Epígrafes para Monografias sobre Parto
Se cada choro é um parto, sorrir é caçoar da morte. Por isso, nasci chorando e vou morrer sorrindo, e entre uma coisa e outra, viverei o que se houver pra viver.
Findar um amor particular,
É como um parto!
Parte-se e reparte-se.
Na hora da partida,
Partidos os corações,
Amores à parte.
No particípio passado,
Não há partido vitorioso.
Das eternas partituras,
Partilha-se ...saudade!
Mas sempre fica,
Uma última partícula!
(Partículas)
E a partir de hoje deixo meu coração de lado! Abraço-me a razão e parto para um novo caminho! Coração apaixonado, louco para errar, não, não, não mais! Agora é foco, metas, dedicação, sangue nos olhos, fadiga no cérebro e muito, mas muito suor no rosto. Coração agora bata acelerado, não mais por alguém, mas por mim! Que esses horizontes que se levantaram, para o alto de uma enorme montanha, não me fizeram temê-la, pelo contrário, inspirei-me a olhar o mundo de um ângulo mais alto...
A cada parto, suspiros de amor se transfiguram em novos horizontes, vidas inteiras se renovam em cada lembrança, cada sorriso, vindo da terna criança,que nos faz esquecer nossos egoísmos,nossos conflitos, nossas ignorâncias.
Só hoje entendi porque gosto tanto das mulheres!
Meu pai me disse que eu nasci de parto normal;bom então ai está o segredo: Cheiro x Cebo!
Ao ouvir uma mãe afirmar que não existe dor pior que a dor do parto, logo se vê que ela nunca perdeu um filho.
Dos sentimentos...
Procuro um ponto de partida
e nada me vem
parto para a despedida
Que é o que me convém
Dilato anseios nas voltas dos ponteiros
aponto segundos e minutos inteiros
afio a lâmina que conduz este sentimento
não importa quem se corta
Em uma briga de razões covardes
o meu sentir aguçado revela o peso do meu querer
O meu coração amassado revela o meu sofrer...
CICLOS
Não é nada fácil, todos os meses, sangrar por dias seguidos, sentido as dores de um parto e não parir ninguém.
Porque em um trabalho de parto, a recompensa da dor é um filho em nossos braços, o que faz tudo valer a pena.
Não é nada fácil, acordar com vontade de chorar sem saber porque, ler uma mensagem besta no watts e ficar o dia inteiro grilada, achando que era um "recado" quando na verdade era somente uma brincadeira, que aliás foi você quem começou.
Não é nada fácil se olhar no espelho e se deparar com uma retenção de líquidos que te faz sentir a mulher mais pesada do mundo, mais feia e mais chata, e ter de fato uma razão que justifique tanto choro.
Não é nada fácil não poder dormir de bruços porque os seios doem tanto que parece que foram arrancados no cru.
Não é nada fácil ouvir alguns nos chamarem de "fresca", ouvir que TPM É "PANTINHO" e que ninguém tem obrigação de aguentar.
Não é nada fácil....
Começar um texto e não saber terminar, porque a vontade que estou é de chorar!!!!
Assim como as dores do parto anunciam a vinda de uma nova pessoa ao mundo, as dores da consciência podem anunciar uma nova pessoa em nós.
Os poemas que escrevo são como filhos oriundos de um parto poético, alguns fiz força para surgirem; outros, nasceram suavemente. Todos eles ganham vida ao se misturarem nas experiências diárias de outros poetas, outros leitores(as), outras vidas. Como "filhos", os poemas que escrevo recebem um nome em seu início, uma história em seu corpo, e uma data de nascimento em seu final, não que ele tenha nascido e morrido naquele momento, mas porque a partir de ali ele passa a ganhar vida em outras vidas, e na minha própria, sempre que eu o observo novamente.
Arte é o parto de novas ideias, a configuração da verdade ou sua busca. Arte é aquilo de mais próprio no ser humano, a expressão da sua ontologia, a composição de si mesmo e do seu contexto.
Indecisão
Já no parto o caminho entortou
O que estava previsto pra ser por via normal
Passou a cesária
E antes que percebesse
Estava sendo subtraído do útero - Fórceps!
O útero - lugar onde permaneci por quase dez meses
- Mais que todos eu sei -
Pareceu-me apequenar quando despontou a luz no fim do túnel
Convidando-me a sair.
Bateu aquela indecisão - Saio ou não saio?
Firmei o corpo, segurei-me ao máximo
Não teve jeito...
- O médico estava decidido -
Sai por volta da meia noite
Mas aguentei firme, não chorei!
Senti-me tímido ao ver tanta gente me olhando
Com a cabeça virada para baixo e as pernas para o ar
Não teve jeito...
Senti apenas o tapa no traseiro
Revoltei-me com tal desrespeito.
Bateu-me aquela indecisão
Não sabia o que fazer.
Mas não chorei... Não chorei.
A vontade era a de no primeiro descuido
Entocar-me novamente no útero e de lá nunca mais sair.
Mas eles não me deixariam voltar.
Pareciam, inclusive, rir da minha desgraça.
E depois... O túnel já estava fechado mesmo!
E a luz de antes já não se via lá!
Quis voltar, mas não teve jeito, bateu aquela indecisão.
Parto do descontrole
Aqui intercala o nosso intercurso
Dispensando qualquer discurso
Apenas uma maneira de pensar
Rejeitando quem possa segurar
Falamos um pouco de futebol
Descansamos no nosso lençol
Uma tirania devassa e cruel
Tumba no eterno mausoléu
Estranhamente me aguarde
Mesmo que os dias parem
Estou cansado de esperar
Pela noite que me agrade
Um caso em diversos caos
Sujeito bom dentre maus
A menina que se diverte
Na lembrança das Chacretes
Estaremos na área de novo
Para tentar socorrer o povo
Esta sensatez está perversa
E a paranoia assim dispersa
Quero cantar em pleno torpor
Como em um coma induzido
Livre, leve, em um total vapor
O descontrole foi assim parido.
Apenas quem nunca sofreu uma boa dor no dente ou a dor de um parto diz que a vida tem sempre um lado possitivo
CHORO NOSSO
Choro nosso de cada dia.
À luz do parto,
somos obrigados a chorar,
para a vida ganhar.
Depois vem o choro da fome,
do colo e das dores
que podemos passar.
Vem então adolecencia,
e nela o choro desesperado,
do amor sem consequencia,
perda do namorado.
Achando não suportar,
ausencia de um ser amado.
Surge o choro emoção,
encontro da nova paixão.
Logo em seguida,
o choro contentamento,
um desejado casamento.
O choro da esperança,
quando nasce a criança.
Vem o choro sentido,
pelo filho partido.
Dá se o choro sofrido,
partida de um ente querido.
Lágrima desilusão,
uma dura separação.
A saudade em lamentos,
pelos doces momentos.
Surge o choro abafado,
ao sentir abandonado.
Invisível, o choro calado,
na garganta entalado.
Finalmente então,
com todo choro cessado,
a última gota caida,
dos olhos secos cerrados.
IN-certeza
Porque não sei se fico ou se parto.
E vivo assim nesse descaso.
Na certeza que são tão escassos os teus abraços.
No qual me envolvias em certo, mas hoje não sei mais se existem de fato.