Epígrafes sobre Marinheiro
Cada vez que o rouxinol-Paul, a coruja-verlaine
me apelidam de anjo-Arthur, demónio-rimbaud
escondo-me na toca do bosque verde e ouço a
natureza a comover-me!
Eu não sou quem eu sou, Eu sou aquele que eu gostaria de ser e não sou, Eu luto contra mim mesmo. E quem eu não sou prevalece, porquê quem eu sou no meu íntimo permanece preso na gaiola do sistema. Mas lutarei até o fim pela minha liberdade, Só se é feliz quando se é livre.
[ ... ] Não há palavras para descrever o sentimento da alma [ ... ] por mais que a filosofia tente esculpir palavras inteligíveis, o grito abafado da alma somente se ouve com gemidos inexprimíveis, porque o amor cuja intensidade ultrapassa qualquer possibilidade de expressão;
( @fm
É inexplicável como sou iníquo por não me
conseguir sentir boiar em minha carne abandonada
e a lâmina que a vai cortar anda aos rodopios nas
margens do ribeiro dormindo rachado até magoar.
já que atravesso abstractas conchas de enxofre
despeço-me gradualmente dos pequenos pedaços de
carvão que ressoam obtusamente como lúmen dentro
da sua ardência.
Pus-me em cima duma coagulada faca p’la ideia de
colher a verdade p’ra lá da aberta janela em que
a voragem colhe comigo os mimos dum fatal paraíso
tropical.
Ouço cântaros a darem gargalhadas enquanto anéis
em ruído fincam-se nos violinos calados. Nada
real acentuará ser isto, lógico que a poeira que
piso desamarrará tal malha com isco. A
civilização é clandestinamente isto.
Essa macia tarde deveria ser movida para trás
evitando que um nicho de archotes me destapasse o
meu cru estômago desobstruindo imbativelmente
crateras servidas em divisíveis taças que mal
conseguem expiar as monstras vidraças ressentidas
através de sãs mentiras.
viajantes mentiras.
morre neve lá fora como uma espécie de absorvente
barro, no entanto, se eu estivesse no decurso da
cor do adro faria-me rosa-pérola glaciar.
O vale sacode nuvens ao sol de teus olhos
A floresta deflagra exibidas criaturas
O pasto afia lápis nos felpudos repolhos
As corolas sábias fazem-se linguarudas
Num só gesto de gesso desordenado, tombo para a
negra chuva triunfal! Ela guarda-me em seu bolso de
adobe arminho. mansíssimo viro-me escancarado,
pisando grainhas das serranias que quase voam como
lástima inté banhar-me no ternurento silêncio em
flor...
Devo morrer indolor SILÊNCIO
Fiz do amor um gatilho em broquel ensopado
Fiz do amor um vulcão de rosas arrebanhadas
Fiz do amor uma náusea de escunas
Fiz do amor uma música de espumas
SORRIO no momento em que o sol-pôr cantante se encarcera
nos musicais tendões dum qualquer alçapão,
esprema profusamente chacais sobre vedação fractal,
e atravesso dulcíssima brisa numa gotícula em avesso!...
A escada estremece, os náuticos sinos no quebra-mar arrefecem,
o nevado sol ingere cintilados humanos olhos, e a PAIXÃO aparece.
Nem
sequer
me
ocorre
a
ideia
de
cerrar
os
olhos
e
não
rodopiar
veemente
com
a
INFELICIDADE.
Talvez
depois
de
ontem
salude
a
bela
FELICIDADE.
E lá me passeio
no frémito ferido
pelos redutores
picos da Saudade! quem é ela?
A Saudade?
É a fusão da compaixão com o ardor da
intrépida dor