sul de nosso país, com tantas aventuras na estrada, escrevi o que passei, sem me esquecer, contei cada detalhe...

Daí com 34 anos, lancei meu primeiro livro, com essa idade, me tornava oficialmente um escritor, continuei a minha saga, precisava me adaptar, parei o caminhão e voltei a estudar, me aperfeiçoei na área que escolhi, com 41 anos de idade e descobrindo uma e outra novidade, me tornei Professor...

Passando a limpo a minha vida bem rapidinho, percebo que foi muito bom começar a trabalhar ainda menino, assim pude aprender a dar valor ao dinheiro recebido, pois como dizia meu pai, nada me foi dado de "mão beijada", a vida é feita de desafios, de conquistas almejadas, tive momentos incríveis, mas também decepcionantes, nada disso me fez desistir, ao contrário, estou mais empolgado do que antes...

Estou aqui e quero ainda muito mais, pois sou na vida, apenas mais um integrante...

TAÇAS DA VIDA

Havia taças!
Taças da vida...
Não era um brinde
Não era vinho
Não era festa
Não era vício
Era cicuta!
Era tristeza...
Era revolta!
E tanto fazia
beber ou viver.

A tecnologia, a medicina, os conhecimentos e a velocidade de tudo avançam a passos largos. Era para o mundo sempre caminhar para a frente, mas não: em termos de relacionamentos, afetividade, empatia, sentimentos, ainda há muito retrocesso. Parece que, quanto mais informação existe à disposição, menos ela é consultada.

Ainda há muito a ser aprendido quanto à convivência e às redes sociais, por exemplo, uma vez que o mundo cibernético parece, muitas vezes, uma terra de ninguém, sem lei, sem ordem, sem ninguém que se importe com o outro. A tela fria do computador e dos smartphones acaba como que contaminando tudo o que está ali dentro. Talvez por se tratar de um ambiente em que ninguém vê o outro, há muita coisa desumana sendo postada.

Da mesma forma, no mundo fora das telinhas e dos celulares, não está muito fácil para ninguém.
A competitividade exacerbada e o apego materialista, infelizmente, acabam sendo a tônica dominante que subjaz a relacionamentos diversos. Soma-se a essa dinâmica um egoísmo que tomou conta de muitas pessoas, cujas visões de mundo raramente acolhem o outro, o diferente, o contraditório.

Infelizmente, tem muita gente espalhando fofocas baseadas em suposições. Tem muita gente querendo puxar o tapete do outro. Tem muita gente querendo destruir e difamar a vida de quem nunca fez nada para merecer isso. Tem muita gente que não sabe amar, pois nunca foi amada.



Tem muita gente julgando e apontando o dedo, sem se olhar no espelho. E, por conta disso, tem muita gente adoecendo emocionalmente, em consequência da maldade alheia.
Nem sempre sofremos por algo que nós próprios fizemos, pois existem fatos que chegam até nós e nos atingem profundamente, mesmo que não estejam totalmente relacionados a nossas vidas. O que fere quem amamos, por exemplo, também acaba nos ferindo de certa forma. Com isso, embora tenhamos que aprender a não carregar pesos que não sejam nossos, muitas vezes acabaremos procurando ajuda para lidarmos com aquilo que nem fomos nós que provocamos.

Suspirei, afinal, meu momento era nostalgia.
Odiava aquela aflição.
Já era madrugada e não consegui dormir. Naquela noite eu senti o abraço da saudade. E chorei."

"Querido diário, eu não quis dizer que era o fim. Na verdade não tive coragem, fingi que perdi a caneta.
Mas até ela, por consternação, se escondeu."

PRIMAVERA quem me dera
Eu e vc em um novo clima,
em uma nova era.

VERÃO venho a lembrar o dia
em que roubou o meu coração.

OUTONO pensar em vc
me faz ficar sem sono.

INVERNO me faz sentir saudades
dos seus olhos azuis tão belos.

Saímos da era do "Todos sao inocentes até que se prove o contrario" passamos pelo momento "Todos são culpados até que se prove o contrario" e, finalmente chegamos no tempo do "Quem eu gosto é inocente, e quem eu não gosto é culpado" mesmo que se prove o contrário.

Ela

Era a bruxa dos meus sonhos
Voava aos meus braços
E me enfeitiçava com seus beijos
Me olhava nos olhos como nenhuma fada jamais olhou!

