Epígrafes sobre Cidade
Você é Passado!
Andas a dizer pela cidade
que você já me esqueceu
Seria melhor tu dizer que
nunca nem me conheceu.
Estar nas suas lembranças
e palavras não me apetece
Que fale só quem me ama,
Que lembre quem merece!
Marta Gouvêa
Outro dia singrando as beiradas da cidade em busca de pequenas ilhas de prazer: Não ouço mais sereias negras de outrora.
Olha só, gente, que bonitinho! Depois que ele roda e fica com a cidade inteira, ele volta, faz a linha apaixonado, e diz que não me esqueceu.
A grandeza da cidade se iguala a minha dor
neste corpo ainda habita o muito que você deixou
Me sufoca, me maltrata o que poderia ser e o que você levou.
Queria que me entendestes, e compreendestes o que rolou
se eu pudesse voltaria atrás e faria um novo roteiro do nosso amor.
Na esquina da cidade fria vi o velho senhor do carrinho de flores, comprei uma como sempre, mas, mais uma vez volto sem entregar. Gloriosa, Amarilis, Lírio, Jasmim. Falta a cor do seu rosto de flor no meu jardim.
Se o ET de Varginha fosse mesmo sério, teria aparecido numa grande cidade como Tóquio ou Nova Iorque. Ou será que ele queria apenas comprar queijo minas e linguiça?
Lá fora a chuva cobre os ruídos da cidade e acaba extraindo a nostalgia de tempos, assim purificando as ideias de quem menciona nomes em pensamentos.
Minha cidade! tunas do paraná... ao sair das quatros linhas de suas fronteiras, não digo adeus, digo sim " tchau" pois,
logo volto para o berço de minha morada... cidade minha és a cidade do meu querer... nem uma outra eu venero,é aqui a cidade de meu viver.
você mora lá na Prata
sem combinar com a cidade
pois tu és uma joia rara
és uma preciosidade
te comparo a diamante
brilhante em intensidade
por isso que se destaca
convive com ouro e Prata
em gesto de humildade !
Entre versos, poemas e poesias escuto o silêncio da madrugada.
A cidade dorme, você dorme. Em pensamentos toco teu rosto,
beijo tua face, acariciou teu corpo e sussurro em teu ouvido:
dorme doce anjo, sonha com os anjos e desperta pra mim !
UM LUGAR
Um lugar distante onde as luzes da cidade não possam alcançar.
E que só as estrelas e a lua possam brilhar.
Só não mais que teu sorriso e teu olhar.
É o lugar onde eu gostaria de estar.
Olhar a cidade sem estar nela é bem mais fácil. A gente não vê o governo, não vê o tráfico, não vê a fome, o lixo. A gente não vê a maldade, os humanos nem a ignorância.
Na rede.
Entre o coqueiro e o pé de mangaba:
a cidade aos meus pés.
O vento sopra como um sussurro de amor.
Sonoro,
cálido.
Acho que vou tomar um
drink no inferno.
Melhor: num inferninho
dessa beirada da cidade.
Carqueja ou jurubeba?
Haverá de ser algo bem forte,
amargo.
Para dar um pouco de consistência
a essa vidinha rala
e adocicada desses dias.
A noite chega ....e as luzes da cidade propagam a imensidão de vidas, não reveladas, sem luzir dentro de mim; anônimas, sem comungarem as almas, nem brindarem o apogeu, a plenitude da irmandade; paraíso de néon, em qualquer momento, situação, lugar...
O fim não justifica os meios. O fim deve ser pautado pela ética, a imposição de regras em uma cidade populosa não resultará em mudança de atitude, ao contrário, agiremos feito ratos, com excesso populacional, iremos devorar nossa própria carne.