Era

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Faltou amor e sobrou rancor?
Não era amor... deixa ir embora!

Relacionamentos Superficiais são como Cirurgias Plásticas Mal feitas.
O que era pra ser Lindo e Belo, Causa feridas e um estrago no Coração.

Sinto saudades de quando era criança. Eu pensava que todos os adultos eram legais.

Uma vez, me disseram para temer o inferno, mas nunca me disseram que para chegar ao paraíso era só estar em sua companhia.

Era algo novo, eu sentia medo, mas queria provar. Mesmo sabendo das consequências, eu me arrisquei e tentei ao máximo chegar onde eu sempre sonhei, seu coração. E, mesmo hoje não tendo seus olhos fixos nos meus, seu braço apoiado sobre meu ombro, ou suas músicas sobre a minha vida... mesmo não tendo você aqui hoje, eu provei do amor mais doce e artificial que alguém já teve.

A outra

Já era noite e enquanto ia para casa, ela viu vocês dois juntos... Mais uma vez.
Mesmo sendo uma cena comum nos últimos dias, ela caminhou entorpecida. Entrou em casa que por sorte estava vazia, se arrastou até seu quarto, largou a mochila em qualquer canto, foi até o banheiro resolvida a tomar um banho e quem sabe lavar a alma. Não precisou muito para se livrar das roupas, elas não eram nem de longe o que mais pesava no seu corpo. Ligou o chuveiro, a água quente fervia-lhe a pele, e ao mesmo tempo parecia que todos os pedaços do seu coração desciam pelo ralo.
Desligou o chuveiro, vestiu um pijama surrado, deitou-se na cama ainda desarrumada, exatamente como deixará pela manhã. Pensou em comer, mas não sentia fome, pensou em fazer algo, mas nada lhe interessava. Talvez chorar seria a solução, mas isso ela não conseguia mais. Era como se de tanto jorrar uma fonte secará.
Não foi culpa dele, de quem o acompanhava, muito menos dela. A verdade é que ela sempre foi a outra.
Apaixonou-se e desmoronou-se, com um amor não correspondido.
Isso talvez não devesse ser dito, nem ao menos tão detalhado, mas você precisa saber...
Que enquanto ele a beijou, os lábios dela puderam sentir. Enquanto ele a abraçou, ela teve aconchego. Foi tão inevitável, tão rápido, que ninguém pode saber. Um dia nos planos de uma, no outro nos braços da outra.
Você pode julgar, pode se lamentar, mas não pode imaginar como ela se sentiu e sente.
Enquanto isso ela continua, passando pelo mesmo lugar, invisível, se afogando nas mesmas magoas e testemunhando o vestido mais lindo, que lhe caía como uma luva, sendo usado, rasgado e sujo por outra.

Da minha janela preferida só se via o que era sereno, o que trazia paz e conforto. Vidraça translúcida e reluzente fazia questão de mostrar de um novo ângulo tudo o que se passava. De início, receio. Depois, confiança, respeito e até crença. Ensinava a virtude da calma, às vezes em silêncio absoluto, no qual se podia tudo. O tempo não era mais inimigo, era aliado, pois parava a cada reflexão, mesmo que inconclusiva. Tudo era motivo: sol, sorriso, chuva, estranhas dimensões... Dizia do jeito dela: "O chão está sujo, mas é simplesmente superfície e a roupa que se lave depois. Senta aqui sem pressa e vamos pensar na vida, conversar sem rumo, sem compromisso com o pertinente". Mostrava um ponto de vista estranho a mim até aquele momento, inovava e, aos poucos, me encantava. Não é que esquecesse o meu pensar, mas mesclava ao dela e assim me fazia sentir mais rica. Quanto mais olhava através daquela janela mais ela me absorvia e eu, a ela.

Acabou. De uma vez por todas, penso que já era a hora de pensar mais em mim e menos em você.

O Boi Velho

Uma das coisas mais ingênuas e comoventes da vida do Barão do Rio Branco era o seu sonho de fazendeiro. Homem nascido e vivido em cidade, traça de bibliotecas, urbano até a medula, cada vez que uma coisa o aborrecia em meio às batalhas diplomáticas, seu desabafo era o mesmo, em carta a algum amigo: “Penso em largar tudo, ir para São Paulo, comprar uma fazenda de café, me meter lá para o resto da vida…”

Nunca foi, naturalmente; mas viveu muito à custa desse sonho infantil, que era um consolo permanente.

Por que não confessar que agora mesmo, neste último carnaval, visitando a fazenda de um amigo, eu, pela décima vez, também não me deixei sonhar o mesmo sonho? Com fazenda não, isso não sonhei; os pobres têm o sonho curto; sonhei com o mesmo que sonham todos os oficiais administrativos, todos os pilotos de aviação comercial, todos os desenhistas de publicidade, todos os bichos urbanos mais ou menos pobres, mais ou menos remediados: pegar um dinheirinho, comprar um sítio jeitoso, ir melhorando a casa e a lavoura, vai ver que no primeiro ano dava para se pagar, depois quem sabe daria uma renda modesta, mas suficiente para uma pessoa viver sossegada; com o tempo comprar, talvez mais uns alqueires…

Meu pai foi durante algum tempo sitiante, minha mãe era filha de fazendeiro, meus tios eram todos da lavoura… Mas que brasileiro não é mais ou menos assim, não guarda alguma coisa da roça e não tem a melancólica fantasia, de vez em quando, de voltar?