"Nos tempos antigos, a mulher era calma, submissa, pacífica e retraída; mas seria tudo isso por ter mais bom senso, mais felicidade e menos ambição? Não me parece. O motivo devia ser outro; o motivo devia de estar na atmosfera que a envolvia e em que não existia nenhum elemento agitador. Não somos nós que mudamos os dias, são os dias que nos mudam a nós. Tudo se transforma, tudo acaba, tudo recomeça, criado pelo mesmo princípio, destinado para o mesmo fim. Nascemos, morremos e no intervalo de uma outra ação, vivemos a vida que nosso tempo nos impõe.
O que ele impõe hodiernamente à mulher é o desprendimento dos preconceitos, a luta, sempre dolorosa, pela existência, o assalto às culminâncias em que os homens dominam e de onde a repelem. Mas, seja qual for a guerra que lhe façam, o feminismo vencerá, por que não nasceu da vaidade, mas da necessidade que obriga a triunfar."

Ele era terra
Ela era a flor
Ele era dor
E ela o amor
Ele era chuva
Ela era o sol
Ele era o escuro
Ela o farol
Ele era a lua
E ela as estrelas
Ele era o universo
Ela a constelação
E tu o bandido que roubou
Meu coração

Fazer Tristan Carroway se apaixonar por ela era arriscado por mais de um motivo, mas era uma lição que ele precisava desesperadamente aprender. O visconde havia brincando com o coração de mulheres demais, e Georgiana garantiria que isso não aconteceria mais. Nunca mais.

Talvez fosse parte da atração: desejá-lo era perigoso. Gostar dele era ainda mais nocivo.

A solidão ficou maior do que ela era capaz de aguentar. Desejava a voz, a presença, o toque de alguém, porém, ainda mais, desejava proteger seu coração.

Ela, como muitos, sempre pensara que o significado da matemática não era derivado do universo, mas, em vez disso, impunha algum sentido ao universo.

O universo físico era uma língua com uma gramática perfeitamente ambígua. Todo fenômeno físico era uma expressão que podia ser analisada de duas maneiras completamente diferentes, uma causal e a outra teleológica, ambas válidas, nenhuma delas desqualificada, não importava a quantidade de contexto disponível.

Pensei em desistir quando vi que não era mais você ao meu lado, o meu refúgio de problemas que está na minha mente, quando vi que realmente eu e você não existia mais o "para sempre" se tornou um "finalmente", o "eu te amo" de tornou num "fica bem" e teu carinho foi "tchau e Boa sorte", indas e vindas que nos fazem amadurecer e crescer sem um ao outro. Mas se era amor por que desistimos assim? Por que você se foi assim? Se era amor por que não aproveitamos? Por que a gente fez desse jeito? Se o amor já existia e nos unia? Dúvidas e perguntas que nos traz arrependimento.

Acho que muito antes de virar amor, já era, tenho quase certeza disso. Passou a ser de verdade a partir do primeiro encontro, do primeiro olhar, daquela primeira aceitação de que existia um corpo ali, e que ele estava olhando pra mim. Não transformou-se em amor no momento que nos falamos, ou, quando aquela euforia toda começou a tomar conta do corpo e da alma, "amadureceu o amor" no instante em que a presença dela se tornou viva aos olhos, porque amor, isso já existia a cada vez que o coração sentia falta de algo e eu não sabia o que era. Aquela falta que nos faz comer sem ver, beber sem sede alguma, pela simples necessidade de cobrir algo no estômago que pensava ser fome, mas não, eram apenas as borboletas de "Quintana" e de tantos outros poetas batendo asas por dentro. Uma pessoa quando chega na vida da outra e aquilo tudo se transforma num amor denso, talvez não saiba, e nem quem a receba saiba disso, mas ela já vive ali há muito tempo, no tempo de espera, naquele tempo em que olhamos pro céu e pensamos que em algum lugar do mundo alguém também espera por nós, pois todos nós desenhamos outra pessoa ao nosso lado, até chegar o momento certo do desenho se tornar real. Eu já a desenhava em contornos, já era amor antes de ser, eu já a amava muito, antes de existir na frente dos meus olhos, e só por isso, por pensar dessa forma, já me sinto completo, como se a felicidade de todo amor contido fosse um fato vivo, muito antes de se tornar real.
Ricardo F.

O que era necessário era reconhecer claramente o que devia ser reconhecido, expulsar, enfim, as sombras inúteis, tomar as medidas que convinham.