Epígrafes para Monografias sobre Parto
►O Adeus ao Mundo
Parto
Deste mundo, com o pensamento de ser um fardo
Esteja preparado, olhem como eu falo
Desajeitado, escrevo com erros de português, é claro
Eu me acabo, em tentativas de expressar meu lado
Por acaso eu sempre me pego alojado em meu quarto
De fato é aqui que encontro um lugar calmo
Este palco, feito de tijolos, que caminho com os pés descalços
Fatos registrados com os meus cuidados improvisados
Sem textos falsos, contos e declarações aqui foram salvos
Eu repasso, em forma de texto, meu passado
E, mesmo no meu atual estado, encontro-me inspirado
Mais um texto agora eu faço.
Ah que dor no peito
Nunca senti um incômodo desse jeito
Ah se houvesse algum meio para não continuar enfermo
Ou um doutor para me dar um conselho
Devoraria uma pilha de remédios por inteiro.
Ah que dor no peito
Ah que dor no peito
Espero que não tenha nenhum sujeito
Lamentando sobre meu leito
Ah que dor no peito.
Debilitado, revelando o vazio que estava guardado
Um grande espaço ocupado pelo coração solitário
Invejoso por aquele bem humorado
Tão instável, adoecido, em declínio
Tão fraco que torna-se impossível dar um sorriso
Ah, mas passarei por isso bem tranquilo
Quem sabe seja verdade que existe um fim no arco-íris
Talvez eu passe a acreditar nisso
Confuso eu agora me sinto
E agora aqui, na beira do abismo
Prestes a pular no trampolim para, ai sim, ser o fim
Foi bom enquanto durou, é hora de dar adeus ao meu mundo
Que meu senhor perdoe-me pelos meus pecados
Cada parte de mim agora está sendo purificada
Na minha lápide estará grifada essas palavras
"Dor, Amor, Saudades, Felicidades
Nasci e morri, e aqui, contigo, irei sorrir".
“Porque chamamos “parto” se nascemos pro mundo? Porque partimos de fato... partimos da origem... criamos um hiato, criamos uma sina... que nunca se determina”
“...Tal como um parto você fez
emergir a mulher
que estava tão profundamente
imersa em mim...
renasci...”
Singrando e sangrando
Quando parto de mim mesmo
Pra navegar em teu barquinho
Perco-me de mim no caminho
Nesse sem fim navego a esmo.
Sem saber se vou te encontrar
Singrando nos mares do amor
Não sou mais que um remador
Que passa horas e dias a remar,
Sem direção pra nenhum lugar
Atraco vazio no porto coração.
Depois da viagem sem chegar
De navegar e navegar a esmo
Sem achar ancoradouro então
Volto ao porto de mim mesmo.
Quando quer é só amor, deflagra harmonia. Herméticas rimas da noite - parto do dia. Bardo na clara bigamia, soa, voa, corre, socorre; a poesia em devotada sincronia, brota numa cópula! E a tinta escorre...
O Parto pode ser doidinho, mas é uma dor diferente, tem significado e acaba não sendo quase nada perto de tudo o que representa ser
engraçado é ver as mulheres falar: "é Meu sonho que um homem sinta a dor de um parto."....
kkkkkkkkkkk mais engraçado ainda é que As pesquisas indicam que no Brasil está acontecendo uma Epidemia de Partos por Cesariana ...
Será que essas mulheres que falam isso Tiveram Seu filho no parto normal , pois se não melhor ficar calada kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ei! a dor do parto é grande, mas eu vou ter que partir. Porque o sono está chegando, sem aviso prévio, e quer me conduzir à cama urgentemente. Valew. Guds naite!”“. Máxima aprovada por um amigo G.D.
CAÓTICO
O prato, o pranto, o parto, o pântano
O grito, o grilo, o grilhão, o gânglio
O fato, o feto, o feito, o fálico
O tato, o teto, o texto, o tático
O rastro, o reto, o resto, o rápido
O nato, o nexo, o ninja, o náutico
O cato, o corte, o canto, o cômico
O breu, o barco, o brio, o básico
O seu, o sal, o som, o sádico
O mim, o meu, o mais, o mínimo
O dia, o duo, o dito, o dístico
Você e Eu.......
Caótico!
Quando escrevo, o processo criativo se assemelha a um parto a fórceps, e não raro o texto nascituro vem à vida aos pedaços...
Estigma
Daqui, parto só, para as sobras que me aguardam algures.
Aceita minha despedida pobre Mãe,
Não mais verás a face algoz de teu intruso uterino,
Não mais penarás nos degraus da Santa Morada, onde,
De estômago fraco, concebeste-me a embriaguez,
Que por muitas e muitas eras, fizeste-me crer a ilusão.
E me fui inteiro fiel às tuas pragmáticas salabórdias.
Grande besta é o que fui, ainda que menos malogrado, porque cego.
Mas eu te peço, aceita meu insólito adeus,
Garanto-te, minha Mãe, será o último, e o último há de ser.
Cansei-me das indulgências, e das lágrimas derramadas
Por Madalenas inexistentes.
Hoje dou a face às pedradas, pagarei pelos cuspes não dados,
E cantarei os ensinamentos de Blake na terra da posteridade.
Benditos sejam os sacrossantos Provérbios do Inferno,
E amaldiçoados os que não os creem, pois estes são tão lineares
Quanto a própria existência imunda.
Motivos
Parto do ponto que preciso então
Nem mar
Nem barulho de chuva
Nem toque
Só corpo, alma e vontades até não escolhidas
Luz existindo em meus olhos fechados
Só o caminho
Não sei do que faz ser humano
Nem do que faz ser triste
Os motivos são valores exclusivos em toda natureza
Apenas são inteiros e vão cabendo e sobrando
Até o momento que anseio... Que creio
Entre flores desabrochando e pétalas caindo
A dor aguda no momento da criação indica o parto do poeta; enquanto o prazer crônico que ele sente representa sua eterna condição de mãe.
Parto do pressuposto que se você gosta, mesmo que não ame, você tem que cuidar, pois o amor ele é construído em cima do alicerce feito em cuidados.