Era
Quando meu maior medo era criar raízes, não parei ate conseguir.
Depois de lutar, e aprendi que não adianta ter raízes e não semear pelo mundo coisas boas, que amenizem as tristezas, e deixe a paixão por ser feliz tomar conta.
Preciso confessar algo : Filho (João Pedro), quando Deus me presenteou com sua vida, eu ainda era uma menina, nem sabia como poderia cuidar de você, tive tanto medo, tantas incertezas, fui insegura! Mas em um passe de mágica, te tive nos meus braços, pequeno, com medo inseguro, só tinha a mim, assim tive forças pra seguir! És meu refúgio, minha fortaleza e dentre todos és o mais lindo! Lembro como se fosse ontem todas as mães orgulhosas disputando quem era o número 1 do berçário! Não tive dúvidas, e jamais terei: filho és sempre meu número 1, minha carinha de joelho preferida, jamais terei vergonha de ti! Me orgulho muito de ser sua mãe! Te amoooooo.
A dieta dela era baseada em emoções demais com razão de menos. Era um composto de sentimentos abstratos no café, de aflições no almoço e de desilusões no jantar. O bom é que, na hora de descansar, ela tentava colocar tudo em ordem. E conseguia. Até ouvir aquela música que lembrava alguém. Aí, a dieta voltava. O pior que o máximo que se perdia era horas e mais horas no celular, esperando ganhar um vale para sair do sofá.
Eu nunca pensei que fosse me apaixonar tanto assim por você. Era apenas uma aventura. Virou paixão. Que hoje não me vejo sem você. Não nos conhecemos mesmo. Pois é você me ganhou aproveite. Por que se mudar eu não volto atrás. Tente me conhecer. A le dar comigo. Tenho mil defeitos como também um milhão de qualidades.
Ela vestiu-se de sol, sua alma irradiava claridade, após tantos percursos escuros. Era tanto o contentamento que os sapatos apertados descartou a esmo.Seus olhos antes turvos, furtaram o brilho das estrelas,. Abriu a gaveta do coração e desembrulhou os sonhos, ansiava por viver, acreditando que seria diferente, faria a diferença, sendo única, forma sem igual. Aspirou a coragem inteira e sem metades, coloriu seus lábios de vermelho,meio sem jeito partiu respirando o ar da liberdade,deixando para trás a saudade. e com auto confiança seguiu abraçada com a esperança.
Azul se tornou uma cor tão intensa...
Tudo que antes era preto e branco hoje é azul. Meu mundo é monocromático.
Não pense que isso é uma coisa boa, não pense que uma cor é suficiente pra dar um novo sentido à minha vida. Na verdade só me sinto mais confuso...
Tenho problemas em dizer o que penso. Os cigarros são meus melhores confidentes: confio neles, pois todos os segredos que saem de minha boca se espalham pelo ar e morrem, como fumaça.
Os velhos problemas que se renovam todas as manhãs não me tiram o sono, são partes inerente de mim.
Minhas palavras sem ordem, minhas frases sem contexto, tudo isso me protege do mundo fora de minha mente. Com isso, posso me concentrar em lidar com meu pior inimigo: eu mesmo.
A Constituição da Bruzundanga era sábia no que tocava às condições para elegibilidade do Mandachuva, isto é, o presidente.
Estabelecia que devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, de uma mediocridade total.
Ela era cigarro. E eu a tragava loucamente, viciada em seu gosto fúnebre de solidão. Sempre estive ciente de que me matava por dentro, mas estava disposta a viver cada segundo daquela morte lenta e febril.
Sexta-feira:
Era um dia como esse que a maioria só se satisfazia,
enquanto coroava de espinho a inocência.
Sou à alma que não era pra existir, sou à vida que não era pra nascer, sou à história que não era pra ser contada.
Acho que me tornei ela, me dei sem pensar, mergulhei de cabeça sem ver se era raso ou profundo, perdi a responsabilidade e depois de tanta bagunça não me acho.
Alguns humanos fariam qualquer coisa para ver se era possível fazê-lo. Se você colocar um grande botão em alguma caverna em algum lugar, com uma placa dizendo 'Botão do Fim do Mundo. POR FAVOR NÃO TOQUE", a pintura não teria sequer tempo para secar.
Basta um olhar,
Um sorriso,
mesmo que seja assim meio sem jeito,
O meu dia que era bom torna-se ainda melhor,
Quando te vejo,
E naquela noite, eu resolvi morrer
Morrer era a única opção
Ninguém iria mais atropelar meus neurônios
Nem obrigar-me a ir à um velório falso
O único velório que eu iria
Era o dos meus sentimentos.
Chamo de cemitério dos desejos
Aquele lugar no meu coração
Onde estão esquecidos
Todos os meus tormentos
As minhas mais fortes perdas
E ocultas vontades sacanas e sem vergonha
É lá que, esses desejos
Vorazes, doces e sacanas estão
No cemitério.
A Legião.
Eu adoro A Legião
foi da minha juventude.
O Renato era Manfredini.
Não era Russo nada.
Tinha outras coisas erradas.
Era um trovado
um letrista fantástico.
Se você não acha
está no seu direito
seja como for..
Só não dá
para negar o feito
milhões de fãs
por tanto tempo.
E a pergunta é:
Pode tanta gente errar?
Ele foi infeliz quando disse.
“O amor verdadeiro não magoa”
Há magoa!
O amor é confuso
como todo sentimento
mesmo que doa.
Você que ama perdoa.
Isso é amor abnegado
parece até estar errado,
mas há o tal do entendimento
e quem entende e ama perdoa.
Amor é coisa de doido.
De doido corajoso é verdade.
Mas sem pensar assim,
a vida não vale a pena,
pelo menos, não pra mim.
Usando seu corpo como prosa e minha boca poesia, em nossas noites de amor era quando eu melhor escrevia!
Sergio Fornasari