Época
Século vinte um, plena época digital
Encontro alguém que mantém a própria essência
Em meio a gente que só vê a aparência,
Buscando uma vida superficial
Logo me apaixonei, sim, é oficial.
Ela valoriza o amor, a inteligência
Tudo o que eu precisava era uma evidência,
Pra ter certeza que ela era mesmo real.
Tomei coragem pra falar com ela
Mas fiquei com medo de sua resposta
E se ela me visse só como um amigo?
E naquele dia, numa tarde bela,
Vi seu sorriso com a minha proposta
"Aceita para sempre ficar comigo?"
O Tempo
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Não tenhas pressa de crescer, pois virá a época em que desejarás que a carruagem do tempo ande mais devagar.
Nessa época de crise pandemica temos que fortalece os relacionamentos,dá valor quem está do seu lado é época de evitar conflitos desnecessários,é hora de se colocar no lugar do outro.
Nos poetas temos uma missão muito importante nessa época de hoje. A de jamais deixar a beleza e o amor morrer.
Sinto falta de uma época que se foi. De um tempo perdido, talvez, nem vivido, como em um sonho. Uma época que minha alma, de alguma forma, sente saudade!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Todas as estações são belas, porém, me identifico com o outono, talvez, porque tenha uma época que minhas folhas e flores caem, um momento de reflexão e revigoração. Um preparo para uma transformação do meu interior para o exterior!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Papai Noel
Num natal, eu botei na cabeça que eu ia dar um presente para minha mãe.
Nessa época eu era engraxate. Me lembrei disso hoje, porque aquele natal também caiu num dia de domingo. Na rodoviária de Santa Mariana, tinha um bazar onde eu tinha visto uma xícara com uma paisagem de neve, e era aquela que eu queria dar para a minha mãe. Mas só existia uma e eu corria o risco de ela ser vendida. Pedi para o dono do bazar reservar a xícara, ele sorriu e me falou que, quem chegasse primeiro levaria. Isso foi de manhã, umas 9hs. e eu não tinha nenhum centavo no bolso do calção (meu calção tinha um bolso). O dia corria e nada de arrumar o dinheiro. De repente começou a aparecer uns "fregueses" tradicionais e entrar um dinheirinho, mas ainda pouco para aquisição do presente. Eu engraxava um par de sapato e ia até o bazar para ver se a xícara estava lá. Nem fui almoçar naquele dia. Na parte da tarde tinha conseguido uma boa parte do dinheiro, mas ainda insuficiente. Eu continuava cuidando e pedindo para que ele não vendesse a xícara. No fim do dia, quase no horário de fechar o bazar e ainda sem o valor suficiente, pedi para o dono se eu podia pagar a importância que faltava na próxima semana. Disse que eu engraxaria os sapatos dele sem cobrar até completar o valor. --"Nem pensar, me disse ele, e tem mais, já vendi a xícara." Fiquei olhando para o chão, os olhos cheio de lágrimas, pensando: como é difícil a vida de engraxate. Se eu tivesse guardado o dinheiro dos outros dia...mas aquele dinheiro, “dos outros dias”, também fazia parte da receita da família. Vez ou outra eu comprava carne, ou uma outra coisa de comer e levava para a nossa casa. O que fazer? Estive tão perto de poder comprar aquele presente. Era para fazer uma surpresa pra minha mãe. Eu queria que ela ficasse feliz no dia de natal. Pequei minha caixa de engraxar, que eu tinha deixado do lado de fora do bazar, e a levantei para colocar no ombro, mas algo me chamou atenção: havia alguma coisa embrulhada num papel de presente, assim, num formato de xícara. Hoje acho que, enquanto eu estava negociando a compra da xícara, em algum momento, essa pessoa (Vitor) colocou aquele pacote dentro da caixa de engraxar. Me lembro que ele olhou para mim, com os olhos cheio de lágrimas, sorriu e me desejou feliz natal. //Ivo Terra de Mattos
Ainda lembro com saudades da época em que o dia da mentira era só no 1º de abril.
— 1º de Abril.
Hoje é dia daquele que se diz honesto, que se diz de fé, que se diz patriota, que se diz da família tradicional, que se diz corajoso, que se diz ser gente de bem, ...mas não é.
Cada época coloca algemas invisíveis naqueles que a viveram, e eu só posso dançar com as minhas correntes.
Que bela época vivemos, rodeada de respostas formuladas conceitualmente. Tudo tem uma explicação, menos aquilo que realmente importa, mas nem sabemos o que é que realmente importa; o que faz a diferença é a insistência da igualdade.
Interessante, fazer parte de uma época e se sentir de outra. Assim, vivo na atualidade, onde minha alma parece ter se adaptado, entretanto, não sinto ser minha realidade.
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Na época da ditadura o professor era armado de uma palmatória. Não sei se o aluno aprendia por temer ao professor, por respeito, ou por sonhos.
Estamos todos em uma mesma época, porém, não somos da mesma. Cada alma carrega sua bagagem na viagem do tempo, no trem da existência.
( Edileine Priscila Hypoliti )
( Página: Edí escritora )
Em qualquer época é preciso diferenciar liberdade de libertinagem.
Piadas pejorativas, de cunho sexual e preconceituosas são contadas até hoje, sempre vão machucar, entristecer e sem sombra de dúvidas só quem sofre é quem está na ponta contrária de quem insulta.
É sempre errado!
O que você faria se estivesse nesta outra ponta?
Você levou embora consigo todos os dias ensolarados que percorreram meus olhos — que na época, eram tão ingênuos. Levou as pinceladas no papel; o café recém passado; o desejo ininterrupto de um corpo pela dança. Teve o prazer de dilacerar qualquer indício de serenidade.
Mas,
Talvez
Tudo não tenha passado de mera pronoia.
Notei apenas nos últimos dias que, na verdade, foi você próprio quem aliou-se à me mostrar a realidade.
Nós nunca fomos felizes.