Era
Um dia me falaram que o mundo era cruel, que não havia espaço para os sonhos; mas esqueceram de me perguntar se eu temia as armadilhas do mundo e se abriria mão de tudo para o sonho conquistar. O mundo dá voltas, e cá estou eu, mergulhado nos mais profundos "devaneios", sem fraquejar.
Era um amor secreto, quase que guardado, era um amor tão puro, inimaginável.
Era aquele amor que todos sonhavam.
Era um som que vinha do cristal
Era como que uma espera
Fina fera que espantava o mal
Era como um vento leve
Que te leva a ver o mundo
Lá do alto da colina
Mas depois quebrou-se
Acabou-se o vidro do cristal
Coisa que se quebra à toa
Quando cai
Um barulho de algo bom que voa
Sempre vai...sempre termina
Pra mais tarde olhar-se ao longe
E de longe até parece boa
Mas aquele mesmo som de antes
Durante o tempo que soava bom
Não soa mais
E jamais de novo há de soar igual.
Edson Ricardo Paiva.
A temperatura subiu
Era pra você somar, mas você sumiu
Você me deu um gelo
E ficou tudo gelado, gelado
E nesse dia frio (e nesse dia frio)
Quem é que tá do seu lado, seu lado?
Lá no tempo que fui criança, uma coisa que lembro que precisávamos ter, era paciência. Nada era da noite para o dia. Filme na TV não era uma escolha e um clique. Falar com um amigo não era uma mensagem com retorno imediato. Fotos só depois de reveladas. Tudo levava tempo. E paciência era o remédio contra a agonia da ansiedade. Hoje, o ritmo super-hiper-mega acelerado das informações e tecnologias exige rapidez em tudo. Uma velocidade tão desesperadora que não se consegue ter calma para um minuto de espera. A paciência, atitude tão essencial para a vida, não está sendo mais trabalhada em nenhum momento da vida. Tudo tem que ser rápido, pra agora.
Assim, muitos ficam presos ao vício do sofrimento exagerado por não saber esperar. Falta de calma, machuca a alma. A paciência é um bem a cultivar. Um sentimento com o qual conquistamos a liberdade da autonomia de mudar o tempo que incide sobre nossa vida. Conquistamos o poder de pará-lo ou acelera-lo. Somos nós quem determina o quanto se pode suportar a espera pelo que ainda não veio ou aguardar calmamente o que ainda não temos. Paciência traz a paz e a tranquilidade necessárias para não enlouquecer nos momentos de incertezas. Paciência deixa a atitude mental fortalecida para a luta dolorosa contra a ansiedade. Paciência é a chave que abre e que fecha muitas das angustias criadas em nossa cabeça e muitas das amarguras depositadas no coração. Ter paciência é ter a confiança na colheita, mesmo que o fruto demore a amadurecer. Até mesmo quando a semente ainda nem foi ao chão.
É preciso ter fé no amanhã que ainda nem sabemos que vem. Paciência não se conjuga, não é verbo. É um dom. Se tem. É a força de usar a esperança para vencer o desespero. Algumas coisas podem até acontecer antes do planejado, mas nada nesta vida precisa pular etapas e ser apressado. Aprendi com uma boa dose de tempo e com a porção certa de paciência, que boas coisas sempre acontecem para aqueles que descobrem que não é tempo perdido o tempo passado. Que sempre vale a pena a paciência de ter esperado. Enquanto o que quer não chega, tenha calma, fique em paz, entrega pra Deus, confia e aceita.
Acho que me apaixonei por mim mesma. Na verdade, a ideia que tinha de você era tão somente o que tenho dentro de mim.
Ele dizia que eu era linda. E me fazia ter coragem. Ou melhor: fazia-me ver a coragem que há em mim.
Era noite e eu recebi a notícia de que ela não estava bem, me perguntei se deveria conversar com a mesma, já que estava com um pouco de receio da nossa amizade.
Quer saber? Deixemos o orgulho, mais uma vez, ir embora. – Pensei.
Esqueci o mal que eu mesma estava me fazendo e a perguntei sobre seu estado, e ela me disse que era besteira, mas eu, como sempre, não acreditei em suas palavras.
