Época
Não sei se você acredita em destino, mas se o asteroide não tivesse se fragmentado naquela época, talvez nunca teríamos nos encontrado.
Mama me ensinaste muita coisa,mas na época eu não entendia.
Me falaste muita coisa, mas na época eu não ouvia.
Me puxaste na orelha, e eu julgava que não me amavas.
Mas hoje eu compreendo na perfeição todo o teu esforço.
Peço perdão aos inovadores tecnológicos, mas os sábios e gênios nascerem na época dos lampiões, lápis grafite e do papel almaço.
É tempo de reflexão.
Muitos tiram as máscaras nesta época do ano e, poucos, colocam-nas.
"Tudo nos é lícito,
mas nem tudo nos convêm "
já profetizou Apóstolo Paulo, por isso, somos o que semeamos.
Que o tempo não seja a irresponsabilidade dos desavisados.
Poeta Balsa Melo
[A HISTÓRIA DE HOJE SOBRE UMA OUTRA ÉPOCA, É UMA REALIZAÇÃO DA NOSSA PRÓPRIA ÉPOCA, E TRAZ AS MARCAS DE NOSSA ÉPOCA]
Ainda que certamente úteis para compreender as épocas que estudaram, as obras produzidas pelos historiadores de todos os tempos não deixam, também, de falar enviezadamente sobre suas próprias épocas [...] Ao escrevermos sobre Zumbi, e sobre a revolta e guerra de quilombolas contra um poderoso sistema escravista que os violentava, falamos também das nossas desigualdades atuais – muitas delas herdadas do período escravista – e das variadas formas de lutar contra estas desigualdades. Zumbi, Chico Rei, Xica da Silva, ou outros personagens históricos negros – além do que tenham sido efetivamente na história que ficou para trás no tempo – representam também distintos modos de ação ou programas de luta contra desigualdades que precisaram e precisam ainda ser enfrentadas, nas diferentes ressignificações que os historiadores lhes dão. A História é este fascinante gênero literário e científico no qual os diferentes tempos se entrelaçam através de discursos e esquecimentos. Ao falar ou silenciar sobre os índios que habitam ou habitaram nosso continente em diversas épocas, ou ao mostrar interesse em ler um livro de História que fale sobre estes, os homens e mulheres que habitam as nossas cidades falam também de suas relações com os índios da atualidade. Falam de sua admiração pelos índios, de seu estranhamento, culpa, solidariedade, preconceitos, sentimentos de identidade e alteridade. Falam dos projetos públicos de preservação das populações indígenas, ou das ameaças de extinção e aculturação que as espreitam em nossa própria época.
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção (org.). Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.10]
Em uma época
tão acelerada, busco o encontro do momento quando
passeio no tempo.
Nas buscas das memórias encontro o aprendizado em me manter aprendiz.
Em um sinal
que busco encontro toda a realização da minha existência.
Celebro meu ontem, vivo o agora, e me preparo para a surpresa chamada amanhã.
Perco o medo quando o amor me guia.
Sou grata a toda Vida.
FILOSOFIA DA IMPARCIALIDADE PARTICIPATIVA - FILÓSOFO NILO DEYSON
" Na ocasião da época em que a verdade se fez como última e absoluta, se estabeleceu no tempo como oficial, ela só se tornou por mero movimento convencional. Porém, de verdade, é pura convenção sistêmica.
Em Forma de Poesia
Deixo em forma de poesia
Para lembrar-me da época de alegria
Aquele passado
Que em palavras deixo registrado
Jamais acreditaria que nesse fim isso levaria
Que de mim você desistiria
No fim me abandonaria
E nunca mais te veria
Já que o tempo passou
E tudo aquilo de bom acabou
Tudo mudou
As vezes questiono se você se importou
Mas em meus pensamentos
Poesias e sentimentos
Tudo ainda é vivo nas minhas palavras
Tão puras e imaculadas
Te amei de forma tão intensa e bela
Que jamais quis deixar isso tudo morrer
Então comecei a escrever
Para esse amor continuasse a viver
Sei que hoje tudo e passado
E nosso caminho no destino já foi dado
Te perdoo por ter me maltratado
E seu bem te desejo de bom grado
Em uma época
tão acelerada,
busco o encontro
do momento.
Na busca das memórias
acho o aprendizado em
me manter aprendiz.
Celebro meu ontem, vivo o agora, e me preparo para a surpresa chamada amanhã.
Sou grata a toda Vida.
Os Incômodos da Beleza
Dia desses uma amiga me falou que na sua época de faculdade ouvia de suas colegas comentários ferozes que diziam que ela só tirava boas notas por que o professor dizia abertamente que ela era bonita e também outros apelos menos estéticos e mais digamos sensuais...
