Era

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Abrigo

⁠Era uma tarde fria.
Folhas secas tilintavam ao tocarem-se sopradas pelo vento forte.
Uma tempestade se anunciava.
O céu tinha vários tons de cinza, o cinza triste, o cinza feio e o cinza assombroso.
Enquanto os pelos do meu braço ouriçavam de tremor pensei:
Preciso de um abrigo, preciso de um reforço, uma é muito pouco, não dará conta, preciso de mais um.
Mãos dadas, companhia, vai dar tudo certo, vamos passar por isso juntos.
Egoísmo e diversão na tempestade não tem existem
No vendaval frio, o bem acolhe a quem encontrou no caminho, a quem amou em meio aquelas folhas uivantes.
Mas o abrigo estava desabrigado.
As telhas soltaram-se ao longe. Nem mesmo as estruturas haviam, algumas colunas estavam no chão.
Não tinha como entrar, não tinha como pisar.
A rede onde alguém deitou, caiu ao ser puxada.
Segui sozinha, pisando as folhas, tocando seu som, soprando o vento,sentindo o frio, tingindo o cinza e molhando a tempestade.

⁠Eu descobri muito cedo que a melhor maneira de se destacar na multidão era escolher a multidão certa para se destacar.

⁠Eu era o melhor pra você
Pode demorar, mas cê vai perceber
Que seu orgulho não vai te levar a nada
Vai voltar chorando lá pra porta da minha casa

⁠Quando vejo coisas frágeis, coisas indefesas, coisas quebradas, eu vejo o familiar. Eu era pequena, era fraca, também era perfeita... Agora sou um espelho quebrado.

Se conhecimento era poder, então o desconhecido era a maior fraqueza das coisas imortais.

⁠Era o próprio povo que formava as mentiras em que posteriormente acreditava.

⁠Esquecer os mortos era como matá-los outra vez.

⁠Se ela tinha aprendido alguma coisa na vida, era que os erros eram indispensáveis para construir.

⁠“Houve um tempo não muito distante, que falar a verdade era a maior virtude de um ser humano. Os dias se passaram, e falar a verdade tornou-se sinônimo de ser humano sem virtude”.

Sou apenas um garoto, que se convenceu de ser herói, quando só era sortudo de achar um amuleto mágico.

⁠O passado pode ser intoxicante. Pode nos atrair, criar a ilusão de que tudo era melhor, que éramos mais felizes, ou as experiências eram mais ricas na época. Também pode nos debilitar, nos deixando presos em nossas lembranças de dor, mágoa e decepção, nos impedindo até de tentar outra chance de felicidade.

⁠ÚLTIMA PÁGINA

Chegando à última página da estória
nossa, o que era uma curiosa quimera
agora tão sofrida, e tão vazia de glória
sinto o aroma de quem nada espera

Sensação que chora, que desespera
quanta ilusão perdida, agora memória
sombreada de uma apagada oratória
tal as flores desbotadas da primavera

Pois me perdi no ter-te como deveria
na companhia, lembrança e encanto
o amor é uma necessária doce poesia

Eis o meu maior pesar, tanto... tanto!
não ter querido mais! Como eu queria...
Nesta última página larguei meu pranto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 30/07/2021, 20’06”

Era uma vez, um reino à moda antiga, preso às tradições. Aqui, todos cumpriam seus papéis sem questionar. Mal sabiam eles que seu mundo estava prestes a mudar.

⁠Eu fiquei em silêncio pra não te machucar___mas era um silêncio carregado de palavras.
Ainda não consigo expressar nenhuma___sequer um "sinto muito" !

⁠“Eu não era nada. E quando você não é nada, não tem razões para temer”. — Samwell Tarly

⁠Minha "felicidade" nem sempre foi real. Na maioria das vezes, era uma versão fabricada e forçada que se rachava quando examinada de perto.

Eu sinto tanta falta da minha infância; tempo bom que não volta mais! Era tudo tão simples, a vida não era tão complicada como atualmente. Vivia com um olhar de pureza, não conhecia a maldade do mundo. Era tudo tão tranquilo; não podia imaginar que um dia seria tão trágico, cheio de sofrimento, desamor e inveja. Queria que o mundo de hoje; fosse repleto de sentimentos bons; que não tivéssemos que viver mendigando paz!!!😳😣😕😷

Soneto de Natal

Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, –
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca.
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”

Machado de Assis
Ocidentais (1901).

O mar pra mim era tão belo, tão azul...
porém, não passava de um vermelho, vibrante e encantador
o qual jorrava meu próprio sangue
e eu, tolo
crendo que era apenas o mar, lindo e azul.

Lembro que eu te conheci numa data qualquer
Mas logo percebi que não era uma gata qualquer

Djonga

Nota: Trecho da canção Tipo, em parceria com MC Kaio.