— Besteira? Não é não. – Disse eu, já impaciente.
— É, estou bem. Na verdade, é o mesmo de sempre.. O sentimento ruim me consome sem mais e nem menos, e eu não sei o que fazer.
Respirei fundo. Era difícil explicá-la que eu sabia bem o que era isso.
— Eu não sei se posso te ajudar. – Disse baixo, sentindo meu coração apertar.
Eu não sei, realmente, se poderia ajudá-la, pois, talvez, seja tarde demais para isso.
— Você não pode. Ninguém pode. – Ela falou e foi embora, e eu só a observei partir dali.
Ela estava desistindo, e desta vez eu não iria a impedir... Porque como ela, eu também estava mal.
— Adeus, alma. – Foram as únicas palavras que consegui falar ao vê-la desaparecer pelo caminho, não sei se a mesma me ouviu, mas eu espero que sim.. Pois, ela precisa entender que eu também estava desistindo de mim.
Saíamos para caminhar à noite. Às vezes conseguíamos enxergar Vênus acima de nós. Era a estrela dos pastores e a estrela do amor.
Em meio a tantos sorrisos o dele era protegido,
Pois tinha medo de ser ferido.
Compreendia o falso e o verdadeiro,
Do otimismo era herdeiro.
E não podemos esquecer da sua humildade, que o diferenciava da humanidade.
( Haniely Rocha )
Fiquei pensando muito tempo, o motivo dela achar porque eu era violento, usa a minha ira como um instrumento, tudo que eu tenho luto quanto tempo, quantas vezes venho indo contra o vento, quantas vezes ganho quantas vezes venho perdendo, gosto quando me vejo conquistando tanto tudo aquilo que almejo a minha loucura não é postura pra que vejam, é vejo que faz tempo mesmo que não me vê são todo dia eu ascendo.
Era o primeiro dia do fim da minha vida. Claro que eu não sabia disso quando abri os olhos pela manhã e vi que estava atrasada.
Eu sinto falta dela...
Daquela garota.
Lembra?
Aquela garota que eu era,antes de me tornar o que sou hoje.
Aquela garota sorridente,brincalhona.
Pensando bem....eu ainda sou assim.
Mas é simplesmente um disfarce.
Um disfarce que não dura a vida toda.
Meus sentimentos foram corroídos.
Minha alma foi sugada,
E hoje só me restam defeitos...
Defeitos que eu escondo.
Bem lá no fundo...para não encontrá-los.
Nossa vida era uma outra coisa que decidimos não engolir mais. Nós queríamos mais e agimos. Tomamos uma decisão e conseguimos! Mudamos de vida. É isso. E nunca mais vamos olhar pra trás.
O último poema do último príncipe
Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta para te ver dançar.
E isso
diz muito sobre minha caixa torácica.
O fim de um amor sufocado
Era fogo, desejo, chama intensa,
Um amor que queimava, vida imensa.
Mas entre beijos, risos e olhares,
Cresciam sombras, nasciam azares.
Ele, com sede de vida e de estrada,
Queria ser livre, alma desvairada.
Ela, guardiã de um amor sem medida,
Queria seu tudo, sua paz, sua vida.
Ela, exigente, precisa e cruel,
Ele, um vento leve, cigarro ao léu.
Se amavam e riam, mas era assim,
Como água e fogo, começo e fim.
Veio o ciúme, a possessão sem freio,
Ela o queria só seu, inteiro.
E ele, imaturo, fugia da calma,
Um amor em chamas, perdido na alma.
A cada toque, o desejo crescia,
Mas cada palavra, o amor se perdia.
Ele, safado, sem rédeas nem pressa,
Ela, em sua ira, cobrava promessa.
Um dia a chama, que ardia infinita,
Foi sufocada, calada e aflita.
O amor ainda ali, mas preso e cansado,
Como um pássaro em gaiola, enfim sufocado.
Agora restam saudade e lamento,
Memórias de um amor perdido ao vento.
Eles se completam, mas já sem saída,
São pedaços de amor, de outra vida.
E assim seguem, cada qual no seu cais,
Ele ainda solto, ela buscando paz.
Um amor que ardia, mas não soube durar,
Um fogo que um dia não pôde queimar.