Era

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⁠Vicent…

Em um vilarejo distante, vivia um homem chamado Vicent, cuja presença era notada por todos ao seu redor. Vicent, dotado de uma aura magnética, era frequentemente admirado por sua beleza e eloquência. No entanto, por trás de seu sorriso encantador, residia uma inquietação profunda e persistente. Desde jovem, Vicent fora moldado por circunstâncias que o levaram a construir uma muralha invisível entre ele e os outros, uma fortaleza que o protegia de um mundo que ele percebia como hostil.

Vicent carregava consigo o peso de uma infância marcada por expectativas desmedidas. Seus pais, sempre em busca de perfeição, jamais reconheciam suas conquistas. Assim, ele cresceu acreditando que o amor era um prêmio a ser conquistado, nunca uma dádiva a ser recebida. Com o tempo, essa crença se transformou em uma necessidade insaciável de validação externa, levando-o a buscar incessantemente o olhar admirado dos outros.

Em sua jornada, Vicent desenvolveu o hábito de adornar a realidade com mentiras sutis, moldando a verdade para se ajustar ao que ele desejava que os outros vissem. Essa distorção era, para ele, uma forma de sobrevivência, uma maneira de construir uma imagem que o protegesse da vergonha que sentia ao encarar suas próprias falhas. Quando confrontado, reagia com uma defesa feroz, erguendo barreiras de agressividade para afastar qualquer ameaça à sua frágil autoestima.

Nos relacionamentos, Vicent se via preso em um ciclo de encontros superficiais, onde o toque físico substituía a conexão emocional. Estranhos se tornavam espelhos para refletir sua grandeza imaginada, mas, no silêncio que seguia tais encontros, ele se sentia mais vazio do que nunca. A admiração dos outros era um bálsamo temporário, logo substituído por uma sensação esmagadora de solidão.

Vicent raramente percebia o impacto de suas ações nos outros. Sua necessidade de ser o centro das atenções o tornava insensível ao sofrimento alheio, e a empatia era um conceito distante. Ele se envolvia em demonstrações de falsa modéstia, proclamando humildade enquanto secretamente ansiava por aplausos. Para aqueles ao seu redor, a convivência com Vicent era um desafio constante, uma batalha para preservar suas próprias identidades diante de sua presença avassaladora.

Aqueles que tentavam se aproximar de Vicent frequentemente se viam esgotados, suas mentes ofuscadas pela manipulação sutil e pelo constante jogo de poder. O risco de se perder nesse turbilhão emocional era real, e muitos precisavam de apoio para recuperar suas forças e reconquistar seu espaço. Para escapar dessa teia, era necessário reconhecer os próprios limites e buscar ajuda, encontrando segurança em mãos amigas e guiando-se por conselhos sábios.

Vicent, em sua solidão autoimposta, também ansiava por mudança, ainda que não o percebesse plenamente. Seu caminho era tortuoso, mas não sem esperança. A jornada para a consciência e transformação era longa e árdua, exigindo coragem para olhar além do espelho e enfrentar a verdade de quem realmente era. No fundo, Vicent desejava romper as correntes que ele mesmo construíra, buscando, talvez ainda sem saber, o alívio de um abraço genuíno e sincero.

⁠FIM DE TARDE

Era fim de tarde...
Tão somente, fim de tarde.
Quando os meus desejos
se tornaram seus.
O sol alaranjado, discreto, assistia,
testemunha do nosso amor.

Nesse instante, erguemos um mundo –
o nosso mundo.
Fomos senhores da Ilha,
donos da praia,
soberanos das dunas.

Era fim de tarde...
Tão somente, fim de tarde.
A brisa, em sussurros, trazia
o soneto das ondas,
enquanto me envolvia no calor do seu corpo,
e nos aquecíamos no fogo do beijo.

Era fim de tarde...
Tão somente, fim de tarde.
Partimos felizes, envoltos em luz,
enquanto o sol mergulhava no abismo do mar,
silenciando o dia,
e selando o nosso momento.

Era fim de tarde...
Tão somente, fim de tarde,
que, eterno, em minha memória ficou.

⁠Sabe, quando eu era criança, acreditava em tantas coisas mágicas: Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, contos de fadas... Tudo parecia possível, tudo era cheio de encanto. Mas aí a gente cresce, e a vida começa a nos dizer que é besteira acreditar nessas coisas, que precisamos ser mais “pé no chão”. Só que, honestamente? Eu não consigo ser assim.
Eu ainda acredito em clichês. Ainda me pego sonhando com finais felizes, ainda choro em filmes românticos, ainda acho lindo quando vejo um pedido de casamento. E, às vezes, isso me faz sentir meio bobo, como se o mundo dissesse que eu deveria ser mais duro, mais cético. Mas por que eu deveria? O que há de errado em querer enxergar a beleza e o amor nas pequenas coisas?
A vida já é cheia de momentos difíceis, de dores e decepções. Então, se acreditar no amor, nos finais felizes, ou até mesmo em um pouco de magia torna tudo mais leve, por que eu abriria mão disso? Talvez seja isso que ainda mantém viva aquela criança dentro de mim, aquela que nunca deixou de sonhar. A magia não está lá fora, está dentro de nós, e eu ainda escolho mantê-la viva.

⁠Nunca machuque aquela pessoa cuja única intenção era ver você feliz.

⁠Eu precisei matar o homem que eu era, precisei matar a fraqueza e só assim comecei a viver. Não tema a mudança ela é necessária para sua evolução.