Aqui estou eu, falso fazendeiro, montado no meu cavalo, a olhar minhas terras. Chego até o curral, um camarada está ordenhando as vacas. Suas mãos hábeis fazem cruzar-se dois jatos finos de leite que se perdem na espuma alva do balde. Parece tão fácil, sei que não é. Deixo-me ficar entre os mugidos e o cheiro de estrume, assisto à primeira aula de um boizinho que estão experimentando para ver se é bom para carro. Seu professor não é o carreiro que vai tocando as juntas nem o pretinho candeeiro que vai na frente com a vara: é um outro boi, da guia, que suporta com paciência suas más-criações, obrigando-o a levantar-se quando se deita de pirraça, arrasta-o quando é preciso, não deixa que ele desgarre, ensina-lhe ordem e paciência.

No coice há um boi amarelo que me parece mais bonito que os outros. O carreiro explica que aquele é seu melhor boi de carro, mas tem inimizade àquele zebu branco vindo de Montes Claros, seu companheiro de canga; implica aliás com todos esses bois brancos vindos de Montes Claros. O caboclo sabe o nome, o sestro, as simpatias e os problemas de cada boi, sabe agradar a cada um com uma palavra especial de carinho, sabe ameaçar um teimoso – “Mando te vender para o corte, desgraçado!” – com seriedade e segurança.

Ah, não dou para fazendeiro; sinto-me um boi velho, qualquer dia um novo diretor de revista acha que já vou arrastando devagar demais o carro de boi de minha crônica, imagina se minhas arrobas já não valem mais que meu serviço, manda-me vender para o corte…

Até ontem, a nossa missão era fundar a república; hoje, o nosso supremo dever perante a pátria e o mundo é conservá-la e engrandecê- la.

Marechal Deodoro da Fonseca
FONSECA, M. D. Mensagem dirigida ao Congresso Nacional em 15/11/1890. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1890.
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Não tinha como dar certo, éramos de mundos diferentes. Ela era forte, complicada e vivia a vida ao extremo. E eu, bem eu era apenas uma alma quieta em corpo quieto não podia chamar sua atenção, pois era simples e ainda sou...

Era uma turmalina negra, brilhante e envolvente, tão rara quanto um diamante, tão especial quanto um bolo de chocolate, porque chocolate é bom - no bolo melhor ainda. Então pensei o seguinte:

Posso pegar esta linda pedra e fazer um colar para dar a ela de presente, ou posso apenas atirar a pedra na janela, com a esperança de que ela saia para fora e eu possa chama-lá pra brincar.

Acho que era assim a sensação de amar alguém e sentir que o tinha perdido. Até quando ainda se estava com a pessoa nos braços.

Era inverno. A primavera
Insistia em chegar.
O sol iluminou meu sorriso
O refiz em tons de carmim
Para adoçar a boca rubra rosa
Dos beijos seus...,Um poema a tua retina
O florescer a exalar meu corpo
Sedento de amor,carinho...
Nas mãos o toque suave
Um recitar de poesia a tatear
Sua pele sedenta a desejar-me
Um sonho a iluminar a paixão
Entoando teus sussurros
Na mais sublime sintonia de amar.

Saudações´.´
Há quem deseje ser um soldado. A Nova Era já começou! Aliste-se nesse exército. Saia da zona de conforto, e confronte o seu medo...
Sacerdote Jushon´.´

E era você. E tem sido você. E vai continuar sendo você.

Lembro de quando eu era novo
Planejava dominar o mundo com o pessoal do creche

Estava eu sozinho no topo, aventureiro e meio louco
Explorar era tudo o que eu queria, era o meu maior presente;

Não me importava nem um pouco com a solidão, pois quando ela chegava eu estava sonhando sem direção;

É fácil viver a base de adrenalina
Quando tudo o que queremos é correr;

Não me lembro de me perder em nenhum lugar, estranho que também não me lembro de me encontrar;

Mas não culpo a vida, apenas deixo ela me levar
Esse é o meu destino, apenas dormir e acordar sorrindo.

"Quando eu já era bem mais velho, ele me confessou que jamais gostou de torrada queimada, só comia para não desperdiçar, e, por uma fração de segundo, minha infância inteira pareceu uma grande mentira: foi como se um dos pilares de fé sobre os quais meu mundo fora erigido tivesse se desfeito em pó."

Trecho: O oceano no fim da caminho

“E o meu amor era inevitável diante de tudo o que passei, do que vivi, por que sei que tudo o que senti foi verdadeiro, assim como sei que o que sentimos um pelo outro foi reciproco, por isso foi inesquecível.”