Me vi pensando em quanto a beleza é nossa imperatriz e o nome (imperatriz) já sugere coisas, impera a atriz; ou seja: o disfarce é a tônica, no caso a força vem de atributos exteriores, físicos, quase que palpáveis á mão, no caso aos olhos de quem te julga muito antes de te ver.
A beleza na sociedade atual é um componente que se iguala ao caráter, indistintamente pelo gênero, sejamos quem for.
Voltando ao episódio da maldade ou pelo menos do pré-julgamento alheio, aliás a maioria dos julgamentos é de fato ou antes, alheio, porque se antecede ao nosso próprio julgamento, as boas notas que minha amiga obtinha eram de fato, por sua capacidade e discernimento e não pela harmonia de suas linhas e cores e outros quesitos relacionados à estética da vez.
Tudo isto ou isso, para chegarmos á conclusão que a beleza na verdade acaba por nos tornar reféns de algo que é mais que cognitivo, a beleza é consequência biológica de nossos antepassados, ninguém se torna belo por ação de meios exteriores, as pessoas nascem e são belas, pura e simplesmente, sim? Ou não?
Alguns risos devem agora estar presentes no semblante de quem lê, claro, estamos em pleno século vinte e um e a indústria da vaidade é e será um grande e lucrativo negócio, mas por quê? A explicação não está numa constatação de um fenômeno social ou nem passa por um exame antropológico de nossos tempos, ser belo é uma questão íntima, todos queremos ser vistos como belos, a primeira impressão que o mundo tem de nós é essa, percebida pelo grande e imperial entre os cinco sentidos: a visão!
A visão é planetária, nem apenas humana ela é, os insetos, os cães, os golfinhos, as águias, os pardais, as aranhas, todos veem!
Bendita e maldita esta nossa tão espetacular capacidade de ver!
E a partir dessa quase estapafúrdia de tão evidente constatação vem as próximas verificações e a consciência da razão: essa é a primeira camada da nossa superficialidade e depois o que vem?
Vem muita coisa, sabemos todos nós, vem o caráter, o discernimento, a sensibilidade, a cultura, a empatia e outras tantas características que faltaria espaço para elencar aqui.
Não iria recorrer á modernidade como um recurso barato para dizer que a beleza é uma grande instituição de nós mesmos e que hoje por conta dos recursos tecnológicos a beleza se compra, não a beleza sempre foi sim levada muito em conta desde que o mundo é contado em prosa e verso, muito antes da escova progressiva ou do botox, a beleza é tão velha quanto essa planetinha azul que ora habitamos.
O que não posso me furtar a dizer é que o esvaziamento de nossos valores deu valor muito maior a beleza exterior e que sim, é impossível para qualquer mulher que ganhe um salário apenas razoável, investir uma boa parcela de seus rendimentos para fazer as unhas da mão, do pé (e onde mais puder passar esmalte), o cabelo, as sobrancelhas e isso para ficarmos no popular “basicão”, a conta não fecha...
Voltando uma vez mais a incômoda questão de minha amiga que tirava boas notas e não porque seu professor a enxergava como um belo espécime humano do sexo feminino, fica uma indagação, justificando o título do artigo:
- A beleza incomoda.
Sim, incomoda a quem não dispõe dela naturalmente, por obra e graça do seu dna e incomoda a quem a possui, por que a beleza inibe e se sobrepõe a outros muito mais substanciais e importantes valores, se sobrepõe a sua história de vida e a toda luta pessoal.
A beleza é uma característica estética que lembra um refrão antigo:
“Um elefante incomoda muita gente” uma beleza muito grande, incomoda, incomoda, incomoda, muito mais...
Da série, OLHANDO O PLANETA TERRA DE FORA DELE.
Numa época em que a Depressão ainda não existia neste mundo, a Felicidade era encontrada nas coisas mais simples, a Família e o País eram nossos orgulhos, a Bondade e Deus, 99%. Como deixamos chegar a esse ponto. Somos crianças crescidas procurando a felicidades em brinquedos caros ou fora do nosso alcance, que nos tornam totalmente dependentes deles, que não medem esforços nas produções.
Criamos nossos filhos com a educação deles e não a dos nossos pais e do nosso país e também nos transformamos neles.
Esquecemos e não ensinamos a PUREZA DAS PESSOAS, quando Adjetivos para descrever a Bondade do ser humano não faltava. A PALAVRA era a maior garantia que se podia ter; crianças podiam sair e voltar com total segurança, protegidas em seu caminho com a bondade de todos, o mal nem se atrevia em se aproximar, de tão pequeno que era.
Tanta ingenuidade das pessoas é preciso interpretar a Bíblia hoje, não usá-la em época passada, com um Deus perverso e tirano, que atendia o capricho de um povo.