⁠Quando eu era criança, fui instruído tanto na Bíblia como no Talmude. Sou judeu, mas fico fascinado pela personalidade brilhante do nazareno. (...) Ninguém pode ler os evangelhos sem sentir a presença real de Jesus. A sua personalidade pulsa em cada palavra. Nenhum mito está preenchido com tanta vida.

Albert Einstein
VIERECK, G. S. What Life Means to Einstein. The Saturday Evening Post, 26 out. 1929.

Nota: Trecho de entrevista com Einstein.

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⁠A cada mergulho
no coração dela
perder o ar
era presente.⁠

Todos os heróis dos quadrinhos tinham seus superpoderes. O dele era a música.

⁠Era noite, eu estava admirando o céu estrelado enquanto as pessoas riam, bebiam, dançavam e.. eram felizes sem se importar com suas opiniões sobre as roupas que usavam ou palavras que os deixavam sem graça.
Então me perguntei.. por que eu não sou como eles?

Robin era uma ótima criança. Mais inteligente que o pai aos oito anos de idade. Ela gostava das coisas mais estranhas. Como as instruções para um brinquedo mais do que o próprio brinquedo. Os créditos de um filme em vez do filme. A maneira como alguma coisa foi escrita. Uma expressão no meu rosto.
Uma vez ela me disse que eu parecia o sol para ela, por causa do meu cabelo. Perguntei se brilhava como o sol e ela me disse: "Não, papai, você brilha mais como a lua, quando está escuro lá fora".

Quando a gente descobre que aquilo que Deus prometeu era bem melhor do que sonhamos, aprendemos a ser mais gratos, antes de receber.

Fui ter uma noção de todo o bullying que sofri e de que era errado quando já tinha conseguido superar. Tive muitos problemas sérios e superei sozinha, porque não tinha outra alternativa a não ser superar.

O plano era não querer
Eu quis.
O que me restava era não acreditar
nos seus olhares
Acreditei.
Era pra eu não me apaixonar
Me apaixonei.

Não quero sofrer
Alguém pare com isso agora
Tire esse sentimento de mim
Me leve direto ao fim

Não, eu não amo o seu sorriso
Não, eu não quero você
Você é indiferente comigo
Eu deveria ser também, certo?

Me desculpa razão
Outra vez escutei esse meu
coração.

⁠As vezes acontece de um relacionamento acabar, e o amor que era único como um sopro de vida que te dava mil motivos para lutar se torna um câncer que consome você destruindo suas ideias, seus sonhos, te afasta de novas experiências, te impede de ser feliz, de viver e de encontrar alguém que realmente mereça o que há de melhor em você que é esse amor verdadeiro. Não deixe que seu passado obstrua seu futuro.

Se ela não fosse corajosa, nunca teria descoberto que era uma princesa.

⁠Eu só precisava de um "sim"
Era tudo que eu precisa aquela madrugada
para fazer dar certo.
Um aceno, um aperto de mão, sei lá.
Eu só queria que você confirmasse que
Me queria como eu lhe queria.
Mas o aceno, o aparto de mão e o sim não vieram.
Estou aqui agora com mais vontade ainda de você.

⁠Tal como o amor, a vida era maravilhosa justamente porque tinha um fim.

Genki Kawamura
Se os gatos desaparecessem do mundo. Rio de Janeiro: Bertrand, 2024.

⁠- Arte

Ele era arte, mais bonito que as obras de Capitu e Leonardo da Vinci.
Ele era arte , a mais bela poesia já citada, a mais bela melodia que foi cantada.

Tudo nele era fascinante, seus olhos brilhavam a todo instante.
Seus olhos castanhos eram tão profundos, como um abismo de encantos.

Seu corpo, ninguém tocava, pra tocar nele só sendo um bom artista.
Seu corpo escultural, eu nunca tinha visto nada igual.
Seu sorriso era único, tão radiante que chegava a ser contagiante.

Seu cabelo brilhava, da mesma forma que todas as estrelas que apareciam na madrugada.
Seu rosto era como uma pintura, ele todo poderia ser chamado de escultura.

Ele era uma Arte, uma arte única, e isso não era nem a metade.
Ele era a arte que ninguém poderia apreciar. Ele já teve medo de se apaixonar.
Ele se tornou uma arte, Quando me deixou fazer parte.

~J

⁠Amores modernos são um saco! Tipo caraaaa, as pessoas não se amam mais?
Tudo que eu queria era encontrar uma pessoa para sempre, como um romance antigo tá ligado?
Mas os relacionamentos hoje são curtos pessoas magoam as outras e dizem " acontece , me desculpa acho que devemos terminar"
Onde o bom e velho amor foi parar? Acho que os relacionamentos atuais não sabem o que é isso
A resiliência não existe mais em relacionamento modernos, nos relacionamos tanto, mas nós relacionamos tão pouco
Amores são como diamantes brutos, não parecem valer muito, mas um tempo sendo lapidado se torna uma jóia valiosa.
Gostaria que mais pessoas soubessem disso, gostaria de saber disso a um tempo atrás.
Mas esse tipo de coisa só se é aprendida com o passar do tempo olhando para o lugar certo.

⁠Há umas plantas que nascem e crescem depressa;outras são tardias e pecas. O nosso amor era daquelas; brotou com tal ímpeto e tanta seiva, que, dentro em pouco, era a mais vasta, folhuda e exuberante criatura dos bosques.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881